Capítulo 9

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Depois de um longo dia de trabalho e emoções, Felipe espera ansiosamente pelo horário combinado com Roberta. Ele já estava pronto. Um smoking negro com detalhes prateados acompanhado de uma bela gravata italiana. Os cabelos estavam bem alinhados. Estava realmente irresistível. Felipe se olhou no espelho e gostou do que viu. Permaneceu algum tempo se perguntando por que somente com ela, ele sentia vontade de andar sempre daquele jeito, elegante. Sorriu. Sabia a resposta.

-Ah Roberta, porque só você me deixa assim... Feliz -ele suspira ao se lembrar da atmosfera mágica que os envolveu na sala dela.

Sem perder tempo, ele vai em direção ao apartamento dela.

Roberta estava quase pronta. Ela usava um lindo vestido preto, que ressaltava a sua silhueta. Na frente, era simples. O detalhe principal estava nas costas. Ele era aberto em forma de V até o quadril. Ela prendeu os cabelos com uma presilha de brilhantes, o que dava um toque especial ao seu rosto. Roberta usava um par de brincos e um colar de pérolas. Ela se observou no espelho, insegura com o que via. Sua maquiagem era forte nos olhos e tênue nos lábios. Roberta estava deslumbrante. Depois que está pronta, ela vai para a sala. Estava apreensiva. Será que ele vinha? Será que tinha mudado de ideia? Ah não! Ela lembrou-se das vezes que ficara esperando Nando. Ela não aguentaria passar por isso de novo. De novo não!

Roberta sente uma onda de alívio e ansiedade percorrer o seu corpo quando ouve a campainha tocar. Era ele!

Ela abre a porta sorrindo. Felipe a observa da cabeça aos pés e fica em choque.

-Boa noite... Felipe! -percebendo o silêncio dele, Roberta se preocupa. -Felipe, está tudo bem?

-Meu Deus! Você... Você está linda! -elogiou ele e só então se lembrou de respirar novamente.

-Obrigada. -ela sorri. -Você também está ótimo!

-Demorei?

-Na verdade, não. Não sabia que você era tão pontual...

-É porque eu estava muito ansioso. -ele diz encarando-a, deixando ela constrangida. -Mas vou considerar isso como um elogio. - ele sorri. -Podemos? -Felipe indica a porta.

-Claro! -Roberta pega sua bolsa e eles vão em direção ao carro.

-Eu tomei a liberdade de escolher um restaurante meio distante. Mas vale a pena! Tenho certeza que você vai adorar! - ele comenta, enquanto liga o carro.

-E qual você escolheu? -ela pergunta, retocando o batom.

-O quê? - ele diz, com os olhos fixados nos lábios dela.

-O restaurante. Qual você escolheu?

-Surpresa! -ele dá um sorriso travesso.

-Ah! -Roberta murmura. -Então vamos logo, porque agora fiquei curiosa.

-É para já senhorita. -ele assente, dando partida no carro.

Durante o trajeto eles riem, Felipe solta pistas do lugar onde estão indo e os dois começam a relaxar. Em vez do clima tenso que ficava entre eles, agora eles descontraíam-se um com o outro, como se se conhecessem há muito tempo.

Chegando ao local, Felipe entrega as chaves ao manobrista e eles entram no restaurante. Era um lugar muito distinto. A iluminação era à luz de velas, mas não deixava o ambiente mal iluminado. Pelo contrário, ficava com um toque de romantismo e acolhedor.

As mesas eram forradas por tecidos de linho egípcio e, em vez de cadeiras, havia pufes fazendo uma curva em torno da mesa. As pessoas eram muito bem vestidas e Roberta ficou aliviada por ter escolhido um vestido mais fino para a ocasião.

De repente, o amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora