Decepção!

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Ela abriu o olhos confusa, me fazendo sorrir de sua confusão inicial. Toquei sua cabeça fazendo carinho, era impossível para mim resistir a ela.

-Bem-vinda de volta amor.

-... -ela abriu a boca algumas vezes mas nada disse, e me olhou apreensiva.

-Não quer que eu a toque? -parei com o carinho e ela rapidamente negou me fazendo sorri.

-Só...

-Me perdoe, sinto muito por tudo, sei que...

-Tudo bem. -ela sorriu contagiante. -Eu só preciso de um tempo Shuichi.

-O Kurama prometeu que ficará longe até que você...

-Eu sei. -ela riu e me puxou para si. -Conheço bem vocês, e o orgulho de Kurama -selou levemente nossos lábios. -Obrigada pelo espaço. -riu traquina me deixando confuso como sempre.

A observei ainda deitada naquela cama, com aquele maravilhoso sorriso nos lábios, e aquela paz incomum.

-Achei que estaria brava.

-Não, eu gostaria, mas do que isso adiantará agora? Eu realmente só preciso de um tempo para aceitar tudo. -euforia, orgulho, e principalmente amor, era isso que eu sentia do fundo do meu coração nesse momento por ela.

-Eu te amo, cada vez  te amo mais. -ela me beijou novamente, e nesse momento ouvimos batidas na porta. -Eles querem conversar com você, tudo bem? -ela fez que sim, e eu me afastei indo até a porta.

Koenma-sama foi o primeiro a entrar e conversar com ela, depois Yusuke e Keiko-san, e por ultimo, Kuwabara, Hiei e Botan. 

Não queria ficar com ela naquele apartamento, então comprei uma casa próxima a universidade para morarmos, o que a fez me agradecer como nunca. 

Estávamos felizes, por semanas uma completa paz se instaurou em nossas vidas, e visitas não eram incomum em nossa casa. Ela não chamou por ele, e Kurama também não quis aparecer, mas só quando seu cheiro mudou foi que eu entendi o que realmente estava acontecendo.

- "Você à engravidou?" -eu tocava de leve a bariga dela enquanto esta dormia tranquila em meu braço.

"Assim ela nunca mais se afastará de nós" -o escarnio em sua voz era claro.

- "Ela é muito nova Kurama, somos muito novos para essa responsabilidade" -argumentei revoltado.

"Você os ama Shuichi!" 

- "Droga Kurama!" -eu fiquei imensamente orgulhoso ao tocar ali e senti aquela pequena vida sendo gerada.

Sabíamos que logo teríamos de contar a ela, mas quando Eloá desmaiou na universidade alguns dias depois me arrependi como sempre de não tê-ló feito antes.

-Não podemos aceitar uma aluna grávida em nosso Campus, isso vai acabar com a imagem da Universidade. -o reitor se pronunciou revoltado depois de nos dar um grande sermão. 

A enfermeira a pouco havia lhe dado a notícia e ela apenas chorava quando o reitor chegou, ele havia sido avisado por esta da situação e agora estava ali nos repreendendo, não que eu realmente me importasse com isso, mas sabia que estávamos erados, que Kurama tinha sido muito precipitado ao tomar aquela decisão sozinho.

Ela ouviu a tudo calada, apenas lágrimas silenciosas desciam por seu rosto, sua mão tremia enquanto eu a apertava tentando passa-lá algum tipo de força. Ela não precisava ficar assim, eu a protegeria, eu os protegeria. Eu mentiria se dissesse que não estava feliz, pois eu estava, mesmo sabendo que fora apressado, que fora loucura de Kurama faze-ló, eu não posso condena-ló, eu a amava, e por isso amava aquela criança que crescia lentamente dentro dela. 

Olhos são a porta da alma!Onde histórias criam vida. Descubra agora