Epilogue 1

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"Anastacia,

Eu nunca fui bom com palavras, para ser honesto, sou horrível. Eu sou uma merda por te ter deixado e agora mesmo, devo de estar a chorar num quarto de hotel qualquer. Mas há algumas coisas que ainda não sabias sobre mim, também nunca pensei em dizê-las. Mas antes que leias quero que saibas que eu amo-te, aconteça o que acontecer tu vais estar ali, no fundo do meu coração trancado, onde só tu podes estar.

Peço-te para que não me procures, nem sequer penses em mim. Porque eu sei que se tu pensares em mim, vais chorar e só de pensar em ver-te a chorar outra vez despedaça-me o coração. Tu és demasiado linda para chorar, até me atreveria a dizer perfeita. Perfeita demais para chorar, principalmente se for por minha causa.

Peço-te novamente desculpa por te deixar, por(se calhar) deixar-te triste.

Desde que sou pequeno tive pensamentos suicidas. Para ser honesto, cheguei a tentar, mas acordei no dia seguinte no chão da casa de banho. Cheguei até a escrever uma carta para os meus pais a dizer que os odiava. E naquela altura pensava que odiava. Eu estava cego de ciúmes, eu queria que eles me dessem atenção, eles não davam; não tinha qualquer amigo na escola, eu era o rapaz rico, toda a gente julgava, pensavam que eu tinha tudo. Mas eram eles que tinham tudo que eu não tinha.

Eles tinham uns pais ao lado deles. Tinham amigos, tinham amor. Eu tinha dinheiro, eles tinham amor. E era o amor que eu queria. Eu pensava que o dinheiro dava tudo, até o amor. Eu pensava que com o dinheiro podia atrair uma mulher que eu amasse, mesmo que ela só amasse o meu dinheiro, eu era feliz naquela ilusão.

Mas isso foi antes de ela ter vindo. Eu pensava que a amava, ela era mais velha, bonita, mas eu não consegui viver naquela ilusão. Foi aí que os meus pais disseram que eu iria casar-me. Aquilo estava decidido desde o teu nascimento. Disseram-me que era a pequena rapariga que me pediu para beijar, quando a conheci.

Eu tinha intenção de me matar depois do casamento. Mas tu estavas lá, a impedir-me de alguma maneira que eu não conseguia identificar. Tu estavas sempre na minha cabeça. De alguma maneira estavas a afetar-me. E eu não sabia o que me estava a acontecer. Cheguei a pensar que estava obcecado por ti. Pensava em ti desde que acordava até ir dormir. Ficava horas acordado, a ver-te dormir e a pensar de como seria o meu futuro contigo. Eu sonhava contigo.

Eu não sabia o que me estava a acontecer. Era como se fosses um íman, sempre a puxar-me para ti. E  eu gostava. Eu gostava de pensar em ti, gostava de ficar acordado a olhar-te, de dormir aconchegado a ti, de te abraçar. Eu gostava e ainda gosto.

Aposto que deves estar a perguntar-te: "Mas porque é que ele foi embora?"

Eu fui embora, pois eu não te queria magoar. Eu não queria que chorasses por mim, porque depois da morte da minha mãe apercebi-me como fica uma pessoa quando perde outra. Eu não queria que sentisses assim comigo, não queria que chorasses, caso eu morresse, pois eu sentia-me como uma bomba relógio, especialmente, depois da minha mãe morrer.

Ela deve pensar, lá em cima, que eu a odiava.

Eu não odiava, eu amava-a. Sem ela eu não te teria conhecido, eu teria provavelmente morto, para ser honesto.

Por isso peço-te perdão.

Perdão por te ter deixado, de repente. Por te fazer chorar todas aquelas vezes.

Quando me viste no altar daquela vez a minha ponte estava destruída, completamente despedaçada e tu, todos os teus sorrisos, risos, palavras, foram apanhando os bocados no chão, juntando-os novamente à ponte. Mas ela não está acabada. Era como se alguém tivesse tirado os pedaços da tua mão. 

E infelizmente, não poderá ser acabada.

Desculpa novamente, de uma maneira ou d outra iria magoar-te, por isso decidi fazer o que faço melhor,

fugir das responsabilidades.

Não sei se volto, gostava de voltar e dar-te tudo o precisavas e aí podias acabar a tal ponte. Mas eu não se consigo, muito menos se volto.

Mas quero que saibas que eu amo-te. 

Como nunca amei uma pessoa no mundo. Tu, eras o que eu precisei este tempo todo, amor e carinho, tudo na mesma pessoa, era como se fosse um sonho concretizado. Volto a dizer e gostaria de o dizer mais vezes: Eu amo-te. Eu, Harry Edward Styles, amo-te.

Sempre e sempre teu,

Harry Styles"








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Olá!

Eu sei que demorei um pouco no epílogo, mas eu tenho uma pergunta:

Gostavam que eles se encontrassem outra vez?

Mas quer pergunta, claro que querem.

Quero dizer-vos que amo-vos muito. Muito mesmo. Desculpem que tive de acabar assim, estava "destinado" desde o início ser assim.

Eu não acredito que acabou para ser honesta.

Eu gostei, amei aliás, escrever esta fanfic. Apesar do primeiro livro estar uma valente bosta eu amei escrever e quero que saibam que foram as melhores leitoras de sempre. Eu estou a chorar, só por me despedir assim de vocês.

Amo-vos muito, muito,

Minnie

PS-Ainda falta um epílogo <3


Husband II: High School ||H.S.Where stories live. Discover now