CHAPTER 14 - BRING THEM TO THE GROUND

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**Notas iniciais:  Oi Clexinhas, nossa que capítulo difícil foi esse para escrever! rs 

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**Notas iniciais:  Oi Clexinhas, nossa que capítulo difícil foi esse para escrever! rs 

Eu espero que vocês gostem porque me dediquei muito a ele, como venho me dedicando a todos. Essa fic é muito importante para mim e quero que ela seja perfeita para vocês.

Veremos hoje mais da jornada da Clarke e vocês terão uma surpresa ao final também. Por favor LEIAM as notas finais porque preciso da ajuda de vocês ok?

Boa leitura :)  

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Aquela manhã parecia diferente para mim. O sol parecia mais quente, a cama estava mais macia, e a paz no meu peito estava mais forte. Meu cotovelo repousava sobre o travesseiro e minha cabeça sobre a minha mão. Eu estava de lado há um tempo tão longo que não pude precisar, apenas observando, em silêncio, Lexa dormir tranquila. Meus olhos correram pelos traços do seu rosto, tentando memorizar cada detalhe para que eu não esquecesse. Eu admirava o fato de que ela tinha duas feições distintas: a de Heda e a de Lexa. Uma era extremamente firme, forte e intimidante. Outra sutil, doce e misteriosa. Muitas vezes elas se misturavam aos meus olhos, mas para o resto do mundo a face de Lexa parecia ser inexistente. Ela era apenas Heda para seu povo, mas era muito mais que isso para mim. Ela era a mulher que me ensinava a cada dia, que me fazia querer moldar a mim mesma. Que me fazia querer encontrar minhas fraquezas e fortalecê-las. Que me fazia acreditar que aquela Clarke que eu tanto admirava não havia sumido por completo. Que havia me dado o caminho para encontrar a mim mesma, mesmo quando eu já havia desistido disso. Lexa parecia nunca desistir de mim e eu cada vez mais queria não desistir dela.

Ela estava de barriga para cima, com uma das mãos apoiadas em seu abdômen e outra repousada ao lado de seu rosto, que estava virado de frente para mim. Seus cabelos se espalhavam por todo travesseiro exalando um cheiro cítrico e ao mesmo tempo doce. Seu rosto era sereno, a boca levemente entreaberta e a mandíbula firme. Sua respiração era quase inaudível e seu peito subia e descia tão vagarosamente que ela parecia nem respirar. Ali, velando seu sono, meu coração estava disparado e minha mente tentava entender o que Lexa representava. Eu a odiei com todas as minhas forças, mas a cada dia eu me sentia tão mais próxima dela que aquelas sensações me tomavam de assalto e pela primeira vez me permiti pensar nelas. Permiti-me senti-las. Eu queria voltar a ser o que eu era, não apenas por mim, mas porque de alguma forma eu sentia que aquela era a raiz que faltava. Aquela era raiz que eu desejei que crescesse em minha prece a Trimani. Aquele era o caminho que eu havia escolhido em meu coração. E eu queria, ao menos uma vez, segui-lo. Ao menos uma vez me permitir sentir. Ao menos uma vez não carregar o mundo enquanto esqueço de mim.

Eu sabia que para isso eu precisava vencer os meus fantasmas. Eu precisava sentir as minhas dores, uma a uma. Eu precisava me perdoar pela morte do meu pai, de Wells e de Finn. Eu precisava encontrar uma maneira de lidar com todos que eu havia queimado na montanha. Lidar com o fato que de ter apertado aquele botão era inevitável. Foi uma escolha com a qual eu precisava achar um meio de conviver. Eu precisava pintá-los e trazê-los ao chão, trazê-los a vida novamente. Meus dedos, um pouco trêmulos, foram até o rosto de Lexa e delicadamente colocaram uma mecha de cabelo que caia por seu rosto atrás de sua orelha. Deixei que meus dedos deslizassem delicadamente, contornando com cuidado a curva de sua orelha até finalmente estender por seus cabelos. Eu sentia meu coração bater na garganta quando meus dedos deslizaram por sua mandíbula, contornando o traço firme que ela tinha e que dava a Lexa um rosto tão peculiar. Era tão sutil que eu mal podia sentir sua pele sobre a ponta do meu dedo, mas era o suficiente para que a corrente elétrica que vinha daquele contato percorresse todo o meu corpo. O suficiente para que minha respiração pesasse e meu coração saltasse descontroladamente. Não era preciso muito. Às vezes não era preciso nada para que eu me sentisse assim, como estava agora.

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