Tio Eduardo (Romance Gay)

Cap.6

No sábado ainda estava frio, acordei às nove da manhã com minha Tia gritando da janela da casa dela.
-IAGOO! Cheguei.
Ainda não tinha pensado nisso, mas não sabia como olhar pra minha Tia depois do que fiz, mas tambem não podia evita-la.
- JA VOU AI TIA - gritei de volta.
Levantei, tomei um banho e fui na casa dela.
Entrei e ela estava na sala sentada no sofá com Eduardo, as malas estavam no chão, e Daniel já estava correndo pela casa como qualquer criança.
- E aí Tia, como foi a viajem?
Ela se levantou e me abraçou.
- Foi uma porcaria, sua vó está mais enjoada do que nunca, e não tinha nada pra fazer naquele fim de mundo - rimos.
- Por isso eu não vou lá.
- Os cachorros te deram trabalho?
- Que nada, são bem calmos. Não deram trabalho nenhum.
- E sua mãe já chegou, ou ainda ta trabalhando?
- Ela disse que vem hoje a tarde.
Conversamos por mais um tempo, e ela disse.
- Ah estou muito cansada, vou aproveitar que tem dois homens fortes aqui e vou tomar um banho enquanto você sobem as malas.
Ela subiu correndo e entrou no banheiro e mandou Daniel tomar banho também.
Peguei duas malas, e Eduardo pegou duas, eu subi e ele veio atrás, entrei no quarto deles deixei as malas no chão e ele fez o mesmo. Quando eu estava saindo do quarto ele me puxou e me prendeu na parede. Com o rosto bem colado ao meu.
- para Eduardo, já chega, já falamos sobre isso.
Ele beijava minha nuca sem dar importância ao que eu dizia.
Ele parou olhou fixamente em meus olhos e disse sussurrando com um sorrisinho safado.
- Você vai ser meu Iago!
Me soltei depressa e voltei pra casa.
Infelizmente percebi que Eduardo ainda mexia muito comigo.
Por volta de onze horas meu celular tocou.
Era Guilherme.
- Alô?
- Iago, eu sei que a gente combinou de não se ver esse fim de semana, mas eu preciso conversar.
- Ah, se é importante pode vir aqui, mas tem que ser rápido.
- Ta bom, daqui a pouco chego aí.
Cinco minutos depois Guilherme tocou a campainha.
Nos sentamos na sala.
- Briguei com meu pai! - ele começou - ele me chamou de vagabundo, falou que eu não faço nada.
Ele parecia assustado, e não me surpreenderia se ele começasse a chorar.
- Calma Gui! Respira, fica calmo.
- Ele falou que se eu não começar a trabalhar e ajudar nas despesas eu vou ter que sair de casa
- Mas isso não é problema, a gente tenta arrumar um serviço pra você.
- Esse não é o problema - ele continuou - meu pai já conseguiu um emprego pra mim.
- E por que você ta tão assustado?
- Não to assustado, é so que eu não quero levar porrada quando começar a trabalhar.
- Por que? No que você vai trabalhar?
- É que meu pai conhece seu tio, e seu tio disse que precisa de um ajudante como pedreiro lá nas construções...e, é isso. Eu vou ter que rrabalhar com seu Tio.
- Ah meu Deus
fiquei assustado e com medo por Guilherme.
- Eu disse.
- Mas ontem quando ele entrou, eu acho que ele não te viu, eu estava em cima de você e nos estávamos cobertos com o edredon, e ele saiu do quarto antes d'eu sair de cima de você.
- Realmente, acho que ele não me viu - ele pareceu mais calmo - mas se seu Tio se quer desconfiar que eu era o "babaca" que estava lá em cima com você eu sou um homem morto.
Rimos juntos.
- Mas no momento essa é a única solução, você vai ter que trabalhar com ele.

Assim que terminamos de conversar, minha mãe passou pela porta.
- Cheguei filhooo!
Levantei rapidamente, e a abracei, estava morrendo de saudades de minha mãe.
- Que saudades meu amor.
- Eu também mãe.
- Esse é o Guilherme, um amigo do colégio.
- Olá Guilherme - eles se cumprimentaram com um abraço - meu nome é Quitéria, prazer!
- Prazer!

- E aí filho, o que aconteceu de bom nessas semanas que eu estive fora?

Transei com meu Tio Eduardo. Me arrependi, mas gostei e agora ele está apaixonado por mim. fiz trabalho com um garoto repetente da escola, nós transamos, estamos namorando, meu Tio nos pegou na cama e queria matar ele, e agora eles vão trabalhar juntos.

Preferi resumir isso tudo a:
- Nada! Nada de interessante, e com você o que aconteceu de bom.
- Então é sobre isso que eu queria falar - Ela voltou até a porta e chamou alguém pra dentro, um homem muito alto, com a pele bronzeada, rosto bonito, cabelos lisos penteados para o lado, parecia bem musculoso por baixo do terno caro.
Ele apertou minha mão com firmeza.
- Olá, me chamo Roberto, sou...o namorado de sua mãe.