-Mais uma - Oliver diz e pensa um pouco - Que tal cara de surpresa?
Coloco as mãos nas bochechas e arregalo os olhos divertidamente ao lado do The Bih One - Um violão gigante -, Oliver tira mais uma foto e solta a câmera deixando-a pendurada no pescoço.
Ele sorri satisfeito. Tiramos fotos nossas em todos os lugares desse museu desde que começamos o tour há duas horas , ele adorou a tela de Dylan e Cash, e eu gostei do jeito que as janelas daqui são - ENORMES TECLAS DE PIANO - É o Museu Country mais foda de Nashville, sério, estou amando nossas férias de ano novo.
Nós, em um período de 30 dias , viajamos por Oregon, Washington, Seattle, Manhattan (fomos a exposição anual e encontramos o Dr. Bethel ), Long Island , Texas e agora, Tennessee.
- Você está se divertindo? - Ele pergunta puxando meu braço para seu pescoço e passando a outra mão pela minha cintura.
Começamos a andar para sairmos juntos com o grupo do tour. - Porque eu Albernathy, nunca gostei tanto de viajar.Sorrio abobada vendo o pessoal do nosso grupo todo derretido com um casal de senhores andando de mãos dadas -ele a deu flores - .
- Viajar é como nascer de novo.
- Ah não Albernathy, adoro quando você faz poesia com essa sua boca inteligente. - Ele vira meu rosto e me tasca um beijo molhado. - Devíamos voltar pro hotel...
- Nada disso, devíamos saber onde fica a casa dos tios do Elliot, prometi que passaríamos pra uma visita.
- Ah é, o aniversário da Cindy. - Ele lembra - Há chances de desmarcarmos?
- Ela é minha melhor amiga.
- Então não né? Ok - Passamos pelas portas. O grupo se desfaz, uns começam a se despedir, outros apenas se vão. Eu e Oliver seguimos descendo pela rua. Estamos hospedados aqui perto. - A Hale e o Josh estão em Vegas, gostaria de ir vê-los.
-Vamos para Vegas?
- Você quer?
- Bêbado quer pinga? - Brinco descansando minha cabeça no ombro dele - Mas antes de começarmos as aulas temos que visitar a Amy e nossos pais.
- Claro.
- E a vovó no Talahassee.
- Namorar você é incrível.
- Não entendi.
- Estamos praticamente dando a volta ao mundo Aléxis.
- Então agora "mundo" é sinônimo de Estados Unidos?
- Você me entendeu. - Ele revira os olhos e começo a rir.
- Entendi meu amor. - Beijo a bochecha dele. Estamos passando por uma churrascaria. Meu estômago está vázio. Paro de andar. - E aí? Vamos comer?
- Ai minha nossa como eu amo ouvir isso!
- Eu comer te deixa tão feliz? Ok, vou entrar na dieta da gorda.
- Existe isso?
- Quem sabe?
Ele ri e segura minha mão, iamos entrando quando o casal de senhores nos chama.
- Hey mocinhos - A senhora fala sorridente. É baixa, cabelos completamente brancos mas vê-se que fora linda um dia, ainda é bonita. - Podem nos ajudar com isso? - Ela ergue um iPhone - Nossos netos querem fotos e não sabemos como fazer.
-No nosso tempo Amélia, as coisas eram diferentes. -O senhor diz desdenhoso - Seria um grande favor crianças.
Sorrio para Oliver que logo pega o IPhone.
- Sorriam. - Os senhores fazem o sinal de "paz e amor" , Oliver ri divertido e tira a foto. - Vocês poderiam posar para mim?- Ele pergunta - Gostaria de adicionar vocês a minha exposição.
A Amélia sorri .
- Claro meu querido - Ela me observa - Vocês são amigos?
- Namorados?- O senhor pergunta também.
Oliver e eu nos entreolhamos , eu respondo primeiro:
-Somos melhores amigos.
- E melhores amantes. - Oliver completa me lançando mais um olhar intensamente azul e apaixonado. Levanta a câmera a frente dos olhos. - Prontos?
Amélia e o esposo se olham cheios de uma conversa mental.
- Ah Oswald, as coisas realmente nunca mudam.
- É - O Oswald alterna o olhar entre mim e o Oliver que ainda não tirou a foto. Ele sorri. - Éramos como vocês, desde o início, apaixonados.
Ruborizo e Oliver assente com a cabeça.
- É Sr. Oswald, eu tive que agredir um garotinho de 4 anos pra essa daqui se deixar levar.
- E funcionou ?
Oliver me olha de esguelha.
- É, acho que sim, digam "xis".
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Melhores Amigos, Melhores amantes
RomantizmA linha entre a amizade e o amor é incrivelmente tênue. Aléxis Albernathy e Oliver Parker nem sequer ligavam para essa linha, afinal , só eram amigos e mais nada só que de uma hora para outra perceberam que não davam importância a esse limite porqu...