Capítulo 15

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Olliver

Eu não acredito que a Sofia fez isso comigo... com a gente. Eu a amo tanto e ela pisa em meus sentimentos, será se ela perdeu o amor por mim?

Só sei que eu sou um cara que acabou de descobrir que é pai de uma menina linda de três anos e que é apaixonado há quatro anos pela mesma mulher que não o ama.

Como as coisas podem ser assim? Eu amo tanto a Sofia que é capaz de não caber em meu peito todo esse amor. Mas ela age como se não quer mais nada comigo.

Tudo bem, ela pensa que eu a trai e a abandonei, mas o que eu preciso fazer para mostrar a ela que eu não trai e, muito menos, a abandonei?

Eu, sinceramente, não sei.

Preciso fazer a Sofia voltar a me amar, e tem que ser logo ou eu a perco de vez, mas isso não está em meus planos. Não vou deixar ninguém toma-la de mim.

Sofia é minha e somente minha, posso até dividir com a nossa filha... nossa filha! É tão bom dizer isso. Eu sempre fui louco para ser pai, mas nunca fui louco o suficiente para ter um filho com qualquer uma.

Mas a Sofia não é qualquer uma e eu estou muito feliz por eu ser o pai da Manu. Agora está explicado o porquê de eu não conseguir sair de perto da Manu, de alguma maneira, eu sentia alguma ligação forte com ela.

Ainda bem que o destino não pegou tão pesado comigo. Ficaria louco se eu continuasse achando que a Sofia havia se casado e tido uma filha com ele.

Me sinto bem mais aliviado com isso. Mas aí, o que ela faz? Isso mesmo, me dá um banho de água fria e dizendo não querer mais nada comigo, apenas trataremos de assuntos sobre a Manu.

Poxa! Isso, de alguma maneira, me deixa quebrado, não queria ficar longe dela nem mais um minuto. Quatro anos já foram o bastante para me mostrar que eu não sei viver sem ela.

Mas eu nunca vou desistir, Sofia é o amor da minha vida, digo isso sem medo, pois é apenas a verdade.

Saio da empresa e constato em meu relógio de pulso que é onze e meia, preciso ir pegar a minha filha. Estou muito feliz, pela primeira vez eu irei.

Saio em direção à escola e não demoro muito a chegar. Vejo várias crianças correndo em direção aos seus respectivos pais.

Logo cabelos loiros é visto por mim. Meu coração se enche de alegria e a minha vontade é de aperta-la até não aguentar mais.

Saio do carro e vou a passos firmes até ela que está olhando para todos os lados, imagino eu, procurando pela mãe. Chego mais perto e sorrio abertamente.

- Manu?- Chamo e seus olhinhos azuis caem em mim.

- Ollive.- Grita e corre em minha direção abraçando as minhas pernas.

- Oi, linda.- Sorrio e me abaixo, apoiando os joelhos no chão.- Como você está?- Pergunto e enterro o meu rosto em seu pescocinho.

- Estou bem.- Grita e me aperta com suas pequenas mãos.

- Que bom.- Aperto meus braços que estão em sua cintura e sinto meus olhos pinicarem.

- Esta me apetando.- Diz engraçado, sua voz estrangulada e a língua embolada como sempre.

- Desculpa.- Me afasto e beijo seu rosto que está vermelhinho.- Vamos sair do sol, linda.- Me levanto e a pego no colo.

- O sol tá beeeeeemmm quente, não é tio Ollive?- Diz arrastando a palavra "bem".

- Muito.- Sorrio. Não consigo parar de rir quando estou com ela.

- Cadê a minha mãe?- Pergunta fazendo biquinho.

Laços do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora