Capítulo 33

185 17 10
                                    


No outro dia, todos os parentes de Felipe (com excessão de seu tio bigodudo que a uma hora dessas estava na detido enquanto aguardava julgamento), haviam ido para o hospital conhecer o mais novo membro da família.

- Ah, ela tem os seus olhos, pai! - disse Analu enquanto o olhava pela vidraça da enfermaria.

- Sim e o cabelo também - ele ri - Mas tem a pele e os traços da mãe. - Ele suspira profundamente pensando no rosto de Roberta.

- Ele é muito bonitinho! - disse Charlô - Mas também, um filho de vocês só poderia ser lindo assim.

- E ele é pequenininho como a mãe! -Juliana diz brincando.

- Por enquanto filha! -Felipe diz - Quando ele sair daí, vai ser um rapaz bem grande como eu.

Todos começam a rir.Elas ficaram olhando o bebê no berçário até chegar a hora do julgamento de Nando e Otávio.

- Gente, acho que já está na hora. - Alerta Analú - Não podemos nos atrasar... 

- Verdade! -Charlô concorda - Afinal, somos testemunhas.

- Então vamos. Não vejo a hora daqueles dois pagarem por tudo que fizeram. Principalmente aquele lá do cabelo enroladinho! - Felipe esbravejava com fúria nos olhos.

Divina ficou no hospital cuidando de Roberta e Júlio César, e todos os outros foram para o tribunal.

Nando e Otávio estavam algemados e sentados lado a lado como réis. Juliana, Felipe, Analú, Kiko, e Charlô, estavam como testemunhas. As provas contra os comparsas começam a aparecer através do advogado que Kiko contratou para defender sua mãe. Logo após, todos depõem. O advogado de defesa dos réis começa a atuar em prol de seus benefícios usando a tese de negativa de autoria, onde os acusados não assumem o ato. Isso faz com que Felipe fique com os ânimos à flor da pele e começa a discutir com o advogado. Nando perde o controle e confessa tudo! Afinal, era óbvia a verdade mesmo com todos argumentos de seu advogado que agora os defendia  na tentativa de amenizar a pena dos clientes.  

Depois de muito ver e ouvir, os jurados se reúnem em uma sala secreta, pois apesar do nome, não é o juiz quem julga o réu, e sim o júri. Um a um, eles proferiam seus votos. Atento, o juiz acompanhava tudo. Alguns minutos de tensão para os familiares da vítima e de espera para os demais interessados, até enfim, darem o veredicto:   

- Senhor Otávio terá de pagar pena em reclusão social de 1 à 3 anos pelo crime de associação de quadrilha, sendo essa de acordo com o Art. 288, a união de 2 mais pessoas para a prática de crimes.  E Parágrafo único: A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. Portanto, a pena de senhor Otávio será de 4 anos de prisão não pegando pena máxima e dobrada de 6 anos por não ter tido participação direta na tentativa de homicídio. E por ter escolaridade, moradia fixa e vida estável, sua pena cai para 2 anos. A pena será cumprida em regime inicial semi-aberto e o réu pode recorrer da sentença em liberdade.

O juiz bate o martelo e passa a proclamar agora, a sentença de Nando.

- Já o senhor Fernando, pagará também a pena por associação de quadrilha com as mesmas características dadas ao senhor Otávio, mas também pagará por tentativa de homicídio com pena máxima de 5 anos iniciais pela vítima ainda estar em coma podendo aumentar para 10 anos caso ela chegue a falecer. O senhor tem moradia fixa, vida instável por não ter trabalho regularizado alguns meses, e não tem escolaridade completa. Portanto, terá pena de 8 anos em regime fechado. - O juiz bate novamente o martelo - E assim tenho dito.

Os policiais levam Nando e Otávio de volta para suas celas e os demais vão embora.


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Obs.: A imagem do bebê foi retirado do Google e modificada por mim para que ele tivesse as características dadas.

De repente, o amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora