Capítulo 42

191 15 7
                                    

Em minutos, ele fechou a porta e guiou-a para dentro do apartamento. O toque seguro dele nas costas dela, levando-a para algum lugar era mágico. Roberta parando o beijo, perguntou querendo satisfações:

- O que você está fazendo aqui querido?

- Não gostou de me ver?

- É claro que gostei! Aliás, nós amamos. -Disse levantando um pouco mais Júlio César na direção dos olhos de Felipe.

- Que saudade de você filho. -Felipe disse pegando-o no colo. - Vim passar as férias com vocês meus amores. Por pouco vocês não estragam a surpresa e me veem lá no aeroporto...

- Bem que desconfiei que você e a Charlô estavam escondendo alguma coisa de mim! Era isso, não é? -Falou rindo e andando pelo quarto.

- Digamos que é uma parte sim... -Ele fez suspense.

- Uma parte? Então tem mais? Pode ir falando seu Felipe de Alcântara Pereira Barreto.

- Falamos ou não Júlio? -Disse olhando para o filho. - "Não papai" -Forjou voz de criança.

- Estou perdida agora com esses dois homens da minha vida. Nós iriamos almoçar agora, vamos? Acordamos tão cedo para levar sua mãe ao aeroporto que não comemos nada...

- Claro, vamos sim! Vou pegar o carrinho para o nosso bebê.

Caminharam até o elevador e ela sentia uma pressão constante da mão dele em suas costas, em sinal de proteção. Guiou-a para dentro do elevador. Assim que as portas se fecharam, eles comprimiram os lábios em um beijo saudoso.

Felipe apesar de machista confesso, era todo cavalheiro, fino e educado. Mas entre quatro paredes? Cuidado! As mãos dele estavam por toda parte. Roberta não ofereceu nenhuma resistência quando ele empurrou para um canto. Todo o corpo dela ficou quente e, ao mesmo tempo, os pés pareciam não tocar mais o chão. Ele esfregou a barba falha pelo seu pescoço e colocou vagarosamente a mão por dentro de sua blusa para pegar um seio. Ela engasgou com o toque das mãos quentes dele explorando seu corpo. Ela arqueeou o tronco, seu peito estava explodindo, empurrando seu seio contra a mão dele.

O elevador parou e as portas abriram para um casal mais velho, esperando para subir. Eles olharam para o casal e o bebê no carrinho e sinalizaram que iam no próximo. Ela tentou afastar o corpo dele. Havia ficado com muita vergonha, mas não aguentaram e começaram a rir daquela situação, até que em um momento de sensatez, Roberta disse:

- Aqui não meu amor, por favor.

Ele tirou sua mão de onde estava e a levou até o pescoço de Roberta. Ela sentiu o polegar dele desenhando um círculo invisível embaixo do seu queixo. Depois sorriu para ela.

Felipe estava feliz quando pegou a mão de sua namorada com a dele que estava livre e levou-a até os lábios para dar um beijinho.

- Você está certa, peço desculpas. Você me perdoa, querida? É que você me faz esquecer onde estou. -Roberta sentiu um frio na barriga. - E estou com muitas saudades.

- Tudo bem, eu te entendo meu amor!

Ó elevador, abençoado seja esse coração mecânico, continuou no ritmo, levando-os para o andar certo. Continuaram conversando normalmente, mas não paravam de pensar no que fariam no momento em que estivessem à sós no apartamento.

O almoço seguiu calmamente. Após termineram, resolveram passear para Felipe ver as paisagens do lugar e voltariam logo para o hotel. Felipe estava cansado da viagem que dez até ali.

De fato o céu estava lindo... O azul claro entrelaçando-se no alaranjado e no amarelo, de uma forma divina que só a mãe natureza é capaz de tecer.

De repente, o amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora