Tentativa de assassinato

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¶Grace¶

Até que eu sentia certa saudade dá escola, mas depois daqueles incidentes semana passada, preferiram cancelar as aulas do que quem sabe perder todos os alunos em outro incidente idiota como aquele. O governo não quis contar, disse apenas que foram testes de armas que deram errado, mas eu sei que com certeza tem algo a mais por trás...

Eu não estava muito afim de sair, mas tinha que comprar algumas coisas para conseguir fazer meu almoço, apesar de não ter muito dinheiro eu conseguia viver bem. Depois de colocar uma calça simples e uma camisa branca, eu atravesso o corredor abrindo a porta para sair de casa, dando de cara com um dia ensolarado, brilhante que queimava meus olhos. - Argh... Odeio sol. - Pensei comigo mesma.

- Hey! Você!. - Ouvi uma voz masculina me chamar na calçada de minha casa, um garoto aparentemente alto, usando uma touca preta e branca na cabeça, um casaquinho azul escuro e calças jeans.

- Quem é você?. - Eu respondi, colocando a mão na testa, cobrindo meus olhos do sol para conseguir ver quem me chamava.

- Seu nome é Grace certo?. - Ele perguntou.

- Você sabe o meu, mas eu não sei o seu, quem é você?. - Eu retruquei.

- Meu nome é Jonathan, prazer... Eu te conheço dá escola, mas como as aulas entraram em reecesso, vim perguntar se você quer ir fazer alguma coisa. - Ele disse olhando para baixo meio tímido.

- Prazer... Eu acho... - Eu me aproximei do portão. - Você é dá escola? Por que que eu não te conheço? - Eu perguntei curiosa.

- É que eu sou um pouquinho mais velho... Eu estou no terceiro. - Ele sorriu.

- O que você, um garoto do terceiro quer com uma mongolóide como eu?. - Eu retruquei sem paciência. Já passei por casos de outros garotos fingirem que gostam de mim só para me apunhalar pelas costas e simplesmente brincar com meus sentimentos...

- Você não é uma mongolóide... Muito pelo contrário Grace... - Ele disse olhando nos meus olhos. Algo nesse garoto me fazia ficar com o pé atrás.

- Tá bom... Você quer fazer o que?. - Eu perguntei impaciente.

- Ah... Dar uma volta, caminhar pela cidade. - Ele falou, com o rosto um pouco avermelhado, parecia estar com vergonha.

- Que passeio pobre. - Dei de ombros. - Dar uma volta por essa cidade feia. - Disse revirando os olhos mostrando desinteresse, vendo ele ficar um pouco surpreso e desapontado.

- B-bom... Se você não quiser... - Ele disse cabisbaixo com vergonha.

- Estou só brincando tá? Vamos fazer o seguinte, tenho que comprar umas coisas, que ir comigo?. - Perguntei dando um leve sorriso de canto de boca.

- Sério?! Q-quer dizer... Tudo bem. - Ele disse, parecendo estar feliz com a situação.

Fomos lado a lado até o mercado, conversando, ele realmente era dá minha escola, era do terceiro ano, ele tinha dezenove anos, morava a uns dois bairros de distância do meu. Eu fui o mais seca possível, falei apenas sobre minha idade, que para ele acho que sou muito nova, quinze anos para um cara de dezenove é complicado...
Voltando para casa ele ficou quieto, não falava nada, apenas olhava pro chão enquanto andava.

- Tá tudo bem Jonathan? Você ficou meio quieto de repente. - Eu perguntei curiosa.

- Nada não... É que você realmente é uma pessoa muito inocente e muito legal, as vezes me arrependo dessas missões. - Ele dizia, sendo interrompido porque chegamos em meu portão.

- Missões? Como assim?. - Eu dizia sem entender nada.

- Nada não, só... Me desculpa... - Ele terminou colocando sua mão em minha barriga, tudo que consegui foi ver sua mão ficar com um tom metálico e tomar forma de uma faca, penetrando meu estômago, não senti dor, apenas senti minhas vistas escurecerem, minhas pernas ficarem bambas. Eu tentei me segurar nele sem sucesso, porque não conseguia sentir meus braços... Até que então... Tudo ficou escuro...

- Grace? - Eu ouvi uma voz falar em meio a escuridão.

- Quem está falando!. - Eu gritei em meio a escuridão.

- Eu sou você. E eu estou aqui para te proteger. - A voz terminou.

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¶ Jonathan¶

- Missão cumprida. - Eu falei ao ver o corpo da garota desfalecer em meus braços, caindo no chão.
- Não achei que iria ser tão simples brincar com os sentimentos de uma garotinha boba. - Eu terminei dando as costas para a casa dela, deixando-a morta no chão. Antes de chegar na esquina, que não era muito longe, ouvi o barulho de um portão sendo amassado, ao olhar para trás vejo atônito aquela cena. A garota que eu deixei desfalecida na frente do portão, estava em pé, se apoiando com o braço direito no portão, fazendo-o ficar amassado. Ela olhava fundo em meus olhos, mas os seus não tinham mais cor, estavam negros, não pareciam estar normais, ela se esticou com dificuldade ficando de pé, quando em um piscar de olhos, ela estava na minha frente. Assustado, no mesmo instante dei alguns passos para trás, pegando espaço, fazendo com que todo aquele disfarce de pele humana saísse de meu corpo, dando visão a meu torso metálico brilhante.

- Como você está viva?. -Eu pergunto enquanto recuo um pouco mais, ao ver que uma mancha começava a consumi-la de maneira estranha.

- Você acha que pode me matar?. - Ela disse, mas sua voz não estava em seu tom normal, estava em um tom obscuro, aterrorizante.

-Eu não acho, eu vou. - Eu disse, e no mesmo instante em que terminei minha frase, minhas mãos tomaram forma de duas espadas.

- Você é patético, acha que com coisas assim consegue derrotar um cavaleiro? Tenha mais respeito e sua morte será menos humilhante. - Ela dizia com um sorriso sádico em seu rosto, que tinha a parte direita coberta por uma mancha.

- Eu não sei que tipo de monstro é você, só sei que minha missão é te matar!. - Eu encerrei, correndo em direção a ela em uma velocidade quase que sônica, para acertá-la em cheio com um golpe de espada, mas ao chegar perto, no último segundo, ela de alguma maneira desvia de meu golpe, me fazendo acertar o chão em cheio, prendendo minhas mãos no asfalto.

- É aqui que você morre. - Apenas pude ouvir a voz imponente dela falando, seguido de seu toque em meu ombro direito, que tentava soltar minhas mãos em forma de espada do asfalto. Impotente por estar preso, apenas senti o toque em meu ombro me fazendo ser arremessado para longe, acertando em cheio a casa da frente, destruindo parte dela. Em meu visor, não vi danos aparentes, mas ao levantar pude ver que meu braço direito, parecia que tinha sido rasgado de meu corpo, conseguia ver circuitos saindo de meu ombro, aonde deveria estar o restante de meu braço. Não esperava um desafio tão grande vindo de uma garota de quinze anos. Realmente, ia ter que lutar a sério...
Vendo que teria que mudar meu estilo de luta para enfrentar aquele inimigo, eu saio dos destroços dá casa e começo a fitar a garota.

- Acha que realmente tenho medo de você? Você pode ser forte mais eu sou muito mais. - Ela disse e no fim de sua frase, uma ventania estranha começou a nosso redor e em volta dela, um fogo escuro começou a se alastrar em volta, chamas negras estranhas que eu nunca vi antes em lugar nenhum... Antes que eu pudesse tomar qualquer decisão, as chamas negras envolveram a garota e em um piscar de olhos elas cessaram, dando vista a uma outra pessoa... Mas ao olhar direito pude ver, ainda era Grace, porém ela estava com uma armadura preta, que as cinzas daquele fogo negro ainda tocavam nela. Uma armadura preta com detalhes verdes em seus ombros e em parte de seu peitoral, vislumbrante em todos os aspectos. O vento fazia com que o cabelo longo dá garota caminhasse junto com ele, pude ver que em sua mão direita ela segurava uma balança dourada, brilhante como ouro, em sua mão direita pude observar que ela segurava um punhal, um punhal que tinha uma caveira com rubis encrustados em seus olhos na ponta. Quando finalmente parei de admirar aquela forma estupenda, a olhei nos olhos, vi que novamente, não tinha mais pupila, ou qualquer cor, apenas escuridão.

- Você é forte o suficiente para eu ter de usar essa forma, sinta-se honrado. - Ela disse.

- Vou me sentir honrado sim, quando completar minha missão e finalmente te matar. - Eu disse dando um passo para frente, fitando-a fundo nos olhos.

- Eu sou a cavaleira da fome. Aquela qual decide o que é justo e o que é certo. Você é forte e digno dessa transformação, mas não ache que você é páreo o suficiente para durar mais de cinco minutos em batalha comigo, verme insolente...


O Mensageiro (Revisando/Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora