Ethan Meu Querido Chefe

Capítulo 8

Chegamos na empresa e subimos para o nosso andar, quando sento na minha cadeira e começo a analisar alguns documentos Nicholas para e fica me olhado, olho pra ele é ergo minhas sobrancelhas.

- Você não vai ir ver ele? - Ele tá falando de quê?

- Ele quem? - Pergunto sem saber do que ele está falando.

- O chefe, você se esqueceu do "Depois do almoço te aguardo na minha sala e não se atrase"? - Ele diz tentando imitar a voz do Ethan e só consigo pensar "- Ai merda, merda, merda..." olho para o relógio e já se passaram 4 minutos do fim do horário do almoço.

- Eu estou atrasada merda. - Me levanto exasperada e Nicholas começa a gargalhar. Olho para ele com um olhar mortal e ele para na hora.

- Tá parei desculpa é que isso é muito engraçado. - Ele diz e posso ver que está segurando o riso.

- Engraçado? E se eu entrar lá e ele tentar algo, ele é louco sabia? Ele pode... ele pode tentar algo e eu não vou saber o que fazer eu estou fodida aqui ok! Acho melhor eu não ir lá. - Digo andando de um lado para outro na sala.

- E se for algo realmente sério do trabalho? Eu acho melhor você ir, e se ele tentar algo você deveria tirar uma casquinha dele aproveita o momento Sophia, ele é muito gostoso se ele olhasse pra mim eu não pensaria duas vezes, você já reparou na bunda dele? É enorme, e nos pés? Você viu o tamanho daqueles pés? Você sabe o que pé grande significa né? O cara deve ser um animal Sophia. - Olho pra ele chocada, como ele pode falar isso assim? Como assim "tira uma casquinha"? Ele tem uma noiva e eu nem saberia como tirar a tal casquinha, ou melhor eu saberia, mas não teria coragem de fazer nada, merda mil vezes merda.

Continuo andando de um lado para outro, minha cabeça a mil e Nicholas continua...

- Não quero te pressionar, mas você já está há quase 10 minutos atrasada. -

Olho para Nicholas e volto para a minha cadeira, não vou ir na sala dele coisa nenhuma todos os contratos passam pela minha mão e eu sei que não tem nada de urgente.

O telefone da minha mesa toca e tomo um susto, fico olhando para o telefone com receio de atender então Nicholas atende.

- Sim? Claro só um minuto. - Ele abafa com a mão o telefone e sussurra. - É ele! - E estende o telefone para mim, olho pra Nicholas desesperada e sussurro. - Fala que eu não estou aqui. – Então ele revira os olhos e diz. - Ele sabe que você está aqui. - Fico sem saída pego o telefone e levo ao ouvido, fecho os olhos e digo.

- Sr. Johnson, em que posso ajudá-lo? - Digo tentando parecer calma, como se isso fosse possível, já que estou prestes a ter um treco.

- Você poderia me ajudar se lembrando dos seus compromissos, você está 11 minutos atrasada coelhinha, se você não chegar em 30 segundos na minha sala o seu castigo vai ser maior. - Ele termina de falar e bate o telefone e antes que eu consiga pensar em algo já estou praticamente correndo até a sala dele.

Paro na frente da porta respiro fundo dou duas batidinhas e abro a porta, congelo ao ver ele apoiado na mesa com os braços cruzados, ficamos nos olhando até que ele fala.

- Entra e fecha a porta. - Faço o que ele pede e acho que estou tremendo, me viro e ele continua na mesma posição, ele está me olhando de uma maneira que me deixa constrangida, desvio meu olhar para seus pés e a frase de Nicholas vem a minha mente "Você viu o tamanho daqueles pés? Você sabe o que pé grande significa né? O cara deve ser um animal Sophia...", então me lembro dele roçando aquilo em mim ontem no estacionamento e não preciso dizer que meu rosto está queimando, sem conseguir pensar direito subo meu olhar para o meio das pernas dele, só aí me dou conta do que estou fazendo e tento me apegar ao mínimo de dignidade que ainda me resta e viro minha cabeça em direção as janelas, acho que nunca passei tanta vergonha na minha vida.

Meus olhos continuam focados em direção as janelas, pela minha visão periférica vejo ele se aproximando devagar, cada vez ele está mais perto, até que ele para na minha frente, então ele leva sua mão ao meu rosto e fala.

- Olhe nos meus olhos coelhinha. - Devagar viro meu rosto, ele acaricia minha bochecha com seu polegar e ficamos ali nos olhando sem dizer nada, ele leva seu dedo até o meu lábio e o acaricia, por alguns segundos deixo me levar nessa nova sensação que nunca havia sentido, ele leva sua outra mão na minha cintura e se aproxima ainda mais.

Minha respiração está irregular, meu corpo está quente e não consigo pensar, só consigo sentir, sua mão apertando forte minha cintura e seu corpo está colado no meu, ele desce seu rosto e começa a beijar meu pescoço sua barba macia me faz cócegas, ele beija mordisca e chupa aonde beijou meus olhos estão fechados, inalo seu perfume e sem pensar em nada minhas mãos voam para a cintura dele e eu o puxo para mais perto, ele sobe beijos até chegar no meu ouvido e começa a sussurra.

- Minha coelhinha o que eu faço com você em? - Ele continua me beijando e sussurrando. - Você me desafia, você não me escuta e toda vez que você me olha e fica vermelha eu perco o juízo. - Ele desce beijos até minha boca e seus lábios estão colados no meu, ele passa a língua no meu lábio e sem pensar abro minha boca sua língua me invade calmamente e timidamente eu tento corresponder ao beijo, minhas mãos voam para os cabeços dele eu aperto e puxo com força, é tão macio, quando percebo já estou encosta na porta com ele me beijando de uma forma feroz uma das minhas mãos descem e aperto aquela bunda gostosa com vontade, ele dá um gemido entre os beijos e só ai me dou conta do que estou fazendo, estou beijando um homem noivo, eu não posso continuar, então em um momento de sanidade o empurro e viro um tapa na sua cara.

Ele me olha em estado de choque e tudo o que consigo pensar é que agi feito uma vagabunda, aponto o dedo na cara dele e grito.

- Nunca mais faça isso eu não vou ser seu brinquedinho e eu não sou uma vagabunda, você tem uma noiva e aquela maldita vaga no estacionamento é minha, fique longe de mim Ethan. - Falo e saio de lá sem olhar para os lados, ando quase que tropeçando para minha sala, quando entro Nicholas salta de sua cadeira e vem até mim, só consigo ouvir a palavra vagabunda gritando em minha mente, abraço Nicholas e sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, choro e ele tenta me acalmar.

- Shii... calma, me fala o que aconteceu, ele machucou você? Ele te forçou a fazer algo? - Assinto que não com a cabeça, mas não consigo parar de chorar.

Quando consigo me calmar conto tudo que aconteceu para Nicholas.

- Olha Sophia eu te entendo, mas não fique se achando uma vagabunda, simplesmente aconteceu, sei que te conheci hoje, mas posso te afirmar que você não é uma vagabunda, olhe para você, uma mulher bonita, uma advogada, uma mãe, acho que você só está abalada com tudo isso tente não ser tão rígida consigo mesma você não entrou lá e agarrou um homem noivo, a coisa simplesmente aconteceu às vezes as coisas saem do nosso controle. - Ele diz e eu assinto com a cabeça, tentado absorver o que ele disse.

Vou até o banheiro lavo meu rosto e tento me recompor, só aí reparo nas marcas no meu pescoço, tem três marcas, passo os dedos sobre as marcas e fleches do que aconteceu vem a minha mente, olho para minha boca e meus lábios estão vermelhos, nunca imaginei que meu primeiro beijo de verdade seria assim, tão bom e tão confuso ao mesmo tempo.

Volto para sala e tento me concentrar no trabalho, a tarde demora a passar e finalmente o expediente acaba, eu e Nicholas descemos o elevador conversando frivolidades, chegamos ao estacionamento e continuo conversando.

- Me desculpe Nicholas, acho que você nunca pensou que seu primeiro dia seria tão agitado assim. - Digo com sinceridade.

- Tudo bem Sophia, eu gostei, me senti em uma novela mexicana. - Ele termina de falar e ambos estamos gargalhando, dou um abraço nele e entro no meu carro, ele caminha no estacionamento até seu carro que está mais adiante e eu sigo meu caminho para fora do prédio, pego Dylan e sigo a rotina da noite.

Já na minha cama fico pensando em tudo que aconteceu, por mais que eu tente a palavra vagabunda ainda está na minha mente, sem que eu perceba algumas lágrimas escorrem no meu rosto e choro baixinho, se ele não tivesse uma noiva talvez as coisas seriam diferentes, ou talvez não, eu não sei nada da vida dele parando pra pensar só sei que ele é filho do Sr. Gregory e que tem uma noiva, se ele me agarrou no trabalho pode ser que faça isso com outras mulheres, ele pode ser um galinha, acabo dormindo pensando no pior como de costume...