Última flor do jardim

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Ao invés de nós atacar, ela apenas ficou ereta, olhando em direção a nós dois, parecendo estar curiosa, mas sem esboçar nenhuma intenção ruim... Finalmente um encontro calmo...

- O que essa piranha tanto olha pra gente?!. - Ayra gritava, ao olhar para ela pude ver que seu cabelos ruivo s longos estavam mais esvoaçados do que já eram, parecendo próprio fogo vivo. - Ela acha que é assim?! Que pode simplesmente destruir a porra toda garota?!. - Ela continuou a gritar, mas dessa vez dando passos a frente, mas a cada passo, o chão qual ela pisava rachava.

- Ayra... Por favor... Sem confusão, vamos resolver com calma?. - Eu disse tentando acalma-la. Mas sem sucesso, ao ver seu olhar ao virar o rosto para mim, uma aura reluzente cor de fogo a envolvia assustadoramente.

- Você acha que vou deixar essa garotinha imbecil fazer oq ela quiser Anthony?!. - Ela continuava a gritar.

- Quem você pensa que é?. - A garota na armadura preta finalmente disse, com uma voz imponente, não parecendo uma garotinha, como seu rosto calmo e sereno demonstrava.

- Eu sou a cavaleira da guerra, aquela que traz o caos para o mundo em forma de conflito. E você?!. - Ela gritou, aumentando ainda mais seu tom de voz e a cada palavra a aura que a cercava aumentava cada vez mais.

- Eu sou a cavaleira da fome, aquela que decide o que é justo perante a vontade de Deus. - Ela terminou levantando a balança dourada que ela carregava em sua mão esquerda.

- FOME?!. - Ayra gritou, a aura que a cercava já parecia mais um furacão de ódio, que começava a destruir o chão em volta dela, formando uma pequena cratera. - Você só existe por minha causa sua imunda, então pare de se achar especial. - Ela terminou, eu pude ver que seus pés já não tocavam mais o chão. Em um instante a aura vermelha que a cercava, se retraiu para o corpo de Ayra, fazendo-a brilhar uma cor vermelha intensa. Tão intensa que tive que desviar meu olhar para não machucar minhas vistas, ao voltar meu olhar pude ver que Ayra já estava com sua armadura cor de sangue, com detalhes pretos em seus ombros e joelhos, seus cabelos ruivos voavam juntamente com o vento parecendo o fogo mais ardente com o qual eu tive o prazer de apreciar, com medo tentei olhar em seus olhos, com receio de ela estar com os olhos sem cor novamente, descontrolada... Mas não... Desta vez seus lindos olhos verdes brilhavam mais ainda em contraste com a cor sanguinária de sua armadura reluzente. Tento me equilibrar em meio aquela cratera que Ayra havia criado, vendo que a garota de armadura preta apenas continuava a nós olhar, sem esboçar alguma reação, o que pareceu deixar Ayra mais furiosa ainda.

- Por que você não ataca sua imunda?!. - Ayra gritou estendendo o braço e em um piscar de olhos, se materializou em sua mão uma espada enorme, quase do mesmo tamanho dela.

- Deus irá decidir se eu vou ganhar ou perder esta batalha. - Ela retrucou, levantando sua mão esquerda mostrando sua balança dourada, esperando algo acontecer, mas sem aparente sucesso.

- Vou dizer mais uma vez. - Ayra disse, encostando seus pés no chão e caminhando em direção a garota passo a passo. O som de suas botas metálicas batendo no chão era inconfundível. - A fome vem depois dá guerra. A fome, é uma consequência de mim... Não ache que você tem chance... - Ela terminou sorrindo, entrando em posição de ataque, dobrando seus joelhos e segurando sua espada com as duas mãos. - Deus não tem poder sobre a gente, então esse seu truque barato não vai colar comigo. - Ela sorria. E eu tinha medo desse sorriso sádico dela, dá última vez que o vi, quase metade dá cidade foi destruída.

- Você tem confiança demais. - Ela retrucou olhando fixamente nos olhos de Ayra.

- Não tenho confiança. Estou afirmando, essa batalha você não vai ganhar. - Ela disse e mesmo estando um pouco distante de sua inimiga ainda, Ayra desfere um golpe de espada contra a garota, fazendo uma ventania tão forte e estrondosa que levantou destroços como um furacão. Ao olhar atentamente pude ver que não era só vento, o golpe de espada não acertou-a diretamente, mas o corte foi em sua direção, cortando tudo ao seu redor, casas, prédios, fábricas um pouco mais ali distantes. O golpe não causou dano nenhum na garota, mas ao seu redor tudo fora destruído, cortado, e começara a ruir.

- Viu... Você não consegue me atingir... - A garota gritou, abrindo os braços tentando mostrar imponência perante a Ayra.

- Você não viu nada ainda. - Ayra gritou, e no mesmo instante sumiu de onde estava deixando apenas poeira para trás, eu que apenas observava a batalha de uma certa distância olhava atônito para aquela rapidez, que eu mesmo não tinha visto em Ayra. Em um simples piscar de olhos ela estava na frente da garota, prestes a lhe desferir um golpe certeiro de espada, porém no último segundo a cavaleira da fome defendeu-se do golpe dá espada de Ayra utilizando o punhal que ela carregava em sua mão direita, com certa dificuldade, pois Ayra mesmo vendo que ela havia se defendido, continuava com uma força tremenda contra ela, que começava a afundar no asfalto, formando uma cratera embaixo das duas. A cada piscar de olhos, era um novo golpe de Ayra, era absurda a rapidez e força com a qual ela atacava a cavaleira, que respondia no mesmo nível se defendendo dos golpes. A cada golpe dá espada de Ayra, era como se trovões ecoassem por todo o planeta. As faíscas que saiam do encontro dá lâmina da espada com o punhal da cavaleira pareciam raios cortando por toda a cidade, aquele encontro de poderes era absurdo, a rua que antes era toda asfaltada, estava cheia de rachaduras, crescendo cada vez mais. Na última tentativa de golpe de Ayra, a cavaleira consegue ser mais rápida, desviando e escapando um pouco para trás, fazendo com que a espada de Ayra acertasse em cheio o chão, formando um buraco enorme, que mais parecia uma rachadura, que foi engolindo tudo que estava em seu caminho, carros, casas... Parecendo um desfiladeiro, que se abriu ali, bem no meio daquele bairro já morto pela batalha anterior. Ayra aparentemente entediada daquela batalha, levanta ereta, olhando fundo nos olhos mortos daquela cavaleira, que a observava agora com um pouco de distância, do outro lado do desfiladeiro criado pelo golpe da espada de Ayra.

Eu não sabia se deveria interferir naquela batalha, até que no instante em que observava as duas se preparem novamente para degladiarem, no prédio atrás delas, ou no que antes era um prédio, agora apenas destroços, algo se levantou, com certa dificuldade eu pude ver, um homem, com torso metálico, se levantava em meio as destroços, com sua roupa rasgada e parecia estar estralando seu pescoço, ao voltar em si pude ver quem era... Atônito eu gritei em meio a batalha..

- JONATHAN!!!!!!!!!.

O Mensageiro (Revisando/Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora