-Vamos Eloá-chan você precisa comer isso. -algo ruim era enfiado goela abaixo em minha garganta. -Você precisa resistir.
-Eca. -aquele troço tinha um gosto horrível.
-Você vai sobreviver a isso. -abri os olhos e levei um tempo para reconhecer o rosto ali.
Um ódio imenso me invadiu, e uma preocupação avassaladora brigava por espaço em meu ser. Coloquei uma mão no peito tentando respirar melhor, mas percebi que está tinha um corte até o cotovelo, então reparei melhor em mim, eu tinha vários pontos roxos pelo corpo, e muitos cortes que já começavam a se fechar.
- "Como você está?" -olhei ao meu redor procurando-o, mas não o encontrei ali, estávamos apenas eu deitada abaixo da árvore em frente ao nosso prédio, Keiko sentada ao meu lado com uma face preocupada, e era quem provavelmente cuidava de mim, um rapaz estranho com cabelo cortado em cuia com uma tatuagem "Jr." em sua testa, que me sorria, e puts, ele seria um gato se não fosse a estranha chupeta que ostentava na boca, e claro, Kuwabara que parecia fazer nossa segurança ali e olhava preocupado para a porta de meu apartamento.
Respirei fundo, bloquei minha mente, bloquei seus sentimentos, e enfim suspirei quando senti paz. Minha promessa se limitava a Shuichi, então eu não tinha o porque conversar com Kurama. Na verdade eu não queria conversar com ninguém, mas precisava deixar essa ideia ridícula de lado, precisa entender o que houve e o que ainda estava acontecendo, pois algo estava muito errado para ele não está aqui comigo, pois conhecia-o bem o suficiente para saber que quando eu me machucava ele não saia do meu lado.
-Você cuidou de mim Keiko? -ela me sorriu carinhosa e passou a mão em seu ventre que estava avantajado.
-Sim, um pouco. -ela sorriu. -Kurama me deu as ervas, ele disse que era um antidoto para o que estava bloqueando seu corpo de se curar.
-Entendo.
-Olá, eu sou Koenma. -o garoto se aproximou de mim. -Deus regente desse e do outro mundo. -ele me estendeu a mão. É um prazer enfim conhecê-la.
-Eu gostaria de dizer que o prazer é meu, mas não me ensinaram a mentir Koenma-sama. -ele me sorriu calmo. -Gostaria que me explicasse se possível o que realmente está acontecendo. -ele se sentou a minha frente, e eu me ajeitei melhor, e foi nesse momento que Kuwabara me olhou de esgueira e eu percebi que estava sendo tremendamente mal educada. -Olá Kuwabara.
-Oi Eloá. -ele pareceu envergonhado de olhar para mim.
-Obrigada por estarem cuidando de mim. -ele maneou a cabeça negando e Keiko apenas alisou a barriga carinhosa.
-Não se preocupe Eloá-chan, nós entendemos a situação. -apenas confirmei e me virei quando Koenma tossiu.
-Claro, você tem todo o direito de saber. -ele respirou fundo se preparando para contar o que parecia uma longa história. -Bom, desde que minha prima Iara resolveu sair de seus domínios na floresta amazônica e voltar para o reino do céu com seu esposo, que ficou sobre minha responsabilidade cuidar de seus filhos, netos, bisnetos, enfim, seus descendentes. Como Deus regente da terra eu me vi na obrigação de observar de perto vocês, e você assim como sua avó e diferente de sua mãe, não demonstrava possuir nenhum dom divino, então não me preocupei, sua mãe a meu ver era a ultima com dons em sua família, e mesmo assim ela os usou para salvar você quando nasceu. O que eu não sabia, era que ela não apenas tinha os usado em você, ela os tinha transferido para você, e estes junto com os seus ficaram adormecidos até aquele fatídico acidente.
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Olhos são a porta da alma!
Fiksi PenggemarEu sempre desejei ser diferente, mas depois do acidente que mudou minha vida, tudo que eu queria era ser a mesma menina normal de antes. Me olhar no espelho, olhar as pessoas nos olhos sem ver algo estranho ali, seus verdadeiros "eu". Mas ao sair d...