Capítulo 7 - Não roube minha pizza de chocolate

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Desculpem a demora. Aproveitem :D



 Faltava uma hora para sair do trabalho e eu contava os minutinhos. Caía o maior toró lá fora, deixei a janela aberta para sentir o cheirinho da chuva, era um dos pequenos prazeres da vida. Para melhorar, só se tivesse um café quentinho e um cobertor. Hmmm...

— Dionísia?

Ouvi de repente o meu "nome" ser pronunciado.

— O que? — murmurei grosseiramente.

— Pega tuas coisas que eu vou te levar pra casa.

 Idiota controlador. Eu tive vontade de recusar, mas porra, eu queria muito ir pra casa e estava chovendo.

— Mas como tu é lerda!

Ele pegou o que estava na minha mão e jogou na bolsa, mais outras coisas da minha mesa. Depois saiu me puxando pelo braço até o elevador. Será que eu seria demitida caso desse um tapa na cara dele?...

Talvez fora do ambiente de trabalho não. Hm..

— A gentileza mandou lembranças pra você. — cutuquei-o quando já estávamos no carro.

-— Eu estou dirigindo, então se fosse você, tomaria cuidado com as palavras.

— Pff, e o que você pode fazer? — debochei.

Alexandre arrancou com o carro pelo asfalto molhado. Correndo muito. Socorro.

— Para com isso pelo amor de Deus. — ele ria muito.

— O que, não sente a adrenalina?

— Sinto que vou fazer xixi nas calças.

Dessa vez ele gargalhou, mas não parou de correr. Acho que foi o dia em que cheguei mais rápido em casa. Uma, porque o trânsito estava livre, e duas, porque Alexandre era um louco.

Ele estacionou e meu coração estava quase saindo pela boca.

— Eu odeio você.

Pulei fora do carro e já fui abrindo a porta.

— O que? Um pouquinho de velocidade não faz mal.

— Vocês chegaram cedo. — Tio Fernando observou.

— Esse louco do seu filho corre mais que um piloto de fórmula um. — grunhi.

— Não seja fresca. — revirou os olhos. Direcionei a ele um olhar mortal.

— Bom, obrigada por trazer Lena com você. — meu padrinho deu um sorriso satisfeito. Então nem pra ser gentil o Alexandre servia? Idiota. — Quero saber se vocês querem ir jantar comigo e Clarisse hoje.

— Não quero empatar nada. — fui logo adiantando.

— Eu também não. Não to acostumado a ficar de vela que nem a Helena.

— Idiota. — saí andando com raiva, pretendia ir até meu quarto, mas como sou uma pessoa muito equilibrada, houve uma pequena pausa no meio do caminho. Eu me refiro a uma quedinha básica na escada.

O mais humilhante é que Alexandre estava vendo. E Rindo. Levantei-me muito humilhada.

— Tudo bem aí, querida? — meu tio também ria.

Não me dei o trabalho de responder e sumi de vista.

***

Quando desci para a sala, no intuito de ver televisão, percebi que havia mais gente em casa do que eu presumia. E eu não estava me referindo a Rebecca e Jonathan, sentados no sofá, e sim um personagem a mais que eu não queria que se encaixasse na cena. Alexandre.

O que eu sempre quisOnde histórias criam vida. Descubra agora