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Na manhã seguinte acordo com um chute de Emma na minhas costas. Solto um gemido rouco e olho para ela irritada, pelo simples fato de eu ter dormido mal por dela ter passado a noite toda me dando chutes involuntários. Empurro seu corpo para longe com uma certa difícil. Apesar de muito pequena ela é tão pesada.

Quando finalmente consigo afasta-la, ela volta a mesma posição tomando conta de minha cama. Simplesmente desisto de tentar voltar a dormir mais um pouco e faço um esforço para levantar da cama. Pego meus óculos no aparador em cima da minha cama e olho no celular para checar o horário. Deus, já passava das nove e meia da manhã, ou seja, eu estava mais do que atrasada para acompanhar meu pai até a igreja. Suspiro e apoio meu cotovelos nos joelhos por mais um tempo.

Mais tarde preparo meu café da manhã e deixo algumas das panquecas que preparei para para Emma, que ainda dormia pesadamente no meu quarto. Logo depois das suas perguntas irritantes sobre o Harry ela voltou a me falar sobre o seu namorado e sobre as constantes brigas que eles tinha. Eu com minha pouco, quer dizer nenhuma experiência com garotos apenas a ouvia e tentava dizer palavras de consolo. Depois de muitas horas de conversa eu dormir e lembra de ela tentar me acordar para continuar a conversa mas eu estava muita exausta para voltar a abrir meus olhos.

Abro a porta da varanda que ainda estava por ser consertada. e sinto a brisa gelada ir contra o eu corpo me fazendo tremer sob meu pijama. Sento-me no banco de madeira da varanda onde tomo meu café calmamente observando a paisagem verde escura ao redor da minha casa. O dia estava nublado como quase sempre e ainda havia resquícios da chuva do dia anterior, o cheiro da mata molhada que o vento trazia deixava tudo de uma maneira mais aconchegante.

Hoje era o dia que iríamos ao jantar na casa dos Mills, os antigos amigos da família que estavam de volta a Fearland. Eu não sei se estou animada para essa reunião, por mim eu ficaria aqui o dia todo com Emma fazendo absolutamente nada.

Me deixava nervosa o fato de eu ter de ir conhecer pessoas novas ou ter que lidar com algo desconhecido. Eu sei que é ridículo, no entanto isso realmente me incomoda. Eu não sou exatamente a pessoa tímida do mundo, eu conseguia conversar com as pessoas normalmente ou me impor como sempre fazia na minha antiga escola, eu sempre fui um pouco irritadinha e não tinha vergonha de falar a verdade para as pessoas até porque na maioria das vezes eu estava certa, mas de um tempo pra cá algo em mim mudou e eu havia me tornado uma garota mais nervosa e ansiosa, os meus medos se intensificaram e de alguma maneira isso me fazia ser mais retraída do que de costume.

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Emma passara o dia todo aqui em casa, apenas ligou para tia May que estava aqui. Passamos o restante de todo nosso dia juntas jogando conversa fora, assistindo nossas séries preferidas no Netflix e comendo besteiras. Emma até encontrou alguma paciência para me ensinar a mexer no meu celular. Fiquei irritada quando vi que ela havia incluído o número de Harry na minha agenda. Eu realmente sabia que nunca precisaria dnaquilo.

Já era fim de tarde quando eu terminava de me arrumar no banheiro enquanto Emma ouvia música no meu quarto. O meu cabelo estava tão rebelde esses últimos dias que até o fato de arrumar ele me deixava irritada, ou era apenas o meu período, então eu nem ao menos tento deixar ele melhor e apenas faço uma trança simples.

"Você vai assim?" Emma pergunta no momento em que eu saio do banheiro. Ela me olha de cima a baixo com uma cara de quem está chocada.

Olho no reflexo do espelho e não vejo nada de mal minhas roupas e para ela confusa. Tudo bem que eu estava com uma roupa simples mas eu gostava de mim assim e não ligava para o que eles diziam.

"Qual o problema? Eu gosto dessa roupa." Dou de ombros.

"Você suicida a moda."

"Não exagera!"

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