Respostas 10

32 2 0
                                    

Uma fumaça havia levantado, eu não conseguia ver nada, apenas tinha ouvido um barulho de impacto, talvez da espada daquele cavaleiro... Então... Eu estava morto?

- Você é realmente a morte então...- Uma voz metálica ecoou em meio a fumaça que no mesmo instante se dissipou dando visão a mim parado, em pé, na frente do cavaleiro que estava atônito ao ver que sua espada havia sido quebrada ao meio no meu pescoço.

Ele pegou a espada que estava em sua mão, ou a metade que lhe sobrou, e a guardou em sua bainha, se afastando de mim, aparentemente cansado da batalha, com seu braço que parecia estar destruído que ainda sangrava, ele parou enquanto me fitava.

- Você não devia estar tão confiante.- Ele disse, apontando para mim.- Você tem de ter o mínimo de respeito para com seu oponente.

- Respeito? Você matou minha mãe... Eu apenas respeito os mortos. Quer meu respeito?.- Eu Respondi olhando de canto de olho, segurando firme o cabo da minha foice com minha mão direita.- Então morra!.- Eu gritei, pegando impulso a joguei em direção do cavaleiro girando-a, fazendo com que a lâmina acerte em cheio o ombro daquele homem o jogando e impalando ele na parede de minha casa como um quadro.

- V-você consegue ser bem impertinente garoto.- Ele dizia com dificuldade, eu conseguia ver sangue saindo de seu capacete, como se ele estivesse tossindo sangue.

- Agora quem faz as perguntas sou eu. Quem é você?.- Eu disse me aproximando, um passo de cada vez, olhando fundo para o capacete do homem para tentar ver quem era dentro daquele capacete.

- Pergunta errada. Todos sabemos que não é isso que você quer saber, vamos lá, tente de novo.- Ele respondeu em meios a risos.

- Porque você matou minha mãe seu monstro?.- Eu gritei.- Ela não tinha culpa de nada.- Terminei.

- Sua mãe? Janeth Johnson não é sua mãe garoto.- Ele respondeu.

- C-como ela n-não é minha mãe?.- Eu Perguntei assustado, recuando um passo, com dificuldades para falar, mas vendo, em reflexos de vidros quebrados e nas janelas de casa, que não demonstrava expressão nenhuma.

- Janeth Johnson era uma serva do papa, fui treinada para cuidar de você, para que aos seus dezoito anos eu o matasse, mas parece que você amadureceu cedo...- Ele falava.- A morte é uma entidade, que vive desde o início dos tempos, apenas mudando de forma e renascendo em outros corpos, tal qual como todos os outros cavaleiros.- Ele terminou, cuspindo sangue da armadura.

- Por que eu?.- Eu perguntava assustado, sem Idéias do que perguntar realmente.

- Casualidade.

Casualidade? Eu vivi uma vida toda de mentiras, onde nem se quer minha mãe era minha mãe tudo por simples Casualidade? Aquilo não era certo, uma angústia dominava meu peito, eu sentia que ia explodir... Minha família... Talvez até mesmo meus amigos...

- Quem é você?.- Eu Perguntei, com um tom grosso em minha voz.

- Eu sou o capitão dos cavaleiros do Vaticano, subordinados diretos do papa, enviados apenas em missões ultra secretas.- Ele respondeu.

- Por que está me falando assim tão fácil se é super secreto?.- Perguntei ironicamente.

- Alguém acreditaria em você se você contasse? Fora que, todos seus rastros já foram apagados. Você não existe mais.- Ele terminou rindo.

- Como assim?.- Eu Retruquei.

- Olha para sua casa!.- Ele apontou para cima com o único braço bom, mostrando que minha casa estava praticamente destruída.- Olhe as casas de quem te cercam.- Ele apontou novamente, dessa vez para a casa de meu vizinho, onde morava um casal de adoráveis pessoas de idade, agora restavam apenas os escombros da casa, prestando um pouco de atenção pude ver, sangue estava por todos os escombros e eu conseguia ver alguns pedaços de corpos jogados nos escombros.- O Vaticano vai arranjar uma desculpa, sempre arranja, incêndio, explosão acidental que matou toda a familia, deixando nenhum sobrevivente, para calar a mídia são poucos passos com o poder que eles detêm.- Ele respondeu.

- QUEM É VOCÊ!!.- Eu gritei com ódio em minha garganta, tinha vontade de destroçar aquele monstro, mas no momento em que pensei em fazer algo, ouvi o cavaleiro assobiar e em seguida ouvi o galope assustador de seu cavalo cinza, vindo em minha direção, pulando sobre minha cabeça e parando na frente do cavaleiro, como se esperasse algo e realmente aconteceu. O cavaleiro utilizou seu único braço bom, para retirar a foice de seu outro ombro, fazendo enormes quantidades de sangue caísse no chão, se levantando com dificuldade, ele subiu em seu cavalo, com a foice ainda em suas mãos ele olhou para mim e falou.

- Você ainda tem muito o que descobrir garoto.- Terminou jogando a foice no chão a fazendo cair na frente de meus pés.- Há muito mais em jogo do que só você... Acredite, eu gostaria de te ajudar, mas não posso.- Ele disse.

- Por que não? Você acredita realmente que deve obedecer ao papa?.- Eu retrucava.

- Ele é a mais alta autoridade da igreja católica. Fora que foi ele que deu a iniciativa dos cavaleiros, onde eu virei quem eu sou. Deus quis que fosse assim.- Ele dizia, com uma voz triste, porém pouco perceptível, pois sua armadura cobria sua boca totalmente.

- Deus não está mais lá.- Eu Respondi, vendo o cavaleiro ficar surpreso.- Quem está comandando o céu e cuidando do apocalipse é um anjo.- Terminei.

- Apocalipse?.

- Você não sabe de nada?.- Perguntei vendo ele acentir com a cabeça.- Então o Vaticano está mais fudido que tudo. Você não sabe o que eu sou?.- Perguntei novamente.

- A morte não é? Uma das inúmeras entidades que existem no mundo, que espalham o mal e querem destruir a igreja.- Ele respondeu com confusão em sua voz.

- Eu sou a morte, o quarto e último cavaleiro do Apocalipse.- Eu Respondi, vendo o cavaleiro ficar parado apenas me fitando através de seu capacete que tinha apenas alguns espaços para respiração e os olhos.- Minha esperança de obter respostas você acabou de matar.- Apontei para o corpo de Jane, que continuava ali no jardim morto.

- E-eu não sei... Minhas ordens vieram direto do papa, matar você e todos que já tiveram contato pessoal com você. Venho te estudando a anos para cumprir essa missão.- Ele respondeu.

- Q-quem é você?.- Eu Perguntei mais uma vez em meio aos gaguejos, vendo o homem começar a retirar o capacete, dando visão a um homem de cabelos loiros longos e olhos azuis.

- M-michael?!


O Mensageiro (Revisando/Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora