–Eu não quero conversar. -falei malcriada e tentei me afastar, mais ambos fizeram pressão na minha barriga.
–Não ouse sair daqui. -a ameaça implícita ali me fez estremecer. -Você aceitou nossa ajuda, agora fique quieta e esculte. -Kurama não parecia ter muita paciência, e não seria eu a testá-la, então me aquietei.
–Eu sinto muito Eloá, eu não falei na intenção de insinuar algo sobre você. Me desculpe. -Shuichi disse e se inclinou beijando minha testa.
–Eu fiquei com muita raiva, e isso acabou inclinando Shuichi a falar besteira. -Kurama pontuou, e olhei de um para o outro perdida. –Somos diferentes Eloá, e ao mesmo tempo um só. Por isso tudo que acontece entre nós aqui é sentido por ele, pois o seu corpo também é o meu.
–Aqui? Onde é aqui? -perguntei perdida e Shuichi olhou para Kurama e ambos assentiram.
–Nossa mente, exclusivamente a parte que me pertence. -Kurama explicou.
–De alguma forma sua mente se conecta com a minha quando nos tocamos, e o Kurama sempre te puxa para cá. -o olhei mais confusa ainda. -Sabe quando você joga um jogo de realidade virtual? -fiz que sim. -Seu corpo sente tudo mesmo, como se você realmente estivesse vivendo o jogo, mas você não sai do lugar, sua mente passa os estímulos cognitivos para seu corpo. É o mesmo sentido aqui, sua mente está nesse lugar, mais seu corpo continua lá, então você sente tudo, por que de uma certa forma acontece. -ele ficou envergonhado e eu também, já Kurama parecia se divertir muito com aquilo.
–Você deve está confusa pelo cenário, mais geralmente nos encontramos no ultimo lugar onde sua mente registrou, pois se nossas informações fossem diferentes seria complicado de manter a ligação. -Kurama tirou a mão da minha barriga e colocou no meio das minhas costas fazendo uma leve pressão ali.
–E como quebro a ligação? -ambos se olharam novamente. -Parem de se comunicar pelos olhos, vocês queriam conversar, então não me escondam coisas. -Kurama grunhiu em meu ouvido e Shuichi suspirou.
–Se você vem para cá apenas eu posso te liberar, mais o poder que te trás aqui não é o meu, ou seja, você tem a capacidade de nunca mais entrar aqui, só precisa aprender a controlar sua energia. -Kurama começou. -Assim como apenas eu tenho a força e a habilidade de bloquear sua entrada aqui quando eu quiser. -algo em sua voz me dizia que ele realmente não estava feliz com aquilo.
–Você não sabe usar sua força ainda, e entendemos que tenha medo de o usar, por isso nunca te forçamos a nada. -explicou Shuichi. -Mas quando estiver pronta, irei te ensinar a controlar seu poder.
–Isso é estranho, pois só acontece com vocês.
–Talvez por sermos o único ser, que é um demônio raposa e um meio-humano no mesmo corpo que você conhece. -Kurama falou sarcasticamente.
–Claro, por que não pensei nisso antes. -debochei e ele mordeu meu ombro de leve me arrepiando.
–Não me faça mudar de ideia sobre... -Kurama parou e olhou para Shuichi que acenou afirmando.
–Conversamos quando você "acordar". -Shuichi disse e se inclinou me roubando um selinho.
Shuichi se afastou e saiu pela porta da enfermaria e eu fiquei perdida.
–Tem pessoas se aproximando, então ele voltou para nos dar cobertura, pois meu assunto com você é diferente. -ele tirou a mão quente das minhas costas e se ajeitou mais na maca me puxando para si, colocando a cabeça por sobre meu ombro. -Se sente melhor? -havia preocupação além da frieza habitual ali.
–Muito, obrigada Kurama. -ele me apertou mais.
–Eu quero te fazer minha. -oi? Me arrepiei com o sentido literal daquilo, de onde ele saiu com essa? -Quero que seja minha mulher, e para isso eu preciso marcar você. -virei um pouco o rosto e nossos olhos se conectaram me mostrando sua determinação. -Preciso que pense se quer realmente isso, por que não haverá mais volta uma vez que eu o fizer Eloá.
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Olhos são a porta da alma!
FanfictionEu sempre desejei ser diferente, mas depois do acidente que mudou minha vida, tudo que eu queria era ser a mesma menina normal de antes. Me olhar no espelho, olhar as pessoas nos olhos sem ver algo estranho ali, seus verdadeiros "eu". Mas ao sair d...