HERDEIRO (Romance Gay)

Capítulo 1 - Prólogo!

Era um dia como outro qualquer para Alan, um garoto de 17 anos de idade com olhos na cor violeta, cabelos lisos e curtos com a franja repicada cobrindo os olhos na frente em um tom castanhos escuros com as mexas e pontas violetas.

Prestava atenção na aula do professor de Biologia anotando tudo que deveria estudar para a próxima prova, sempre fora o primeiro da turma e até mesmo do colégio, todos sabiam sobre sua pessoa, mas ninguém chegava perto devido a sua mania de querer ficar sozinho. Alan não via necessidade de ter amigos e muito menos ser popular, até mesmo com os companheiros de equipe em basquetebol era raro manter contato, falava apenas o estritamente necessário.

Não era a primeira e muito menos a ultima vez que ouvira cochichando nos corredores por onde passava, muitos diziam que ele era um garoto estranho e Alan realmente não tinha como discordar principalmente quando sonhos estranhos invadiam sua mente. Via uma cidade completamente diferente de tudo que já havia visto, as casas eram simples ao mesmo tempo refinadas e as pessoas viviam felizes, mas em outros momentos ocorriam mudanças drásticas e as pessoas passavam a chorar, sofrer e implorar por um milagre, pedindo insistentemente que o verdadeiro Herdeiro ainda estivesse vivo.

Alan não entendia aqueles sonhos e muito menos o fato de ter se tornado mais freqüente. Primeiro via um anjo lindo segurando no colo um bebe lhe sorrindo ternamente, depois disto o pai pega o dedo indicador do bebe e do anjo e os fura com uma agulha. Só em lembrar do anjo colocando o dedo ferido do bebe na boca para experimentar seu sangue e em seguida fazer o mesmo com o seu sentia seu corpo inteiro arrepiar.

O jovem de olhos violeta foi retirado de seus pensamentos ao ouvir o sinal, voltando seu olhar para frente nota que todos os alunos já haviam se retirado, pega sua mochila suspirando profundamente para em seguida sair da sala. Sua vontade naquele momento era de ir para casa, no entanto ainda tinha de ir para o treino de basquete. Enquanto Alan estava absorto em pensamentos um rapaz escorado a parede do corredor lhe olha atentamente enquanto um sorriso enigmático surge em seus lábios.

Após vestir seu uniforme no vestiário Alan segue rumo a quadra encontrando no local todos os jogadores aglomerados e dando as boas vindas a um jovem de pele clara com 1,90 de altura, cabelos curtos prateados e olhos verdes claros. Ao visualizar a faixa branca em seu braço concluiu que este era o novo capitão do time.

Depois de realizada as apresentações o treinamento segue tranqüilo como sempre, Alan se deixa levar apenas pelo jogo e em driblar corretamente seus adversários juntamente com o restante dos titulares de sua equipe, assim que o treino termina começa a caminhar em direção ao vestiário para não ter de ficar batendo papo com os outros sem necessidade.

- Você joga muito bem, não errou nenhuma cesta. - O rapaz foi se aproximando.

- Obrigado pelo elogio capitão. - Continua andando sem mais nada a dizer.

- Meu nome é Julian! Não há necessidade de ficar me chamando de capitão quando já estamos fora da quadra Alan.

- Prazer em conhecê-lo. - Olhou atentamente para Julian, não sabia ao certo o que sentiu ao vê-lo ali na sua frente, mas em um determinado momento pensou em sua mãe e sentiu de imediato um aperto no coração. - Agora preciso ir.

- Por que a pressa? – Pergunta não gostando de ser tratado com indiferença.

- Deixa ele, Julian. – Caio, um dos jogadores titulares se aproxima. – Alan não gosta de se enturmar e a gente nem faz questão.

Julian ia dizer alguma coisa, mas Alan já havia se retirado. Analisa o comportamento do rapaz e coça a cabeça ao perceber que seria complicado se aproximar do colega de equipe.