Força

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Acordei de um pesadelo terrível, levantei rapidamente da cama e quando fui até o banheiro, vi meu rosto inchado no espelho, só assim que lembrei que não era sonho coisa nenhuma.
Peguei meu celular que estava em cima da cama, 36 mensagens, 35 do Rick... "Garoto maluco"
Quase todas as mensagens eram iguais...
"Amiga, você está bem?" "me liga", " como você está?"
Uma mensagem era da Cristina...
Respirei fundo e abri...
"Oi amor" - AMOR? Vou falar onde ela deve enfiar este amor - pensei e depois voltei a ler.
"Podemos ir ao cinema hoje, ontem deu tudo certo, terminamos o trabalho, agora vamos ter tempo de sobra este final de semana"
Meu Deus, eu não sabia que existia alguém com esta capacidade... Respondi primeiro a mensagem do Rick.
"Amigo, eu te amo, estou " super bem", fora o fato de que acordei e vi meu rosto acabado, mas decidi que aquela garota não vai acabar com a minha vida, doendo está, mas não vou me afogar neste sofrimento, hoje nos vamos sair, beijos"
Li aquelas palavras novamente e quase acreditei nelas.
Agora seria a resposta da Cristina.
"Vai a merda você e seu amor, seja lá qual for, aproveita e veja se encontra seu caráter, porque deve ter deixado na merda a última vez que esteve por lá".
Pronto, aliviada.
" Aff, que droga, não consigo enviar isso, e olha que ficou bem legal, criativo.
Vamos a versão original.
"Cristina, eu vi você com outra pessoa em Sete Lagoas, por favor, não se dê o trabalho de me procurar".
Muito idiota, isso que eu sou.
Pronto, agora o telefone iria tocar o resto do dia... E assim foi, e é claro que nem me dei ao trabalho de responder.

Minha mãe e meu amigo ficaram o dia todo cuidando e me dando carinho.
Quando chegou a tarde, me arrumei para sair com Rick, ele ficava fingindo que estava super empolgado.
- Para de fingir seu "viado"
- Que horror... Sua grossa.
A campainha tocou, nós dois nos olhamos.
- Acho que sei quem é - disse ele.
- vou matar ela, melhor não atender. - respondi
Ele segurou minhas mãos.
- Acaba com isso de uma vez.
Concordei com um gesto, Ricardo pegou a mochila lilás e saiu.
Quando abri porta, Cristina estava com a maldita roupa da festa, rosto inchado, ou forçou as lágrimas, ou dormiu com a outra e não teve tempo de ir em casa.
Como ninguém disse nada, ela entrou e se sentou... Logo em seguida minha mãe saiu e bateu a porta.

 Reviravoltas Da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora