Capítulo ( 10 )

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Cibelle estava falando naquele falso jeito alegre, enquanto retirava os pratos do jantar da mesa, mas eu só conseguia ouvir partes das palavras.

- Eu odeio isso!-Brooke gritou, interrompendo. Sua voz alta no ar.

Cibelle largou o prato sobre a mesa, lançou-lhe um breve olhar de repreensão. - Isso não são modos de entrar na cozinha Brooke. - Repreendeu

A expressão de Brooke combinava repulsa e surpresa.- Mãe eu não posso ir na festa com os vestidos que existem no guarda-roupa.

- Quer goste ou não, você vai. - Cibelle disse rispidamente.

Brooke indignou-se - Porque você não me deu dinheiro para comprar um novo vestido?

- Porque nem sempre se pode ter tudo. Com a mudança para Hoodsport, gastamos mais dinheiro do que prevíamos. Precisamos controlar um pouco mais os gastos. Já para não mencionar que você gasta muito dinheiro, você tem milhares de vestidos. Você precisa conscientizar e aprender a controlar esse seu impulso de comprar tudo o que vê na sua frente.- Cibelle disse enquanto saía da cozinha.

-Eu odeio isso!-Brooke gritou novamente, colérica.

Houve silêncio de Cibelle atrás de Brooke.

Ela não virou para olhar sua mãe. Ela estava me fitando, e rompeu em lágrimas. Eu nunca tinha visto Brooke chorar até então.

Talvez porque pela primeira vez sua mãe se nega a comprar algo que ela pede.

- Mãe por favor, eu preciso de um vestido novo-Brooke suplicou. Era uma súplica desesperada. Mas os olhos de Cibelle ficaram inexpressivos, opacos.

Como se Brooke percebe-se que não havia nada a ser feito a respeito. Ela empurrou a porta da cozinha, e seguiu em direção da escada.

- Meu pai vai demorar para chegar? Perguntei com o intuito de amenizar um pouco o ambiente.

- Não, ele deve chegar a qualquer momento. É melhor você se vestir Elise, sua amiga deve estar para chegar. Cibelle murmurou, sua voz exausta e pesada.

Olhei para a minha calça Jeans surrada, minha camiseta preta, o all-star já velho. - Eu já estou pronta. Murmurei

-Com essa roupa? Cibelle questionou

- Sim. O ar indefinível de tensão permaneceu entre nós duas.

-Porque você só usa preto ou tons escuros?

- Faz parte do meu estado de espírito. Provoquei

Ela respirou fundo sem paciência para questionar.

Ouvi uma buzina na rua. Amber.

Peguei minha bolsa.

O carro de Amber, estava na rua, a música em alto volume. A chuva havia cessado minutos antes.

Cibelle ficou na varanda com os braços cruzados em uma postura reprovadora.

- O som da música está muito alto meninas. Se por alguma eventualidade alguém buzinar para você na estrada, para avisar sobre algo, você simplesmente não vai escutar. E por favor vá devagar, a estrada está molhada. E isso é um perigo.

Amber fez uma careta. - Sim, senhora.

A porta de tela da varanda bateu.

Amber riu, cantando pneu na terra molhada ao se afastar da casa.

**

Andamos com passos largos através da escuridão, cruzando uma clareira na floresta, descemos para o vasto vale de gramado que prendia o lago.

Lágrima Negra ( LIVRO I E II) Onde histórias criam vida. Descubra agora