SINOPSE: Clarke está sozinha na floresta após os acontecimentos em Mount Weather. Ela tenta achar um meio de sobreviver e lidar com seus fantasmas. Em seus pesadelos constantes, os resquícios de paz vinham quando ela lembra de Lexa e embora essa paz...
Estou muito orgulhosa desse capítulo! Ele estava idealizado há um tempo e me emocionei muito escrevendo. Essa fic me faz matar a saudade do meu OTP e espero de coração que vocês sintam o mesmo que eu ao ler!
Viajaremos nos sentimentos de Clarke e Lexa e será profundo! Então preparem-se.
Obrigada pelo carinho de sempre! O capítulo anterior foi surreal e vocês foram demais nos comentários!
Tenho mais uma surpresa hoje, portanto, leiam os créditos finais ok?
Boa leitura :)
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Um sonho é um momento em que nosso inconsciente nos projeta nossas fantasias e desejos reprimidos, que intimamente gostaríamos que fosse real, mesmo quando não admitimos ou taxamos impossível que aconteça. Pelo menos era isso que meu pai me ensinou quando na Arca estudávamos sobre teorias e filosofia do mundo. O que os velhos livros não me ensinaram era como o mundo pode ser imprevisível....
É engraçado pensar que quando vivia no céu costumava sonhar todas as noites e na maioria deles minha mente projetava como seria estar no chão. Como a terra seria e como viveríamos felizes juntos, meu pai, minha mãe e eu. Até que vi meu pai ser lançado nesse mesmo céu para uma morte lenta e dolorosa que não pude evitar. Este céu que tantas vezes olhávamos juntos nomeando as estrelas desconhecidas, não era mais belo aos meus olhos, era apenas o leito de morte da pessoa que mais havia amado na vida. Então, enquanto estive na prisão, meus sonhos tornaram-se pesadelos. E em todos eles os gritos de meu pai e seu corpo vagando pela atmosfera eram tudo que eu via. O céu passou a ser um símbolo de desesperança e quando pisei na terra, achei que podia deixar tudo isso para trás e mais uma vez me enganei.
Vieram as batalhas, as mortes, os desafios e as centenas de coisas que fizeram com que as fantasias que meus sonhos de menina conservaram na Arca se desfizessem sobre meus olhos, como areia que escoa por entre os dedos. Aos poucos a Clarke Griffin que meu pai tanto amava ia sumindo. Quando Wells e depois Finn morreram achei que não restasse mais nada que valesse a pena, até que um dia entrei numa tenda esperando encontrar apenas a morte e tudo que ganhei foi esperança. Vida.
Um par de olhos verdes cortantes, num rosto forte e expressivo havia despertado no fundo de minha alma aquela chama que achei ter virado pó de estrela junto com meu pai. Lexa, mesmo sem planejar, aos poucos resgatou minha alegria de viver e me fez acreditar na paz. Mas nada nunca foi duradouro para mim. Tive que a ver partir e tive que escolher entre matar centenas para salvar meu povo ou vê-lo morrer. Por muito tempo, culpei-a por ter puxado aquela alavanca. Hoje, vejo que sempre temos escolha na vida. A dela foi cumprir o dever que lhe era imposto como Heda, mesmo quando seu coração pedia que ela ficasse. A minha foi matar centenas para salvar aqueles que eu amava. Nossas escolhas nos separaram e poderia ter sido para sempre. Poderíamos ter sido inimigas ou jamais termos nos encontrado novamente, mesmo desejando em nosso íntimo que aquilo não deveria ser o fim.
