Sky Forest - A deeply love

CHAPTER 42 - A DEEPLY LOVE BLESSED BY TRIMANI

E aí Clexinhaaaaaass, tô de volta!!!!

Acho que vocês não imaginam o que esse capítulo traz, porque honestamente, nem eu imaginei. Apenas deixei Trimani me guiar e aqui está o resultado. 

Preparam-se e espero de coração que vocês gostem!! 

To nervosa, mas confiante e orgulhosa demais desse capítulo.

Até o final, boa leitura! :)

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POV CLARKE

Desde que desci para terra, experimentei diversos tipos de dor. Das mais amenas às mais profundas. Físicas e emocionais. Algumas me marcaram para sempre, como a de perder meu pai ou de escolher tirar as vidas de centenas em Mount Wheather. Outras, testaram minha força e capacidade de sobrevivência como quando fiquei vagando sozinha na floresta até que Lexa me encontrou.

Agora, novamente meu corpo estava padecendo. Mesmo inconsciente podia sentir o veneno consumindo minhas energias, pouco a pouco. Ardia. E ardia. Ardia tanto, que a dor física superou qualquer uma antes causada pelas feridas mais profundas que já sofri até então. Em alguns lampejos de branda lucidez tinha impressão de ouvir a voz de Lexa suavemente me dizendo para ter fé. Em outras ela parecia cantar para mim. E apenas a sensação de que ela estava ali me fazia aguentar todo aquele fogo que se alastrava pelas minhas veias me queimando viva.

A vida é mesmo um círculo eterno. É irônico pensar que por meses tudo que podia ver nos meus sonhos, além do rosto de Lexa cheio de sangue eram as crianças da montanha tendo a pele queimada até o último suspiro. E agora eu queimava por dentro, em silêncio. Não havia ódio em mim, no entanto. Eu havia salvado Lexa e por ela deixaria meu corpo queimar mil vezes. Sentia, ao invés disso, como se um ciclo estivesse sendo encerrado. Como se o veneno não estivesse apenas matando a matéria, mas com ela todos os sentimentos de perda e arrependimento que ainda estivesse em mim pelas vidas que tirei. Se fosse esse o meu destino, de morrer da mesma forma que as crianças morreram, que assim fosse. A justiça divina é algo que cedo ou tarde nos chama a aparar as arestas e restaurar o equilíbrio.

Ainda que eu quisesse viver por muito tempo, sabia que o destino era uma força irrefutável, contra qual ninguém podia lutar. Eu só queria abrir meus olhos mais uma vez. Apenas uma vez. Queria ver Lexa, porque sentia sua presença comigo. Sabia que ela estava velando minha dor e tentando me salvar. Uma parte de mim queria ter fé de que ela conseguiria, mas outra parte, a que sentia meus sentidos indo embora e a dor insuportável do veneno, temia ser apenas questão de tempo para que tudo acabasse. Eu veria meu pai em algum lugar e todos os que partiram antes de mim. Talvez pudesse ver Trimani em algum plano espiritual. Precisava agradecê-la por me permitir viver mesmo depois de achar que não merecia. Por me permitir amar Lexa até o fim. Por me ajudar a salvar o povo da terra.

Era engraçado, mas de repente, a dor parecia mais branda. Talvez meu corpo não fosse mais capaz de senti-la com a mesma intensidade, anestesiado, depois de queimar por tanto tempo. Senti uma energia forte se apossar de mim e a presença de Lexa parecia ainda mais intensa. Era como se pudesse senti-la em cada fibra do meu ser, no seu cheiro de flores, na textura de sua pele em minha mão. E ao senti-la minha dor se dissipava. A escuridão de minha mente começou a virar luz e um clarão enorme se fez até que de repente, não senti mais nada.

A dor finalmente havia terminado.

POV NARRADOR

Um dos maiores mistérios do universo é a morte. O ser humano costuma temer o que não conhece e por isso ninguém quer conhecer a morte de perto. Mesmo depois do apocalipse na terra e de toda jornada de sobrevivência pelas quais os humanos passaram por pouco mais de cem anos, evoluindo física e espiritualmente, ainda assim o terreno da morte era desconhecido e temido por muitos.