Capítulo ( 17 )

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Há momentos na vida em que tudo para

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Há momentos na vida em que tudo para.

A Terra hesita, a atmosfera se aquieta, o tempo encolhe, a respiração falha, era assim que eu me sentia desde que tinha chegado a Hoodsport.

Enquanto Adriel conduzia, mesmo usando toda a força de vontade, eu não conseguia parar de observa-lo, lançando-lhe olhares rápidos e furtivos.

Minha mente, começou a levar-me para um lugar, que eu sabia ser impossível.

Como por exemplo, como seria beija-lo?

Ele era sensual, e tinha uma aura endiabrada, aposto que seu passatempo era molhar calcinhas...

Cerrei os olhos por um momento, determinada a manter minha mente longe de tais pensamentos.

Quando meu olhar retornou ao seu rosto, percebi tardiamente que ele também estava me observando.

Ele me olhou com aqueles olhos que pareciam enxergar o que eu queria.

Abaixei a cabeça envergonhada pelos pensamentos obscenos.

Olhei de soslaio para o banco de trás, e me surpreendi ao ver tintas, pincéis, Godê, entre outros materiais de pintura.

Ele olhou de canto para mim, que ainda permanecia olhando as tintas, senti que estava invadindo seu espaço, então virei meu rosto para a estrada.

-Desde muito novo que eu tenho essa destreza manual por arte e pintura. - Ele disse olhando para mim. - Minha mãe pintava muito bem quadros a óleo. Não sei, acho que fui influenciado por ela

- Você pretende trabalhar nessa área? Perguntei, perante sua confissão inesperada.

-A minha vida não se baseia naquilo que eu quero- soltou pensativo. - Além disso... desde que minha mãe morreu, pintar se tornou um pouco doloroso.
Isso apenas me lembrw que ela e meu irmão não estão mais entre nós.

Eu não sabia o que dizer,quando você perde alguém que ama, as palavras são inúteis

Por isso continuei observando-o com o almejo de saber cada parte de sua vida

Adriel estacionou em frente da escola, ele me olhou sombriamente enquanto falava - Encontre-me no mesmo lugar, no final das aulas-

Ele não vai nas aulas?

Como se ele tivesse lido meus pensamentos, ele balançou sua cabeça negativamente, e disse - Preciso fazer umas coisas antes. -

Não era possível que minha expressão fosse tão fácil de se ler, certo? Então porque ele sempre conseguia desvendar meus pensamentos?

-Ok- Exclamei abrindo a porta.

-Elise- Havia curiosidade no seu semblante

-Sim?

--Tome cuidado.

Sorri - Vou ter- exclamei - E obrigado por tudo. Agradeci fechando a porta

**

Lágrima Negra ( LIVRO I E II) Onde histórias criam vida. Descubra agora