Six Months ;;zayn&perrie;;

Capítulo 15

Estava deitada em minha cama, com as mãos em minha barriga, que carregava dois bebês, eu jamais poderia me imaginar grávida de gêmeos. Dois de uma vez.

Levantei da cama e fui tomar um rápido banho para poder jantar, peguei o necessário e levei até o banheiro, tirei a roupa e abaixei a cabeça olhando para minha barriga, o tamanho dela estava maior que o normal, como eu nunca havia reparado nisso?

Liguei o chuveiro e deixei que a água corresse da minha cabeça aos pés, aquela água me ajudou a esfriar bastante todos os meus pensamentos, que entravam em conflito na minha cabeça já bastante confusa. Desliguei o chuveiro, sequei meu corpo e logo já estava vestida, peguei uma toalha e enrolei no cabelo, depois eu daria um jeito de pentear.

Desci as escadas e encontrei minha mãe na cozinha e pelo cheiro que emanava de lá, ela estava fazendo a janta, e se meu super olfato de grávida não estivesse errado ela estava fazendo um assado de carne, cheguei até a cozinha e pude vê-la checar o forno e novamente o cheiro me invadiu, fazendo meu estômago vibrar.

- Deve estar uma maravilha! - disse e ela se assustou de leve com a minha presença. Ri baixinho - Desculpa por isso.

- Não te ouvi descer as escadas. - Ela sorriu docemente - Que surpresa seria você grávida de gêmeos! - Quando ela ouviu de Sofia que seria avó de gêmeos instantaneamente começou a chorar, não por desgosto ou sentimento parecido, mas sim de surpresa e felicidade.

- Pois é, nem em um milhão de anos conseguiria imaginar isso. - sorri com a mão na barriga - Mas me sinto tão feliz! Mal posso esperar para contar pra todos.

- Agora sim mais do que nunca temos que começar a comprar as roupas para os bebês, ver móveis, fraldas, mamadeiras, carrinhos...

- Fica calma, respira dona Katherine! - disse rindo de todo o seu entusiasmo em relação aos netos - Temos tempo pra ver tudo isso, no momento às únicas coisas que me importam é a recuperação do Zayn e o andamento da minha gravidez.

- Te entendo minha filha. - ela sorriu parecendo conformada e isso quebrou meu coração.

- Mãe eu sei que a senhora está bastante animada e feliz com seus netos, eu também estou, e estou ainda mais porque sei que a senhora já os ama. - eu sorri e ela imitou meu gesto - Mas sinceramente, a minha prioridade no momento é a saúde de Zayn, eu já não consigo mais me ver sem ele e ficar esse mês todinho que se passou está parecendo uma eternidade.

- Eu sei meu anjo, sei que mais do nunca você quer que ele se recupere, ainda mais agora que você descobriu que está grávida de gêmeos! - ela suspirou - Eu não aguento mais te ver tristinha pelos cantos dessa casa, você não sabe o quanto isso machuca meu coração.

- Não quero que a senhora pense desse jeito, eu não ando tão mais triste assim, hoje foi uma surpresa, mas me deixou tão feliz, era algo que eu não esperava, é que em alguns momentos eu me lembro de coisas que já passei com ele, lembro do acidente, do que lhe disse antes dele entrar naquele maldito carro! - suspirei com raiva - Isso me destrói saber que eu poderia ter evitado saber que eu poderia ter insistido, saber que foi culpa minha.

- Perrie eu já te disse milhares de vezes que não foi culpa sua. - seu tom de voz ficou duro e eu apenas encolhi os ombros, como uma criancinha - Infelizmente foi algo inevitável, não gosto de te ver se culpando por algo que ninguém seria capaz de prever! - suspirei já cansada de toda aquela conversa. Nada tiraria o peso de culpa das minhas costas.

Depois do que ela disse ficamos em silêncio, eu continuei ali na cozinha com milhares de pensamentos e ela foi olhar a carne no forno, terminando de fazer a janta. Eu sabia que de certo modo ela tinha razão na metade de suas palavras, mas para mim era difícil aceitar isso, para mim eu era a única culpada pelo acidente dele, ignorando totalmente o fato de que foi um acidente proposital. Eu precisava de Zayn, não só por medo de ter esses filhos sozinhas, não só por simplesmente necessitar de seu corpo grudado ao meu, não só por saudades de seus beijos, não só por falta de suas palavras e carinhos, mas sim para poder tirar esse peso de mim que cada dia mais parecia me afundar, sem dar chances para que eu pudesse estender minha mão e me erguer. Meu medo era óbvio e bastante claro, eu odiava me sentir fraca a esse ponto.