Capítulo 7

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Uma semana depois

Renata conseguiu uma consulta pra mim, ela conhece um obstetra e foi rapidinho. Tudo bem que eu ainda tenho que pagar, pois ele é particular. Mas a Renata conseguiu um belo desconto pra mim.

Pego a minha bolsa e saio rapidamente de casa, ela está me esperando em frente ao prédio, a Michele estava doida para ir, mas a Marcela disse que a lanchonete iria ficar só, então ela teve que ficar. Queria que ela fosse também.

- Até que em fim.- Diz e começamos a andar.

- Eu estou com sono.- Resmungo e ela ri.

- Você está sempre com sono.- Balança a cabeça.

Procuro dentro da minha bolsa, até que encontro o que procuro, coloco o cigarro em minha boca e quando vou acender, a Renata o toma.

- Esta louca?- Grita e pisa no cigarro.

- O que está fazendo?- Bato em seu braço.- Isso custou dinheiro.

- Caramba, Sofia, você está grávida.- Diz e balança a cabeça.

- O que é que tem?- Pergunto confusa.

- O que tem é que não pode, quer matar o seu filho?- Balanço a cabeça freneticamente.

- Eu vou ter que parar de fumar?- Pergunto e falto chorar.

- Claro e de beber também.- Suspiro.

- Como eu vou me acalmar?- Passo as mãos pelos cabelos.- Caramba, Renata, eu não sei cuidar de crianças, o meu filho ainda nem nasceu e eu já estou fazendo coisa que o prejudica.- Choro, ultimamente venho chorando sempre, por que isso?

- Para, Sofia. Você apenas não sabe das coisas, o médico vai te dizer o que pode e o que não pode.- Me puxa pelos ombros e o abraça, andamos assim.

Chegamos a tal clínica e entramos, eu estou nervosa, o que eu tenho que fazer? Será se ele vai me cortar para ver o meu filho?

- Não.- Penso alto.

- Não o que Sofia?- Paro no lugar e ela tenta me arrastar.

- Ele vai me cortar?- Pergunto assustada e a Renata começa a rir.

- Você é louca? Claro que não.- Diz rindo.

- Não tem graça.- Digo e volto a andar.

Chegamos à recepção e falei meu nome, a atendente pediu para esperar, pois ainda tinha uma paciente com ele.

Me sentei e vi aquele tanto de meninas novas e mulheres formadas, todas com barrigão e outras com barrigas ainda pequenas.

O meu nome foi chamado e eu me levantei, entrei na sala e vi um homem novo, ele tinha cabelos negros e olhos castanhos, sua pele é branca e ele parece ser alto.

- Olá, Renata.- Diz e se levanta.- Como você está?- Beija o rosto dela e a vejo nervosa.

- Estou bem, Daniel e você?- Pergunta e sorri.

- Estou bem.- Sinto um clima rolando e sorrio.- Essa deve ser a Sofia.- Diz e olha pra mim.

- Sim.- Digo.

- Ótimo, vamos começar?- Pergunta e sorri.

- Vamos.- Sorrio e ele me indica uma cadeira e outra para a Renata.

Ele começou a falar um monte de coisas, tais como, não passar nervoso, não ficar ansiosa, não fumar e nem beber, comidas gordurosas e uma lista enorme.

Fiquei assustada, será se eu vou conseguir fazer isso tudo? Vai ser difícil, eu costumo ser um tanto teimosa.

- Agora vamos vê-lo?- Pergunta e sorri.

Laços do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora