Only Teardrops/ 5

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O final daquela semana aproximava-se e faltava apenas um dia para chegarem a Corona, infelizmente o tempo não estava ficar agradável.
-Achas que vem aí uma tempestade?- perguntou Elsa.
-Não sei.- confessou Hans- Mas se viere, temos de procurar alguma coisa que nos ajude.
-Nós estamos no meio do mar, dúvido que encontremos algo que nos salve.-disse Elsa assustada.
-Pode ser que seja uma tempestade ligeira.- disse Hans, esperando ter razão.
-E se for o fim?- perguntou Elsa começando a sentir as lágrimas virem-lhe aos olhos.
-Elsa, nós vamos enfrentar isto, juntos.- afirmou ele.
Os dois foram para dentro do barco. A chuva caía cada vez mais forte e Elsa temia o pior, até que viu as luzes terem interferências e começarem a piscar um pouco, o que significava que vinha aí uma trovoada. Raios e trovões ergueram-se nos céus e o mar, que à pouco estava calmo, ficou repleto de ondas gigantes e perigosas que faziam o barco abanar descontroladamente.
-Hans, o que é que vamos fazer?- perguntou Elsa aterrorizada.
-Temos de tentar chegar a Terra firme.- afirmou Hans, dirigindo-se para o leme tentando controlar os movimentos do barco, mas as ondas eram demasiado poderosas. De repente o leme partiu-se e o olhar dos dois encheu-se de pânico e terror.
-É o fim, não é?- perguntou Elsa com a cara lavada em lágrimas.
-Receio que seja.- disse Hans abraçando-a, igualmente em lágrimas. Os dois abraçaram-se, à espera que o mar lhes tirasse a vida.

Elsa abrira os olhos e vira-se num quarto estranho, deitada numa cama cor de rosa pálida em cetim. Passado uns minutos uma rapariga de cabelo castanho curto, olhos verdes e grandes com um vestido azul escuro entrou foi até Elsa, Elsa conhecia-a da sua coroação apesar de naquela altura não se poder aproximar muito das pessoas pois ainda escondia os seus poderes.
-Onde é que eu estou?- perguntou Elsa ainda um pouco fraca de todos aqueles acontecimentos.
-Não te preocupes, estás no meu quarto.- disse-lhe a rapariga, chamada Rapunzel- Felizmente que estás bem.
-Onde é que está o Hans?- perguntou Elsa preocupada.
-Ele está noutro quarto a receber tratamentos médicos, pois está bastante ferido e ainda inconsciente.- informou-a Rapunzel.
-Ele está muito mal?- perguntou Elsa assustada com a ideia de ele não sobreviver.
-Um pouco.- admitiu Rapunzel- Mas o que é que aconteceu para vocês estarem no mar depois de tudo o que se passou?
-Bem, eu fui falar com ele para perceber as razões de seus actos e ele falou-me do passado dele, e por tudo o que ele passou nas mãos da família dele eu percebo-o perfeitamente, e não o ía mandar outra vez para as Ilhas do Sul, por isso decidi pô-lo a trabalhar em Arendelle. Só que quando íamos a sair do barco reparamos que se tinha solto do caís e como ele não sabe bem conduzir aquele tipo de navios decidimos ir pela corrente até Corona para depois vos pedir um navio com tripulação para nos levar até ao nosso reino.- contou-lhe Elsa- Posso ir vê-lo?- perguntou Elsa com lágrimas a começarem a escorrer-lhe pela cara.
-Claro.- disse Rapunzel levando-a até ao quarto em que ele estava, e deixando-a sozinha ao pé dele.
-Por favor, Hans. Tens de acordar, por favor.- pediu Elsa em lágrimas- Eu perdoou-te por tudo, por favor acorda.
A noite caíu depressa e Rapunzel levou ao quarto Elsa um jantar que ela própria fizera e ficou lá a jantar ao pé dela.
-Estás bem?- perguntou ela preocupada.
-Não.- confessou Elsa- Não consigo ver o Hans assim, é algo me parte o coração.
-Eu percebo. Mas estás apaixonada por ele?- perguntou Rapunzel.
-Não... sinceramente, eu não sei qual é a sensação de estar apaixonada.- confessou Elsa cabisbaixa- Só sei que o vou perdoar, eu tinha lhe dito que precisava de tempo para pensar mas agora sei que o vou perdoar.
-Bem, de certeza que ele vai ficar bem, e se quiseres eu peço a algumas empregadas para porém um cadeirão confortável ao pé da cama dele para poderes passar a noite a seu lado.- sugeriu-lhe ela.
-Obrigada, princessa Rapunzel, isso significa muito para mim.- agradeceu Elsa.
-Por nada e trata-me só por Rapumzel..- disse ela sorrindo.
-Ok, Rapunzel.- concordou Elsa retribuindo o sorriso.
Elsa sentou-se no cadeirão que as empregadas lhe prepararm e ficou ao lado de Hans os resto da noite, rezando para que ele acordasse.
-Eu prometo que não saio de ao pé de ti em quanto estiveres assim.- prometeu-lhe Elsa ao ouvido, e mesmo sabendo que ele não a ouvia, Elsa queria dizer-lhe que estaria sempre ao seu lado. Depois de algum tempo a acariciar-lhe o cabelo e a tentar pensar no melhor, Elsa deixou-se dormir a seu lado, segurando-lhe a mão.
Na manhã seguinte, Elsa acordara com a sensação de alguém a estar a aconchegar com uma manta quente. Ao ver que essa pessoa era Hans e que ele tinha finalmente despertado, Elsa abraçou-o logo com cuidado para não o magoar nos sítios em que estava ferido.
-Ainda bem que acordaste.- disse ela aliviada, com algumas lágrimas nos olhos.
-Passastes aquí a noite por minha causa?- perguntou Hans, ainda um bocado fraco.
-É claro que sim, não te podia deixar sozinho neste estado.- respondeu Elsa- Porque é que estás a chorar, estás com dores ou a sentir-te mal?- perguntou ela preocupada, ao ver lágrimas escorrem-lhe pela cara.
-Não é isso, só que nunca ninguém fez algo assim por mim.- confessou ele- Obrigada por estares a meu lado.
-Ora essa, não precisas de agradecer, para mim já és da família, e pela minha família eu faço tudo.- disse ela- E como é óbvio, tens o meu perdão.- afirmou Elsa sorrindo.
-Muito obrigada, isso significa tudo para mim.- agradeceu Hans abraçando-a.

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