Cap.11

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Por incrível que pareça, eu não me sentia culpado por ter esse tipo de pensamento com meu padrasto, o namorado da minha mãe.
Eu amava minha mãe mas acho que por ela não estar frequentemente em casa eu não tinha um laço tão forte com ela como o que tinha com a minha Tia.
Conseguia me imaginar transando com Roberto sem nenhum remorso.

O resto daquela semana foi resumida em fingir que não era íntimo de Guilherme na frente dos outros e ver meu padrasto dando em cima de mim( o que estava ficando bem mais frequente com o passar dos dias, e eu estava adorando).

Minha mãe disse que viria pra casa na quinta-feira mas como era de se esperar, ela disse que ficaria fora por mais tempo, ela usou a frase:
"O chefe mudou, mas o serviço é o mesmo."
Já estava acostumado mas Roberto parece que não, afinal ela estava sempre com ele.

A sexta-feira, estava como o resto da semana, Guilherme e Eduardo trabalhando, e Roberto andando pela casa procurando alguma coisa pra fazer, as vezes ele saia de carro mas nunca demorava.
Era cerca de seis e meia da noite, eu estava deitado no meu quarto, sem camisa e de samba-canção.
Estava perdido em pensamentos aleatórios quando percebi Roberto encostado no batente da porta, estava usando calças jeans, blusa branca e sapatênis, bem diferente de quando saía.
- Ué, cade o terno? - eu disse brincando.
- Por quê você não se arruma? - ele disse ignorando minha pergunta - vamos sair daqui a uma hora.
- mas onde vamos?
- só se arruma - ele disse com olhar misterioso - você vai gostar.
- ta bom.

Decidi obedecer.
Tomei um banho, e coloquei uma roupa qualquer, calças jeans, uma blusa amarela e tênis.
Desci as escadas, Roberto estava sentado na sala girando as chaves do carro na mão.
- pronto? - ele perguntou.
- Sim - respondi - não vai me dizer onde vamos?
- você vai ver Iago, vai gostar.
Ele foi até Eduardo e disse que estávamos saindo, e quando eles acabassem o serviço por hoje era pra trancarem a casa.
Onde quer que fôssemos, com certeza iamos demorar, por que eles sempre encerravam o expediente muito tarde.
Preferi não perguntar nada. Guilherme também não se pronunciou.

No carro estávamos conversando bastante.
Meu palpite é que iríamos fazer algo no centro da cidade, boliche, cinema, algo pra fortalecer a relação "PADRASTO x ENTEADO", mas minhas hipóteses foram por água abaixo, quando passamos direto por todas as ruas e estabelecimentos do centro e começamos a entrar em algumas estradas um tanto quanto desertas.
Ele dirigiu por mais uma hora.
Comecei a ficar tenso e Roberto percebeu.
- Pode ficar despreocupado - ele disse - não vou te sequestrar.
Nós dois rimos bastante.
- Ainda não vai me dizer onde vamos?
- Não preciso, olhe você mesmo.
Pela escuridão e a distância não conseguia ver direito, mas era possível ver uma casa gigante, ou melhor, uma mansão.
Depois de poucos minutos chegamos mais perto e depois ao grande portão.
Entramos e seguimos no carro por um caminho de pedra, que já fazia parte da casa.
- Essa casa é sua? - falei abismado.
- Umas delas - ele falou rindo.
O caminho era reto, e cercado por árvores.
Roberto era muito mais rico do que eu podia imaginar.
Minha casa e de minha mãe não chegava aos pés dessa mansão.
Era moderna, com janelas e portas de vidro parecia ser ainda mais linda por dentro.
Descemos do carro, e entramos na casa.
Pelo que parecia o térreo da casa não tinha paredes, só algumas colunas. A sala de estar ficava no meio, de um lado a sala de jantar, e do outro a cozinha dívida por uma grande bancada, a parede de trás da casa, era toda de vidro, e podia se ver uma piscina que tinha o triplo do tamanho da minha.
Fiquei por um tempo em silêncio
- Gostou? - ele perguntou.
- Muito, mas por que você me trouxe aqui?
Ele chegou mais perto de mim e segurou minha cintura.
- Por que eu quero você.
Aquela voz aveludada e mascula me deixou bambo.
Eu também queria ele, mas tinha que fazer jogo duro, não queria que ele achasse que eu seria um traíra com a minha mãe assim logo de cara.
- Mas..e minha mãe? Você não gosta dela?
- Amo, eu amo a sua mãe, quero tudo com ela. Ela é espetacular - ele pareceu sincero - mas coisas boas às vezes vem com brindes.
- Então eu sou o brinde?
- Isso mesmo.
Fiquei em silêncio por um tempo, estava adorando isso tudo, mas tentei me segurar por mais um tempo.
- E por que você me trouxe pra cá pra dizer isso? o Eduardo e o Guilherme já iam embora, nós íamos ficar sozinhos.
- Por que eu não quero só conversar - o olhar dele era safado - eu quero transar com você, na verdade eu quero foder você, bem gostoso.
Minhas pernas bambearam.
Ele continuou falando:
- E eu não queria correr o risco de que algum dos vizinhos ouvisse seus gritos.
- Por que eu gritaria tanto a ponto dos vizinhos ouvirem? - eu disse mordendo os labios.
Ele gargalhou.
- Aí aí Iago, lembra bem o que eu vou te dizer agora - ele me puxou e me jogou com força em um dos sofás - você nunca experimentou, nem nunca vai experimentar uma pica igual a minha.

Tio Eduardo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora