Cap.5

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Aquela semana estava sendo maravilhosa, eu continuava a tratar dos cachorros da minha Tia nos horarios em que meu Tio estava no trabalho. Estava tentando evita-lo ao máximo pois sabia que se eu visse ele, não conseguiria resistir e teria uma recaída.
No colégio eu estava bem mais próximo de Guilherme, passávamos o recreio juntos, íamos embora juntos e quando estávamos longe conversavamos pelo celular. Podia dizer que estava gostando dele, gostando muito, e acho que ele tbm gostava de mim.
Ele já tinha vindo até minha casa "devolver minha roupa".
E depois disso ele vinha até minha casa todos os dias e as vezes nem transavamos, só ficávamos deitados agarradinho, nos beijando. Era maravilhoso.

Sexta-feira depois do colégio fui pra casa, cuidei dos cachorros, almocei e me deitei enrolado no edredon pois estava mais frio que o normal.
A campainha tocou, era Guilherme.
Ele subiu e se deitou comigo na cama.
- Minha mãe vem esse fim de semana - falei.
- E o qual o problema? Ela não está pronta pra conhecer seu namorado?
Fiquei sem reação.
- Namorado? É... não sabia que estávamos namorando - rimos - é que a gente está junto a tão pouco tempo, a menos de uma semana...
- Mas o tempo não significa nada, o que importa é que...a gente se gosta...pelo menos eu gosto de você - ele olhava fixamente em meus olhos e eu podia ver em se olhar que ele estava sendo sincero.
- Gui, eu também gosto de você mas, acho que minha mãe não está preparada pra saber que tem um filho bissexual, e eu também não me sinto confortável pra dizer isso a ela ainda e nem pra ninguém. Mas eu quero ficar com você, acho que isso pode ficar entre a gente por mais um tempo. Acho melhor a gente não se ver esse fim de semana.
Um silêncio constrangedoras se instalou no ar.
Depois de um tempo Guilherme quebrou o silêncio.
- friozinho bom pra namorar né?
Era bom saber que Guilherme me entendia, isso me fazia gostar dele mais ainda.
- é sim - respondi rindo sem graça
Ele começou a me beijar, como sempre, beijos deliciosos, molhados, envolventes.
Ele tirou a camisa e tirei a minha, continuamos nos beijando intensamente. Ele sussurava sacanagem em meu ouvido e eu já estava ficando excitado e ele tbm subi em cima dele e continuamos os beijos tirei meu samba-canção e ele tirou a bermuda e a cueca.
Ele começou a me penetrar bem devagar.
Sexo com o Guilherme era espetacular, tínhamos sintonia, era muito prazeroso, e mesmo ele só tendo dezoito anos, ele tinha muita pegada e jeito de macho, um homem de com H maiúsculo.
Comecei a rebolar naquela pica, enquanto minhas mãos acariciavam seu peitoral. Cada respiração profunda de Gui me deixava mais excitado, eu gemia de tesão enquanto ele me penetrava com muito carinho. Estávamos no ponto alto do sexo quando um grito nos tirou do êxtase:
-QUE PORRA É ESSA IAGO?
Meu Tio estava parado na porta do meu quarto, era claro que ele estava morto de ódio, e estava com a minha calculadora na mão. Já tinha até me esquecido dessa calculadora
Maldita hora pra ele vir devolver essa merda.
Eu estava ofegante.
Ele jogou a calculadora no chão, deu meia volta e saiu.
- Fica aqui Guilherme!
Sai de cima de dele, coloquei meu samba-canção e desci correndo atrás do meu Tio.
Ele estava na metade da escada, quando me ouviu parou e se virou pra mim.
- Isso é sério Iago? Achei que o que rolou entre a gente teve algum significado pra você, não achei que você já estaria transando com alguém depois de uma semana do que aconteceu entre nós.
- Eduardo, qual a parte de que não vai acontecer mais nada entre a gente, você não entendeu. Você é meu tio, já conversamos sobre isso, sou livre pra fazer o que eu quiser.
- Mas eu gosto de você Iago e sei que você também gosta de mim - ele subiu mais um degrau ficando próximo a mim, eu imediatamente me afastei - achei que a gente ia conseguir passar por isso juntos. Eu vim trazer essa calculadora, mas também queria conversar, eu quero você, comigo...eu te amo Iago, enão é amor de Tio, eu te amo de verdade.
Não não não não
Fiquei extasiado. Sem reação. Não podia ser.
- Não Eduardo, você é casado com a minha Tia, ela não merece isso...e eu já to seguindo em frente, to com outra pessoa.
- Por falar nisso quem é aquele babaca lá em cima?
Me dei conta de que ele não viu o rosto de Guilherme pois eu estava em cima dele e o edredon estava em cima da gente.
- É meu namorado!
- QUE? - ele falou ficando mais enfurecido - Eu vou quebrar a cara desse idiota.
- Não - falei empurrando seu peito enquanto ele tentava subir - você não tem nada a ver com isso, vai pra sua casa, vamos voltar a ser como era antes só Tio e sobrinho, só isso.
Ele parou por um tempo, olhando pra mim.
- Sua mãe sabe disso? sabe que você tem trazido namoradinho pra casa.
- Não sabe e não vai saber porque ninguém vai contar, principalmente você - falei com convicção.
- Ótimo, ótimo então.
Ele voltou a descer a escada. Eu fiquei parado no mesmo lugar esperando ele sair.
Quando ia cruzar a porta ele disse:
- Só achei que ia querer saber, sua Tia volta amanhã.
- Ta bom, obrigado por avisar - eu disse seco.
Ele saiu.

Subi pro quarto.
Guilherme estava sentado na beirada da cama de cueca.
- Me desculpa por isso - falei me sentando ao seu lado e olhando em seus olhos.
- Sem problema - ele ficou em silêncio por um tempo e voltou a falar - por que você não me disse que transava com seu tio?
- Você ouviu?
- Difícil não ouvir com vocês gritando.
- Não achei que seria necessário falar com quem eu já transei sabe, mas aconteceu só uma vez, e não vai rolar de novo.
- Tem certeza?
- Sim Guilherme, tenho ccerteza - respondi rindo - que lindo você com ciúmes.
- AAah.. Eu.. Não to com ciúmes, é que...só queria saber ué - ele ficou vermelho.
- Você também ouviu a parte em que falei que você é meu namorado?
- Sim, Sim. E gostei bastante.
Rimos e beijei ele.
Ele se levantou e falou.
- Acho melhor eu ir.
- É, infelizmente.
Ele se vestiu, e eu o levei até a porta.
- Vê se me liga - ele disse descendo as escadas.
- Ligo sim, até segunda.
Nos beijamos, e ele foi embora.

Tomei um banho, fiz um sanduíche com tudo que achei na cozinha e me sentei na sala pra assistir um filme.
Peguei no sono.
Acordei por volta de dez e meia e subi pro meu quarto, abri o notbook pra checar meus emails, e tinha um da minha mãe:

Filho,
chego em casa amanhã a tarde.
Tenho uma grande surpresa.
Beijos.

Mamãe.

Não sei por que, mas tinha o pressentimento de que essa surpresa não seria um cachorrinho.

Tio Eduardo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora