Capítulo 30

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Roberta decide se deitar, já que o médico disse que sua gravidez necessitava de repouso. Enquanto isso, Analú e Kiko vão para o castelo de Charlô. Chegando lá, a menina procura grita por Olivia.

-Sim Analú. -A governanta diz um pouco assustada com tantos gritos.

-A Juliana já foi para a loja? -Ela pergunta bem eufórica.

-Não, ela está no quarto. -Olivia diz e sai para realizar outros afazeres.

Analú puxa Kiko e sobem correndo pelas escadas. Entram no quarto de Juliana que estava terminando de se maquiar para ir trabalhar. Ela se assusta com a maneira abrutalhada que entram seu quarto e pergunta o que aconteceu.

-Ju precisamos muito da sua ajuda! É para o bem de papai, Roberta e nosso novo irmão! -Analu fala quase gritando.

A filha mais velha de Felipe fica sem entender nada.A caçula e Kiko começam a explicar. Quando terminam Juliana até se senta. Não acreditava em tudo que havia acontecido.

-Estou chocada! Papai precisa saber disso! - Ela disse.

-Não! Minha mae ainda nao dsse para ninguém! Mas ainda não entendi como ela pode ajudar a gente. -Kiko diz tentando descobrir como iriam usar seus poderes de cupido.

-É simples! -Analú exclama sorrindo. -Nando gostava da Ju. Lembra que eles iriam se casar?

- Claro! -Kiko disse recordando tudo.

- Kiko, foca aqui - disse Ju - Anda, Analu fala logo.

- Ju, você vai embebedar o Nando e fazer um série de perguntas.

- Como assim? -Juliana fica interessada.

- Pergunta porque ele fez aquilo no casamente e grava tudo o que ele falar. -Analú fala animada ao perceber que sua irmã está se interessando em ajudar.

- Está bem - respondeu Juliana.

Eles começaram a conversar sobre o plano mas não perceberam que Felipe estava na casa. Ele havia ido visitar o tio Otávio e ao sair do quarto ouviu vozes e entre elas seu nome foi pronunciado. Ele se aproximou um pouco e ouviu só um trecho da conversa.

- Ah, Kiko - disse Juliana - Ela não pode esconder isso dele.

- Mas, ela quer esconder - ele disse pensativo.

-Mas, não tem como já que uma hora a barriga vai aparecer. -A irmã mais velha diz encatucada.

- Mas, a Roberta não vai nos privar de ver o nosso irmão! - exclamou Analu.

Felipe sentiu a raiva tomar conta dele.
- Mas o problema é que o Nando vai dizer que é dele. Conheço aquele odiota - disse kiko.

Aquilo foi o extremo para Felipe. Ele saiu irritado em direção ao carro e acelerou ao máximo até a fábrica. Ela não estava lá, ele foi ela a casa dela e Divina não queria deixá-lo entrar. Ele a empurrou e foi em direção ao quarto.
Roberta assistia uma comédia com uma vasilha cheia de chocolate na mão quando a porta foi escancarada com brutalidade.

- Você é louco? - disse ela assustada. - Quem você pensa que é para entrar assim na minha casa?

Ele caminhou até ela e apertou seu braço.

- Solte-me. Você está me machucando - falou irritada.

- Que história é essa de que está grávida?

Ela gelou. Como...?

- Quem disse isso? -Ela disse com um semblante assustado.

- Não importa! - ele disparou sério - Está ou não está?

- Estou - falou por fim - eu estou grávida.

Ele soltou seu braço e passou a mão nos cabelos curtos e ficou analisando-a irritado. Sua respiração estava descompassada. Estavam nervosos e hesitantes. Eles estam grávidos e isso deveria deixá-los felizes e não assim. Eles se aproximaram um do outro e ficaram a poucos centímetros um dos lábios do outro. O desejo um pelo outro era evidente. Era incontrolável! Um beijo uniu seus lábios. Beijaram-se como se precisarem daquilo para viver. Eles precisam daquilo para viver. Ficar longe um do outro doia demais.

- Eu te amo Felipe - ela disse por fim.

- Eu... Roberta, quem é o pai dessa criança? -Felipe se distanciou um pouco de Roberta, mesmo querendo ficar o mais próximo possível dela.

Ela o encarou irritada e magoada ao mesmo tempo.

- Como? Você... Você realmente acreditou no que Nando disse? Eu jamais trairia você! -Roberta saiu andando pelo quarto.

- Você traiu Nando comigo. Poderia muito bem trair-me com ele. -Felipe disse incrédulo.

Ela desferiu um tapa forte em seu rosto.

- Não sou esse tipo de mulher que está acostumado - disse séria - saia daqui agora. -Ela disse bufando.

- É ou não é meu? -Ele insiste.

- É meu! Só meu! - falou irritada - Essa criança é só minha! Saia daqui, agora Seu Felipe de Alcântara Pereira Barreto! - Ela grita.

Pronunciar aquele nome, daquele jeito, lhe trazia tantas lembranças que por um minuto teve um devaneio rápido, o que fez com que Roberta quisesse chorar, mas aguentou firme.

- Eu vou exigir um teste de DNA! -Ele esbraveja.

- Sai daqui - pediu já chorando.

Ele acabara de humilhá-la. Ouvir aquilo de quem ama é realmente horrível. Ela não queria ter passado por nada aquilo que estava acontecendo. E Kiko... Como pode ter dito a ele? Roberta estava decepcionada mas não está com cabeça para pensar nisso. Sente uma forte tontura e cai sentada em uma poltrona do seu quarto. Ela percebe que agora tinha que pensar mesmo era em seu filho, então decide se acalmar e depois resolve tudo aquilo que estava acontecendo.

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