Inconclusivas

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Cato

Eu não tinha razão nenhuma pra acordar.

Todo mundo está dormindo e eu já estou pronto pra gritar com o idiota que dormiu de guarda quando vejo Clove encostada na árvore, pernas cruzadas, girando facas e tudo, no escuro. Essa menina é estranha.

- Por que inferno você não me chamou, Clove? – pergunto, me sentando enquanto ela continua a encarar o tronco na sua frente.

- Não tinha necessidade.

- Falta pouco pra acabar ou você acabou de colocar seu traseiro aí? – puxo minha espada e começo a brincar com ela também.

- Tem um tempo – ela começa a sorrir. – Ah, não, não faça isso, Cat Cato. Todo mundo vai pensar que vai ter diversão.

- Você não quer uma?

Eu sorrio também e deixo que ela interprete como quiser.

- Ah, não. Eu estou bem.

Eu observo bem a Fuhrman.

- Clove.

- Que é?

- Vai dormir.

- Por quê? A gente não vai se mover daqui a pouco?

- Eu decidi adiar. Anda logo, Fuhrman.

- Eu não quero dormir, Ludwig – ela sacode a cabeça e acha que vai me ignorar.

- É uma ordem – quando Clove se vira pra mim, sorrio pra ela saber. – E você adora seguir minhas ordens.

- É – ela sorri enquanto deita de novo. – Eu adoro suas ordens.

- Eu sei, meu amor.

Eu me coloquei por último só pra não causar revoltinha. Na hora que a 4 e a Glimmer terminassem, eu só ia mandar levantar acampamento, mas Fuhrman gosta de estragar os esquemas. Agora eu sou obrigado a fazer esse papel ridículo, vigiando pra não matarem esse tanto de idiota.

- Oi, Cato.

Glimmer está se arrastando do saco de dormir, tentando sorrir.

- E aí, loira.

- Você não está preocupado em acertar a Clove com isso, está?

Eu continuo rodando a espada enquanto a encaro. Fuhrman está longe do alcance, ela tinha que saber disso.

- Você está mais que eu.

Só falar olhando pra ela já a deixa achando que eu quero conversar. Rambin se senta ao meu lado, esticando as pernas. Sorrio. A espada podia acertar ela agora.

- A gente vai se mover.

Eu fico cansado dessa coisa de flertar. Sorrir, mostrar as habilidades. Foi divertido antes, mas eu estou cansado agora.

- Clove. A gente vai andar agora. Eu já vou chamar os outros.

Clove é até espertinha. Acorda logo. Quando se senta, sorri.

- Oi, Glimmer.

- Oi, Clove.

É interessante.

- Cato já disse que te ama?

Rambin ri. Clove ri também, me encarando. Elas riem de jeitos diferentes. Eu agarro o braço de Fuhrman por trás e aperto.

- O que você quer fazer, cravinho? – sussurro no seu ouvido.

- Calminha, neném – ela levanta os braços, sorrindo. – Eu só estou dizendo pra ela quebrar seu coração antes. Ei, Rambin. Acorda a Marina aí e vamos tomar banho.

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⏰ Última atualização: Feb 18 ⏰

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