Capítulo 6

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Sofia

Eu estou arrasada. O Olliver não podia fazer isso comigo, eu sou uma burra mesmo. Eu sabia que esse homem engomadinho não era pra mim.

Ele só queria me usar durante esse mês? Teve o que quis e vai embora, provavelmente, com aquela siliconada. Hoje é o pior dia da minha vida.

Está decidido, não vou mais me aproximar de homem nenhum, eu sempre saio machucada e eu já estou cansada disso. Não quero me apaixonar por mais ninguém.

Me sento no canto do quarto e acendo o meu cigarro, preciso me acalmar ou eu termino de quebrar o resto da casa. Eu queria muito o Olliver aqui, mas seria para eu enterrar meus punhos em sua cara de cavalo.

Eu odeio ser tratada como "a outra", se ele soubesse disso, nunca teria me traído. Ai que ódio, eu ainda mato ele, é só ele vir com o rabo entre as pernas.

Calma, Sofia. Tento falar para mim mesma, mas está difícil controlar essa fúria que está dento de mim.

Termino o meu cigarro e vou tomar um banho gelado, talvez isso me ajude a esfriar os nervos. Quero dormir e ver se esse pesadelo passa.

(...)

Acordo sentindo a minha cabeça pesada, é isso que dá ir dormir chorando. Inferno! Tinha que ser.

Me levanto e me recuso ir comprar remédio, odeio. Nem se me amarrem eu iria beber, eu sempre odiei desde de pequena.

Olho no relógio e percebo que já são duas da manhã. Não acredito que dormi esse tanto e não percebi, o que posso fazer agora? Estou sem sono e estou sem nada para fazer.

Lembro que tem leite condensado e nescau, ao lembrar, senti até água na boca. Corro até a cozinha e faço o chocolate. Ligo a TV e coloco um DVD, "capitão América", eu amo esse filme por causa do ator, oh homem lindo.

Começo a me esbaldar no chocolate e rio, isso mesmo, filme de ação e eu rindo. Nem eu entendo o porquê de eu estar rindo.

- Deve ser o sono.- Digo já sentindo as minhas pálpebras se fecharem.

Suspiro e levo o meu chocolate para o quarto, tento terminar de comer e deixei apenas uma colher, pois não consegui mais segurar o sono que me pegou de vez.

Acordo e percebo que o meu rosto está dentro do prato. Levanto a cabeça e sinto meu rosto pegajoso, ficar assim em plena manhã é o cúmulo.

Depois de pronta, vou para a faculdade sem tomar café, estou enjoada do chocolate, é isso que dá comer tudo sozinha. E eu vou fazer o que?

Chego na sala e durmo em quase todas as aulas, Alice perguntava se eu estava bem a todo instante. Eu apenas balançava a cabeça e ficava na mesma posição.

Senti tudo querendo voltar e eu me levanto rapidamente, corro até o banheiro e vomito. Sinto a minha cabeça pesada.

Eu ainda mato o Olliver, por que ele tinha que me deixar assim? Vulnerável a tudo?

- Sofia?- Escuto a Alice me chamar e logo ela entra na cabine em que eu estou.- Oh meu Deus, o que você tem?- Me ajuda a levantar.

- Eu estou bem.- Digo e tento me afastar, mas ela me segura.

- Uma vez na vida, para de tentar ser durona.- Resmunga e eu me sento no chão.

- Pode ir para a sala.- Digo e coloco as mãos nas minhas fontes.

- Esquece, eu vou ficar aqui.- Diz e se senta ao meu lado.- Diz, o que comeu diferente?

- Chocolate.- Digo e ela rir.

Laços do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora