Capítulo 17 - Cuidados I

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Hmmm... Aquela sensação era muito boa... Eu não sabia se estava acordada ou ainda sonhando, mas a vida era filha da puta demais para que aquilo não fosse um sonho. Sentia beijos sendo levemente depositados sobre minha pele, começavam do pescoço e desciam lentamente pelas costas... Era bom, não parecia exatamente um sonho. Gemi, não aguentava carícias assim, me arrepiava e derretia inteira.

Os beijos subiram novamente, até que uma voz me assustou.

— Acorda logo, sua preguiçosa.

Virei-me. Eu não estava sonhando! Alexandre estava mesmo ali, meio debruçado sobre mim, e com aquele sorriso lindo de satisfação que vi a noite inteira em seu rosto.

— Seu doido! O que você tá fazendo aqui?

Ele fez uma carinha linda, embora sua expressão denunciasse que ele me achava meio louca.

— Hm, nós dormimos juntos, eu acho.

— Sim, mas você já pensou se alguém te pega aqui?

— O que alguém viria fazer no seu quarto em plena madrugada?

— Uma visita noturna? — murmurei como se fosse óbvio.

— Eu espero que eu seja o único a fazer visitas noturnas pra você. — de repente ele estava todo emburradinho, deitando de volta no travesseiro.

Deitei sobre ele, me enrolando toda em seu corpo.

— Não seja bobo, quem vai me visitar além de você? Seu pai? — nós rimos.

Seu corpo tremia um pouco em baixo do meu, de repente seu riso se esvaneceu, ele me encarou seriamente e seus dedos deslizaram por meu rosto. Seu beijo veio em seguida, tão doce, até eu me lembrar que nenhum de nós havia escovado os dentes ainda... Ew, isso pode ser ignorado, ok?

Ouvimos alguém bater a porta e nos assustamos.

— Lena? — era a voz de Cadu.

— Que diabos ele quer? — Alexandre estava de cara feia.

— Não sei, cacete. Junta suas roupas. — levantamo-nos rapidamente. — Se enfia de baixo da cama.

— Lenaaa? — Cadu cantarolou dessa vez, batendo novamente na porta.

— Já vai! To pondo uma roupa! — gritei a primeira coisa que me veio a cabeça.

Quase ri com a cara feia que Alexandre fez antes de entrar de baixo da cama, catei meu roupão e finalmente abri a porta.

— Demorou hein! Que lance é esse de dormir sem roupa? — revirei os olhos.

— Acabei de levantar, não enche. — ele riu. — Veio aqui pra que?

— Ah, seu padrinho está convocando todos pra um passeio a cavalo. Só faltava chamar você e o Alexandre, mas bati mil vezes no quarto dele e ele não respondeu... Onde será que se enfiou? — ele perguntou mais pra si do que pra mim. Fiz cara de paisagem. — Enfim, ele disse que você estava ansiosa para conhecer os cavalos, então... — me animei.

— Beleza! Desço daqui a pouco. — Ele se foi e eu fechei a porta.

Alexandre saiu de seu esconderijo, agora vestindo uma cueca.

— É melhor eu ir.

— Vai, até daqui a pouco. — ele colocou apenas o shorts, me beijou, checou o corredor e partiu. Eu ri.

Tomei um banho relaxamente, vesti um shorts e uma blusa soltinha, calcei meu allstar surrado e desci para tomar café.

Alexandre já estava sentado a mesa tomando seu café... Por que homens se arrumam tão rápido?

O que eu sempre quisOnde histórias criam vida. Descubra agora