Capí†ulo Dezesse†e

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Capítulo Dezessete - Demônio Ceifador

A mente sombria do assassino mais uma vez fez seus olhos arregalados ficarem escuros, o sangue ferver em entusiasmo, e a faca que ele carregava junto a si parecer ser parte de seu corpo.
Lucy não sabia muito bem o que faria, mas tentaria o máximo ajudar Jeff no que for. Até em assassinatos. Parecia até que ele a havia ensinado a ver uma nova realidade, a realidade dele. Ele a trouxe para o seu mundo, era a vez dela se adaptar a ele.
Em passos lentos, analisando o quarto, Jeff caminhou devagar até a cama em que Thereza dormia, recolheu o moletom jogado e o vestiu.

— É diferente te ver sem seu moletom - Lucy disse atraindo a atenção do assassino — Um diferente bom.

— Então vá se acostumando minha presa, você vai ver bem além de mim sem moletom.

Sentiu sua respiração ficar pesada enquanto pensava nas palavras de duplo sentido do assassino, tentou espantar qualquer pensamento obsceno de sua mente, mas era impossível quando se amava um psicopata. Suas bochechas pálidas começaram a arder, e o assassino deu uma gargalhada abafada.

— Estou vendo que alguém ficou envergonhada - Comentou enquanto passava o polegar na bochecha da suicida.

Querendo esconder sua vergonha, deu meia volta correndo do quarto, mas antes que seus pés encontrassem os vidros quebrado ao atravessar a porta, sentiu duas mãos abraçarem sua cintura impedindo que ela fugisse.

— Cuidados com os pezinhos - Sussurrou com a voz rouca ao ouvido da suicida.

Sentiu as pernas tremerem ao sentir que uma das mãos de Jeff havia se soltado de sua cintura e passeava em suas costas nuas, que não eram cobertas pelo vestido.

— Esse vestido te caí tão bem. Caído com certeza também - E soltou uma gargalhada cheia de maldade.

Lucy se soltou das mãos do assassino, e caminhou rapidamente enquanto desviava dos vidros pontiagudos no chão. Ele não perdeu tempo e a seguiu, os dois correndo pelo corredor brincando com o sangue que poderia sair de seus pés.

— Você é muito pervertido - Resmungou, enquanto entrava no banheiro.

— Oh, Lucy, um santo eu com toda certeza não soube - Sussurrou no vão da porta, deixando que ela ficasse em silêncio alguns segundos.

Pela fenda o olhar dos dois encontravam, o dele estava feroz como um leão, e o dela amedrontado como um coelhinho encurralado.

— Você é um demônio.

— Obrigado - Agradeceu, e com uma das mãos tirou o cachecol do bolso do moletom, dando a ela — Deixou cair enquanto dormia.

— Meu cachecol...

— Seu perfume doce me deixa drogado.

Ela riu pegando o cachecol quente e fechando a porta. Realmente aquele pedaço de o ano continha seu cheiro, e agora possuía o odor de morte de Jeff, a mistura perfeita se misturava em sua cabeça, fazendo com que fechasse os olhos sentindo os dois odores juntos.

O assassino caminhava pela casa, tomando cuidado com as janelas indo até a cozinha. Ao chegar, o pudor horrível de sangue e morte pairavam a cozinha, o cheiro levava para o armário e a medida que se aproximava o cheiro só piorava.

— Aposto que o detetive vai adorar a surpresinha que neste armário - Sussurrou a sim mesmo, enquanto brincava com a maçaneta redonda do armário.

" saí de situação piores que esta, mas sempre fui eu, somente eu, sozinho. Desta vez preciso dar um jeito de sair desta casa com Lucy porque sem ela eu prefiro ficar e encarar aquele detetive inútil. Mas ela aceitou fugir comigo, então preciso achar uma maneira de fugir os juntos daqui e ir ao meu esconderijo é o único lugar que podemos ir por enquanto." - Pensava enquanto seu olhar percorria a cozinha, buscando uma idéia.

Seus olhos arregalados continuavam a percorrer a cozinha e seus olhos pararam na geladeira.

"Pizzaria Hour's, aberta das 9:30 da manhã á 11:30 da noite" - Dizia o imã preso a ela.

O sorriso que Jeff carregava em seu rosto pareceu ter crescido mais que o natural quando uma idéia surgiu em sua mente insana, caminhou até a geladeira, arrancando o imã e o analisando.

Depois de se cuidar, Lucy saiu do banheiro, caminhando para a cozinha pressentindo que ele estivesse lá.

"O detetive está vigiando a droga desta casa e algo me diz que está tentando se aproximar de mim para tentar obter alguma coisa, Jeff vai acabar matando esse infeliz e isso pode acabar com qualquer plano, certeza que ele tem reforços caso haja alguma coisa, é perigoso pegarem meu assassino e o prenderem, não vão perder tempo. Para mata lo, se ele for morto eu me..."

A suicida interrompeu seus pensamentos ao chegar no batente da porta observando Jeff o olhar atentamente para o imã em sua mão como uma moeda de ouro.

— Jeff? - Chamou.

Demorou alguns segundos para desviar sua atenção do imã para ela, mas ao olhar, andou até o batente da porta, entregando para ela o imã que continha poucas informações sobre a pizzaria.

— Pizzaria Hour's ?

— Exatamente Lucy, preciso que ligue para essa pizzaria á noite, somente á noite e encomende um pizza - Disse dando um riso de satisfação.

— Tudo bem, mas o que vamos fazer?

— Encomendar a morte.

Suicide And The Killer |†Jeff The Killer†|Onde histórias criam vida. Descubra agora