Cato
Ouço os ruídos e viro minha cabeça a tempo de ver Clove chegando. Ela avança lentamente como se estivesse cansada. Olho diretamente para as marcas abaixo de seus olhos.
- Atrasada novamente! O que é que eu vou faz...
- Deixa ela – ergo uma mão para Nyra sentada do outro lado da mesa, notando enquanto Clove se senta o tom estranho no seu rosto. Eu estou ocupado demais tentando descobrir o problema com a ela pra ouvir as idiotices dessa mulher. – Tudo bem?
Fuhrman enche um copo com suco e faz que sim com a cabeça.
- Tudo.
- Não parece.
- Tudo bem.
Ela bebe dois goles como se tivesse o pior gosto do mundo, afasta a cadeira e volta pro quarto. Ainda temos uma hora antes do treinamento, mas eu pensei que nós iríamos descer mais cedo. E por que Clove está voltando pra cama?
Se Fuhrman estiver doente, eu vou ter um grande problema.
- Pode arranjar um remédio pra mim? – falo para Nyra. Ela imediatamente agarra meu braço.
- Está com alguma dor, querido?
- Não – bebo um último gole do suco, chegando para o outro lado para que ela me largue. - É para a Clove. Ela não está bem.
- Oh! Claro! – ela franze o nariz e os lábios estranhos enquanto fala "Clove" para um funcionário. – Eles vão levar até ela, assim você pode continuar a tomar seu café!
- Eu vou levar.
Me levanto e espero encostado numa parede longe dela o cara voltar com um comprimido mínimo. Aceno com a cabeça e vou até o quarto.
Fuhrman está deitada de lado. Ela não se vira para mim. Tem alguma coisa errada.
- Aqui – mostro o comprido na palma da minha mão. Ela franze as sobrancelhas e se senta enquanto pego a água.
- O que é isso?
- Você está doente. Esse é um remédio.
- Como você...? Eu não estou doente – Clove exclama, puxando o remédio da minha mão.
- Respondendo sua primeira pergunta, eu sei uma coisa ou duas sobre você.
Fuhrman franze os lábios e pega o copo da água.
- Leve até a boca. Simplesmente beba. Não é tão difícil – falo gesticulando, impaciente com a sua hesitação. Quando ela o faz, larga tudo na mesa de cabeceira e volta a se deitar. – Qual é, Clove, levanta!
- Talvez eu esteja mesmo doente. – Ela resmunga, afundando a cara no travesseiro.
- Você vai estar lá na hora?
- Claro.
- Bom. Então eu vou para o outro quarto.
Não soa como eu. Nunca há esse tom de embaraço nas minhas frases.
- É, você vai. Não vai querer ser contagiado – Clove fala... Amargamente.
Ela deve querer ficar sozinha descansando. Não tem a ver com "contágio". Sacudo a cabeça e bato a porta, entrando logo no outro quarto para a mulher não me ver.
Eu espero que Clove se levante e venha me chamar para descermos logo, mas não há nada. Quando me canso e fico ansioso, volto para o seu quarto. Só para uma visita.
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Linhas Borradas
أدب الهواةEm pequenos trechos de sua história, Katniss Everdeen nos mostrou através de linhas borradas a ponta do que viria a ser uma grande costura. Por meio de seu ponto de vista, os tributos treinados para os Jogos Vorazes foram fragmentados, sintetizados...