Liguei para Keiko assim que ele saiu transtornado pela porta, e disse que havíamos brigado. Ela não me perguntou o motivo e eu também não a contei, mas me prometeu que pediria para Yusuke checar o Kurama.
Depois do que ouve comigo eles se mudaram para essa cidade para que ficasse mais fácil para me proteger, e a Keiko também, já que essa logo teria o filho deles.
Me obriguei a ficar tranquila, de alguma forma as coisas se ajeitariam e por mais que não nos entendêssemos agora sabia que daríamos um jeito de conviver dali para frente, ele mas do que ninguém estaria interessado nisso.
Não demorou muito até que eu ouvisse uma batida na porta e assim que a abri uma Keiko afobada entrou.
-Você está bem? -ela foi direto para a cozinha.
-Sim. -suspirei enquanto ela pegava o bule para fazer chá. -Resolvemos que vamos nos separar. -ela o deixou cair e se virou me olhando apreensiva.
-O quê, você não pode o Kurama, ele...
-Foi ideia dele. -ela se segurou no balcão e eu fui até ela e a ajudei a sentar na cadeira. -droga ela tinha ficado muito abalada, mas era a única com quem eu poderia conversar naquele momento sobre meu futuro. -Fique tranquila Keiko, não houve nada demais, e não faz bem para o bebê você ficar aflita assim.
-Como assim? Eu não estou entendendo nada. -a sua confusão, logo se transformou em raiva quando lhe relatei toda a nossa briga.
-Eu vou ter isso e enfim estarei livre... -ela me deu um tapa forte, que com certeza marcaria meu rosto com o formato de seus dedos.
-Eu o entendo, eu também não iria querer vê-la nunca mais se fosse ele. -ela esbravejou. -Eu sei que tem medo de youkais Eloá, mas nada justifica o que está fazendo. Está sendo preconceituosa, e idiota. Perdeu um marido que a ama, que faria de tudo por você. Kurama é como um irmão para nós, e nós o ajudaremos como pudermos a criar essa criança, e vamos provar a você o quão errada está. Sinceramente, você não o merece.
A porta da sala foi aberta e por ela passou um Yusuke que parecia está extremamente cansado e depois um Shuichi que veio até mim e colocou algo sobre a mesa a minha frente.
-Coma, comprei na padaria, é meronpan. -fiquei apreensiva ao pegar, pois mesmo vendo que estava dentro do saco ainda tive medo. -Não a drogaria se é isso que está pensando Eloá. -ele saiu da cozinha e Keiko o seguiu, mas Yusuke veio a minha frente.
-Vai me dar sermão e me dizer como sou a pior pessoa do mundo também?! -ele suspirou e levantou os braços em sinal de rendição.
-Eu fiz muitas coisas das quais não me orgulho, então não estou apto a jugar ninguém Eloá. -afirmei e ele fez carinho em minha cabeça. -Você é bem parecida comigo sabe. Ambos somos descendentes de pessoas poderosas e nossos poderes só vieram à tona quando nossa vida corria risco, mas diferente de mim você não teve ninguém para te apoiar, nem para te explicar o que estava ocorrendo, e por isso posso imaginar o quão assustador foi para você.
-Eu tenho medo Yusuke... -ele abriu os braços e eu me levantei para lhe abraçar.
-Eu entendo. E é exatamente por isso que só quero te pedir que tenha calma, que respire. Vocês já decidiram o que fazer, então agora tudo o que podem fazer é conviver da melhor forma possível Eloá. -ele alisou minhas costas. -Uma gravidez é sempre complicada, mas você terá a todos nós para te ajudar. Nenhum de nós vai te virar as costa, eu pelo menos não vou fazer isso com você. E depois que tiver a criança, se ainda quiser ir, eu vou te apoiar de todas as formas que puder. -me afastei agradecendo. -Vocês dois erraram Eloá, por isso tente ser compreensiva, não o julgue tanto.
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Olhos são a porta da alma!
FanfictionEu sempre desejei ser diferente, mas depois do acidente que mudou minha vida, tudo que eu queria era ser a mesma menina normal de antes. Me olhar no espelho, olhar as pessoas nos olhos sem ver algo estranho ali, seus verdadeiros "eu". Mas ao sair d...