Capítulo 13 - Brincando

182 10 3
                                    



 Não demorou nem 10 minutos depois que Clarisse disse aquilo e Rebecca apareceu na cozinha, mas tinha uma expressão ótima. Seu cabelo negro estava perfeitamente arrumado, ela estava bonita, como sempre. Tio Fernando, Verônica e Cadu desceram em seguida e nos deram bom dia.

— Onde estão os preguiçosos dos meus filhos?

— Eu acordei o Jonathan, mas o senhor sabe como ele é... — Rebecca reclamou — demora séculos pra criar coragem de se levantar. Já o Alexandre...

— Tô aqui, bom dia gente. — ele apareceu bocejando, o cabelo todo bagunçado e a roupa meio amarrotada. Acho que ainda estava com a camiseta do pijama.

— Meu filho, que vergonha! — Clarisse falou me fazendo rir.

— Ah mãe me deixa... — disse preguiçosamente enquanto abria a geladeira — São seis da manhã, cedo demais pra ser bonito.

Ah, ele não sabia o quanto ele era bonito mesmo naquelas condições lastimáveis.

— Cadê meu irmão? — indagou depois de dar um super gole em seu suco. 

— Deve estar se arrumando. — ele revirou os olhos.

— Mais fácil a gente ir arrumar as coisas no carro. Já desceram todas as malas?

— Falta a minha! — me pronunciei.

— Já vou buscar. — Alexandre deixou a cozinha após por seu copo na pia.

Fomos todos para a garagem começar a arrumar toda a tralha nos carros.

Quando Alexandre retornou eu já estava cansada de esperá-lo... Santa lerdeza, não demorava tanto assim para pegar sua mala e a minha, certo?

— Bom, eu e Clarisse vamos num carro, Rebecca, Jonathan, Verônica e Cadu usam outro, e Helena vai com o Alexandre. É melhor levar três carros, caso aconteça alguma coisa.
Legal, eu ficaria trancafiada com Alexandre por sei lá quanto tempo. Aquele pensamento fez meu estômago remexer ansiosamente. Ódio de mim.

Olhei para a porta da garagem e não evitei uma super risada... Lá vinha meu primo Jonathan, todo bagunçado, o cabelo parecendo um ninho e as roupas fora do lugar. Seus olhos estavam fechados, pequenininhos, duvido que estivesse realmente enxergando o caminho que percorria.
Rebecca me fitou com uma expressão de "tá doida?" e eu apontei para o seu marido.
Alexandre (curioso!) se virou para olhar também e começou a gargalhar.

— Sr. Jonathan Martins!

— Senhora. — ele brincou, enquanto abraçava Rebecca.

— Esses meus filhos são uma vergonha... — Clarisse murmurou nos fazendo rir.

— Vamos parar de conversar e cair na estrada logo. — Bocejo com tamanha animação do meu tio, entrando no carro com Alexandre.

Os outros saem da garagem antes de nós. Assim que o caminho está livre e ganhamos a estrada, o silêncio já começa a me incomodar.

— Quanto tempo demora até chegar lá?

— Uma hora e meia, duas horas, depende. — ele respondeu — Pode dormir um pouco, se quiser.

Aceitei a sugestão. Curvei um pouco o banco e fechei os olhos.

(...)

— O que? Não consegue dormir? — Alexandre brincou quando nem meia hora depois eu voltei a me endireitar no banco. Eu já estava com fome.

— Não seja cínico. — revirei os olhos — Você ligou o som nem dois minutos depois que fechei os olhos.

Bom, pelo menos o cd da banda era bom.

— Não gosto de dirigir pra longe sem música. Foi mal.

O que eu sempre quisOnde histórias criam vida. Descubra agora