Confissões de uma princesa nada sofisticada

"Piratas"- Parte 2

Gostaria de dedicar esse capítulo para KarolineCFarias que sempre está acompanhando meu livro!
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Ainda fora do palácio escutei alguns passos vindo até mim. Era meu irmão, parecia preocupado.

-O que faz aqui Ali? Vá aproveitar a festa. - ele diz, já se sentando ao meu lado.

-Impossível! - digo bufando - aconteceu uma coisa bizarra comigo agora pouco.

-Se quiser dizer fique a vontade, também não estou muito bem com esse baile.

-Tudo bem, pode começar primeiro. - digo.

-Começar o que? É melhor te poupar das minhas preocupações! - Ele diz.

-Sou sua irmã, não precisa querer me poupar dos seus problemas. Só quero ajudar!

-Tudo bem, já que insiste. Está sendo impossível ficar nesse baile patético. Papai só faz essas coisas para chamar atenção do povo e dizer que está tudo bem, mas não está! Nossa situação está lamentável, os custos estão muito altos. Se não dermos um jeito tudo ficará perdido!

-O que quis dizer com "tudo ficará perdido"?

-Nosso pai está querendo fazer com que começamos a trazer o trabalho escravo novamente. Isso não se faz Ali, não comigo aqui! - ele diz com seus olhos cheios de lágrimas. Nesse momento pude perceber o quanto meu irmão era um homem bom e que sem dúvida nenhuma ele era a pessoa certa para governar nosso país.

-Edgar, olhe para mim - digo olhando em seus olhos - não deixarei isso acontecer. Farei algo, pode ter certeza! Afinal, nós somos os herdeiros de tudo isso, meu dever é te ajudar no que for necessário.

-Obrigada Ali, é bom contar com você! Mas não faça besteira, papai ficaria furioso! - ele diz dando um sorriso.

-Confie em mim, não vai se arrepender!

-Eu confio em você. - ele diz me dando um abraço, mas logo volta a sua postura anterior - e agora vai me contar o que está acontecendo para a senhorita não estar atacando os doces da festa?

-Não é nada importante. Só estou um pouco cansada. Isso que é bizarro, eu nunca fico cansada! - digo sorrindo pela sua piada que se encaixava perfeitamente em meu comportamento.

-Mesmo? - ele diz desconfiado.

-Claro, pode confiar. Já estou indo para meu quarto - digo me levantando - fique bem irmãozinho! - falo bagunçando seus cabelos que estavam perfeitamente arrumados.

-Boa noite! - ele diz rindo.

Chegando em meu quarto me pego pensando no moço máscarado, mas logo lembro do nosso problema do reino. Fico perdida com tudo isso. Decido analisar quem poderia ser aquele "pirata". Penso, penso, penso e durmo.

Acordei cedo na manhã seguinte. Nessas poucas horas que dormi foi o único momento em que não pensei naquele rapaz. O baile estava tão perfeito com ele, finalmente tinha me sentido segura ao seu lado. Minhas mãos se encaixavam perfeitamente nas suas e o meu riso foi o mais natural que uma garota poderia dar. Infelizmente isso era um problema.

Meus pensamentos estavam a mil. Meu coração estava acelerado. Resolvi descer para o café. De repente me veio uma dúvida: será que o máscarado sabia quem eu era? Provavelmente não, pois o ambiente já era escuro. Só nos viamos pelas luzes coloridas da festa e ainda estávamos fantasiados dos pés a cabeça. Que situação!

-Ai! - digo quando bato minha cabeça no vidro pela milésima vez neste palácio quando estou indo para algum lugar e fico viajando em meus pensamentos.

-Cuidado senhorita! - Tony diz após assistir aquela minha cena ridícula.

-Irei tentar. - digo atordoada com tudo.

-Alison, espera! - ele me segura pelos braços, me olhando diretamente nos olhos - hoje temos aula de dança, você irá?

-Pode ter certeza, estou precisando! - digo lhe dando um sorriso e continuo meu caminho.

Logo que o café terminou fui até a sala de meu pai, pois precisava conversar com ele o mais rápido possível. Bati em sua porta, e entrei.

-Papai?

-Sim querida. - ele disse continuando a digitar em seu notebook.

-Precisamos conversar, é sério! - disse alterando minha voz.

-Está bem, comece.

-Sei da situação do nosso reino. Acredito que estamos em uma grave crise financeira, precisamos resolver isso agora! Não podemos deixar que chegue ao seu limite, tendo que tomar decisões precipitadas - digo tentando deixar claro para ele, talvez assim ele acordasse.

-Alison, no momento não posso fazer nada. E se tiver que tomar alguma decisão no momento, terá sido realmente necessária! - ele diz, sem perceber o quão suas palavras foram insignificantes.

-Me escute com atenção pai. O senhor não tem ideia do que está dizendo, é ridículo dizer que é necessário alguma coisa sem ao menos lutar antes para que ela não fosse tão precisa! - digo me aproximando, olhando atentamente em seus olhos - penso que se fizermos algum acordo com um governo próximo como o do pai de David, nossa situação melhoraria. Pelo menos por enquanto.

-Não sei querida. - ele diz angustiado.

-Aí sim o senhor poderá dizer que fez o que pode!

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Oii gente, o que estão achando do livro? Deixem nos comentários!⭐
Beijinhoss ^^❤