nota: eu demorei, mas a criatividade não bateu. então fiz flashback :) Achei uma parte meio pesada, então qualquer coisa me batam, ok? Amo vcs ♡
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- Então Elizabeth, o que você acha que está fazendo?
Me encolho no sofá vendo o olhar duro que Robert me lança.
- Vendo TV? - falo, em dúvida.
Estamos no Kansas, em um hotel nem tão podre como os outros. Mamãe e Garth estão na cena do crime ivestigando o caso e Rob acabou de chegar do necrotério.
- Você deveria estar pesquisando nos livros, não vê?
Suspiro, levantando e encarando o homem. Meu pai é alto, com cabelos marrons e olhos completamente verdes. Sua roupa é a de sempre: Uma jaqueta, calça jeans e bota.
- Eu já fiz. Coloquei os três possíveis monstros: Vampiro por causa do sangue, lobisomem por causa do coração e talvez um lobipiro. Talvez - dou de ombros - Me dei um descanso e…
- Elizabeth, lobipiro não é nem ao menos uma alternativa. Olha, se quer ser tão boa quanto Garth e ir trabalhar em campo… - ele suspira - Tem que…
- Ser a melhor, não ser fraca, ser uma garota grande. Eu sei. Só sinto que deveria estar lá. Sou a mais velha, certo? Por que você tem que me deixar com os livros velhos se eu tenho rinite? Ou por que não posso ajudar em campo se sei mirar em alguém a metros de distância?
Robert apenas olha para mim e pega o meu braço com força, talvez deixando uma marca por ali. Me leva até a mesa e senta-me na frente dos livros.
- Porque eu sou seu pai e sei o que é melhor para você. Agora procure melhor e não seja uma garota má.
O olho. Agora não era um olhar assustado, como sempre. É apenas raiva. Ele sai de perto e coloca em um canal aonde passa o jogo de basquete. Suspiro e continuo a procurar, sem respostas.Pego meus livros e vou em direção a porta do hotel.
- Acho que você quer me desafiar. Eu disse que não pode sair só quarto.
Olho para o mesmo e então eu não aguento mais.
- Eu só quero arejar a cabeça e achar uma alternativa melhor que o lobipiro, como pediu. Só pare de ser tão mau comigo e se enxergue! Por que eu não posso caçar sozinha? Você gosta mais do Garth, isso é tão claro. O que eu fiz para ti, Robert?
Grito, sentindo as lágrimas caírem. Só estou cansada dos puxões de orelha desnecessários, de como ele me trata como se eu fosse um pedaço de merda. Eu tinha ali todos os hematomas das suas mãos em meus braços das vezes que eu não estava no lugar que ele queria. O observo e percebo que o mesmo está a ponto de explodir.
- Eu e você teremos uma conversa.
Ele me puxa pelo braço e me joga na cama. O olho assustada. Sinto algo batendo contra meu corpo. Uma cinta. Grito pela dor, sentindo cada músculo do meu ser doer. As lágrimas saiam.
Por que Garth não estava ali?
Eu só quero ajuda, nada mais. Depois de um tempo as surras cessam, enquanto soluçar já dói.
- Você não irá contar isso para a sua mãe, está ouvindo? Ou talvez a gente tenha mais disso.
Confirmo rapidamente. Abaixo a camisa que estava levantada para dar espaço a cinta do homem. Pego às minhas roupas e caminho - tropeçando a todo momento - até o banheiro, aonde vou ao box e ligo a água. Sento no chão frio e choro, mas tomo uma decisão rápida. Ouço a porta se abrindo e risadas, talvez Garth e Margareth chegando. Ouço comemorações, então fecho os olhos. Desligo o chuveiro e vou até a roupa que havia separado, me vestindo com uma camisa de mangá comprida para tapar os hematomas e uma calça jeans, junto com botas. Abro a porta e vejo Garth sorrindo.
- Eu vou caçar sozinho!
O sorriso falso que havia criado talvez o enganasse agora. Eu havia falado, não havia?
- O que houve? - ele sussurra.
Balanço a cabeça e lhe lanço um meio-sorriso amigável.
- Li, o que está acontecendo? - Garth pergunta preocupado.
- Papai, Garth. Papai está acontecendo.
Então ele revira os olhos e alterna o peso do corpo para o outro pé.
- Sabe que sempre defendo você, somente… Vamos aproveitar a paz de agora, sim?
Penso em falar sobre os machucados, contudo me calo. Não vou estragar o seu momento feliz. Caminho em direção a mochila e pego às minhas roupas, colocando em uma mochila.
- O que vai fazer?
- Sair daqui.
Margareth e Robert estão do lado de fora conversando. Somente passo a mão pelo cabelo e coloco tudo o que me pertence apressadamente. Então furto um bem precioso de Rob: A sua jaqueta. Que agora será minha.
- Só por causa do papai? Fala sério, Lizzie! O mundo não precisa prestar sempre atenção em você - ouço Garth gritar, e então se calar.
Olho para o mesmo e aponto o dedo na sua cara.
- Eu sempre fiz tudo por você, e agora você vem apontar que tudo isso é ciúmes? - sinto algumas lágrimas escorrerem - Por quê?
- Não preciso mais que cuide de mim. Eu amo papai, eu amo Margareth. Só pare de aborrece-los!
Pego a minha mochila e coloco alguma comida dentro, junto com dinheiro. Vou em direção a porta em que o moreno está posto na frente
- Irei parar. Garth, por favor, saia da frente.
Então ele percebe tudo o que falou. Olha em meu rosto e abre a boca para falar algo. Balanço a cabeça em negação e limpo o rosto.
- Só me dê um tempo.
Chateado, ele sai sai frente - ainda me dando um abraço que não retribuo.
- Você vai voltar, certo?
- Sempre volto.
- Somente deixe que eu te ajude, se é o que quer.
Gar me dá cobertura, falando com os nossos pais enquanto saio. Mas eles perceben e acelero o passo, fingindo não ouvir a gritaria atrás de mim, junto com os protestos de papai.
Respiro fundo, saindo do hotel e pegando um ônibus que passava para um lugar qualquer. Um tempo, é disso que eu preciso. Coloco a cabeça na janela e cantarolo mentalmente uma pequena música que surge na minha cabeça. Observo então a placa da cidade que estou indo.
Lawrence, Kansas.
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I'm here | Supernatural
Mystery / Thriller"Lembra de quando nos apoiavamos, quando éramos irmãos?" Lizzie Qualls sentia falta do seu irmão Garth. Ser ignorada pelo mesmo e só receber uma mensagem depois de meses de insistência não a faziam desistir. Ela o amava, enquanto o homem parece esco...