Sofia
Depois de ter entregado a última conta, aqui estou saindo para ir embora. Meus pés estão doendo pra caramba, não consigo mais ficar em pé para nada.
Depois que me despedi das meninas, sai em direção às ruas e, enquanto passava por elas, fiquei lembrando que, há tempos, não fumo ou bebo.
Aprendi a ficar sem, nove meses sem poder fumar, é duro. Acabei me acostumando e, depois do parto, não voltei a fumar. Até sinto falta, meu nervosismo é grande, por qualquer coisa. Pareço até estar grávida de novo.
Chego ao meu prédio e corro logo para as escadas, estou morrendo de saudade da Manu. Nunca fiquei tanto tempo longe dela.
Entrei em casa e vi que estava tudo muito silencioso, olhei a cozinha, sala, e, por fim, o quarto. Lá estava o Fred sentado no chão, enquanto olhava para a cama.
Olliver estava quase deitado na cama e olhava para Manu que dormia tranquilamente. Sabe quando você vê essa cena e tem vontade de chorar? Sou eu agora.
- Ahh, você chegou.- Ele percebeu a minha presença.- Ela dormiu há pouco tempo.
- Eu queria ver a minha filha.- Choraminguei.
- Desculpa, ela dormiu em meus braços e eu a coloquei aqui, ela deve ter se cansado do nosso passeio ao parque.- Explicou.
- Tudo bem.- Cheguei mais perto e beijei a bochecha gorduxa da Manu com cuidado.- Boa noite, meu amor.- Sussurrei e lhe dei um último beijo.
- Vou indo, então.- Olliver deu um beijo em nossa filha e se levantou.- Até mais.
- Até.- O olhei e fiquei presa em seu olhar, mas logo quebrei o feitiço.- Boa noite.
Olliver balançou a cabeça positivamente e saiu. Logo escutei a porta sendo fechada devagar.
Olhei Manu na cama e fui até o banheiro, tomei um banho rápido, mas bem proveitoso e vesti minha camisola preta de renda, há tempos que não a visto.
Lembrei da porta que teria que trancar, mas fui até a cozinha, minha garganta estava seca e eu precisava, urgentemente, de água. O líquido gelado desceu por minha garganta, matando a minha sede.- Sofia?- Escutei a voz do Olliver na sala.
Estaquei no lugar. Eu estava com uma camisola extremamente curta e de renda, minha lingerie, que é um conjunto vermelho, ficava a mostra por conta da minha camisola, não era o melhor momento para o Olliver me ver.
Olliver
Depois de me despedir da Manu com um beijo e da Sofia, fui para a minha casa. Tirei a minha chave do carro do bolso e dirigi por metros, até lembrar da minha chave de casa.
- Que droga.- Resmunguei.
Dei a volta e fui para o apartamento de Sofia novamente. Cumprimentei o senhor Raimundo e subi as escadas, louco para dormir. Manu me cansou hoje.
Pensei em bater, mas antes eu tentei abrir, constatei que ainda estava aberta, Sofia deve ter esquecido de trancar.
- Sofia?- A chamei um pouco baixo para não acordar a Manu.
Não obtive resposta. Olhei a mesinha e lá estava a minha chave, adentrei mais, em busca de Sofia, ao passar em frente a cozinha, a vi com um copo de água nas mãos e, meu Deus.
O que era aquilo? Deus queria testar meu autocontrole? Aquela camisola de Sofia, moldava perfeitamente seu corpo, além de ser rendado e mostrar, praticamente, tudo.
O contraste vermelho do seu sutiã e a calcinha sob a camisola, ficava ainda mais atraente. Eu fiquei sem fala e sem saber o que fazer.
- E-eu, vim pe-egar.- Comecei a gaguejar. Suspirei e limpei a garganta.- A minha cha-a-ve.- Eu falava coisa com coisa, apenas olhando aquele corpo lindo sob a camisola.
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Laços do destino
RomanceSofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um homem lindo e charmoso dono de uma empresa. Ele é uma pessoa simples e carinhoso. Mas, eles acabam se separando, deixando um bem precioso, que é...