O fim de semana passou.
Na Segunda fui para o colégio novo, ficava à vinte minutos a pé da fazenda, mas minha vó insistia que Tadeu me levasse e buscasse todos os dias em sua caminhonete.
No colégio as pessoas eram simples, muito educadas, tanto os alunos quanto os professores, mas não tinha nada mais de especial.
Estava gostando cada dia mais daquele lugar, da liberdade que eu tinha na fazenda, do espaço aberto e principalmente de Tadeu.As semanas foram passando e a cada dia Tadeu ficava mais carinhoso comigo, me tratava muito bem, e cada transa com ele se tornava inesquecível.
Todas as noites íamos "pensar" na beira do rio como ele costumava fazer.
Transavamos em todos os lugares inusitados que uma Fazenda disponibiliza e cada momento que eu ficava longe dele eu sentia falta, daquele corpo, dos músculos, da boca e daquele pau.
Quase toda noite arrumava uma desculpa esfarrapada pra ir a casa de Tadeu e me entregava a ele totalmente.Parecia um sonho - um lugar bom, ser tratado com carinho e sexo o tempo inteiro - a não ser pelo vazio dentro de mim, toda vez que estava sozinho Eduardo vinha a minha mente, não sabia mais o que fazer.
Tadeu me tratava como um rei (talvez mais pra uma rainha) mas nada que ele fizesse me tirava Eduardo da cabeça.
Tinha vontade de ligar pra ele a toda hora, mas não sabia se ele iria me atender e como ia me tratar.- O que foi? - Tadeu me perguntou talvez percebendo que eu estava mais pensativo do que o normal.
Estávamos no estábulo.
- Nada, nada demais.
Na maioria das vezes quando eu estava com Tadeu eu não pensava em Eduardo, mas nesses últimos dias era inevitável, não sabia por que, só não conseguia parar de pensar nele.
- To sentindo você meio distante - ele disse se aproximando de mim e segurando minha nuca.
Não resisti, sabia que mais momentos de safadeza com Tadeu seriam essenciais para esquecer Eduardo.
Ele me beijou e depois deu uma mordida no meu lábio, segurou com força a minha bunda e eu dei uma pegada em seu pau.
Continuamos nos beijando, até que ouvimos passos e nos afastamos.
Era minha vó.
- Oi meninos.
- Oi vó.
- Oi Dona Marta, precisa de alguma coisa? - Tadeu perguntou.
- Preciso, mas é com o Iago.
Ele se voltou para mim.
- Querido, sabe aquela hortas lá perto da entrada da fazenda?
- Sim vó.
- Eu sempre cuido das minhas hortas, mas hoje preciso sair e queria saber se você pode cuidar delas pra mim.
- Claro vó, posso sim.Minha vó entrou em seu carro e saiu da fazenda.
Fui em um pequeno quartinho onde minha vó guardava as coisas para a jardinagem, peguei um regador, uma pazinha e um saco de fertilizante.
Segui para a entrada da fazenda onde as hortas se localizavam.
Comecei a cuidas de todos os canteiros, gastei um bom tempo para cuidar de todos.
Estava todo sujo de terra quando terminei.
Me levantei, Tadeu estava longe, encostado numa árvore me observando pacientemente, ele realmente parecia gostar de mim e eu gostaria de poder retribuir isso na mesma intensidade, mas era tudo complicado...Um barulho longe interrompeu meus pensamentos. Vinha da estrada em frente a fazenda, lá longe podia se ver um carro vindo, não conseguia reconhecer, mas a medida que se aproximava, comecei a deduzir quem poderia ser.
Quando o carro passou pelo portão da fazenda, pude ver quem estava atrás do parabrisas.
Aquele rosto era inconfundível.Meu coração acelerou e minhas pernas bambearam.
Era Eduardo
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Tio Eduardo (Romance Gay)
RomanceIago é um garoto normal, como qualquer outro de sua idade, so que numa ocasião do destino ele começa a sentir atração pelo seu Tio Eduardo.