Desculpem a demora. Aproveitem :D
Faltava uma hora para sair do trabalho e eu contava os minutinhos. Caía o maior toró lá fora, deixei a janela aberta para sentir o cheirinho da chuva, era um dos pequenos prazeres da vida. Para melhorar, só se tivesse um café quentinho e um cobertor. Hmmm...
— Dionísia?
Ouvi de repente o meu "nome" ser pronunciado.
— O que? — murmurei grosseiramente.
— Pega tuas coisas que eu vou te levar pra casa.
Idiota controlador. Eu tive vontade de recusar, mas porra, eu queria muito ir pra casa e estava chovendo.
— Mas como tu é lerda!
Ele pegou o que estava na minha mão e jogou na bolsa, mais outras coisas da minha mesa. Depois saiu me puxando pelo braço até o elevador. Será que eu seria demitida caso desse um tapa na cara dele?...
Talvez fora do ambiente de trabalho não. Hm..
— A gentileza mandou lembranças pra você. — cutuquei-o quando já estávamos no carro.
-— Eu estou dirigindo, então se fosse você, tomaria cuidado com as palavras.
— Pff, e o que você pode fazer? — debochei.
Alexandre arrancou com o carro pelo asfalto molhado. Correndo muito. Socorro.
— Para com isso pelo amor de Deus. — ele ria muito.
— O que, não sente a adrenalina?
— Sinto que vou fazer xixi nas calças.
Dessa vez ele gargalhou, mas não parou de correr. Acho que foi o dia em que cheguei mais rápido em casa. Uma, porque o trânsito estava livre, e duas, porque Alexandre era um louco.
Ele estacionou e meu coração estava quase saindo pela boca.
— Eu odeio você.
Pulei fora do carro e já fui abrindo a porta.
— O que? Um pouquinho de velocidade não faz mal.
— Vocês chegaram cedo. — Tio Fernando observou.
— Esse louco do seu filho corre mais que um piloto de fórmula um. — grunhi.
— Não seja fresca. — revirou os olhos. Direcionei a ele um olhar mortal.
— Bom, obrigada por trazer Lena com você. — meu padrinho deu um sorriso satisfeito. Então nem pra ser gentil o Alexandre servia? Idiota. — Quero saber se vocês querem ir jantar comigo e Clarisse hoje.
— Não quero empatar nada. — fui logo adiantando.
— Eu também não. Não to acostumado a ficar de vela que nem a Helena.
— Idiota. — saí andando com raiva, pretendia ir até meu quarto, mas como sou uma pessoa muito equilibrada, houve uma pequena pausa no meio do caminho. Eu me refiro a uma quedinha básica na escada.
O mais humilhante é que Alexandre estava vendo. E Rindo. Levantei-me muito humilhada.
— Tudo bem aí, querida? — meu tio também ria.
Não me dei o trabalho de responder e sumi de vista.
***
Quando desci para a sala, no intuito de ver televisão, percebi que havia mais gente em casa do que eu presumia. E eu não estava me referindo a Rebecca e Jonathan, sentados no sofá, e sim um personagem a mais que eu não queria que se encaixasse na cena. Alexandre.
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O que eu sempre quis
RomantikSempre há uma pessoa que desgostamos sem um motivo plausível... Mas Helena Vasconcelos jurava que tinha todos os motivos do mundo para odiar Alexandre Martins. Era simplesmente o ser mais rude que já tinha conhecido, e parecia sentir prazer em atorm...