Parte XVI

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Acordo me sentindo sufocada e quando abro os olhos, entendo o problema. Oliver está com seu corpo colocado no meu, um de seus braços segura firme minha cintura enquanto o outro está por cima de meu pescoço.

Tento tirar seu braço de cima, mas ele me puxa mais para seu corpo e bufo frustrada. Não consigo raciocinar com seu corpo tão perto. Seus olhos se abrem e ele sorri.

- Acordar assim é maravilhoso.

- Meu tio deveria ter te expulsado ontem, o que estava pensando? Você não pode roubar minha pureza antes do casamento - indago, fazendo cara de séria.

- Você...está falando serio? Aceita casar comigo?

- Vamos precisar de um pedido melhor, mas é claro que sim.

Seu rosto se aproxima do meu e antes que ele possa me beijar, me afasto.

- Você não me deixou terminar. Nunca tive duvidas quanto a me casar com você, Oliver. Mas ser rainha...não é algo que posso fazer.

- Onde está aquela garotinha corajosa que conheci anos atrás? Ela não tinha medo de pular de uma árvore, nem de ir até as ruas mesmo sendo odiada por todos.

- É diferente - sussurro.

Ele me encara profundamente e acena concordando. Sua mão acaricia minha bochecha e quebro a distancia que coloquei entre nós o beijando, mas antes que eu possa aprofundar o beijo, ele se senta e me encara sério.

- Preciso ir para casa, mas você precisa prometer me encontrar lá as duas da tarde.

- No castelo? - Pergunto assustada.

- Não faça essa cara. Preciso que me prometa que vai.

Respiro fundo e, antes que eu mude de ideia, falo:

- Tudo bem, eu prometo.

As duas horas em ponto eu estava andando de um lado para o outro em frente aos enormes portões do castelo

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As duas horas em ponto eu estava andando de um lado para o outro em frente aos enormes portões do castelo. Para falar a verdade, ia fazer uns trinta minutos que eu estava aqui tentando tomar coragem para chamar um dos guardas e pedir para entrar.

Depois que Oliver foi embora naquela manhã, minha tia tirou todas minhas duvidas sobre tudo e me ajudou a escolher um vestido. Quando ela me contou que aquela tiara, que me deu no outro dia, era da minha mãe, eu pedi mil desculpas e falei que seria uma honra usa-la novamente. Era incrível ter algo de minha mãe e eu queria sair com ela para todos os lugares. Gostaria de gritar para o mundo: Está vendo essa coroa linda aqui? Ela era da minha mãe. Da para acreditar? Da minha mãe.

O problema de usa-la era que eu estaria concordando com toda aquela doideira de virar rainha e eu realmente não tinha nenhuma vocação para isso. Por isso, guardei a coroa com todo cuidado em sua caixa e pedi para que minha tia tomasse conta dela por mim.

A Bastarda - O Sangue Sujo da Família Real (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora