Capítulo 4

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Uma semana depois

Já tem uma semana desde o meu encontro com o Olliver, e posso dizer que ele é um pé no saco. Ele está me infernizando a semana toda.

Tudo bem que ele é lindo e tal, mas, caramba, precisa ficar em cima direto? Melhor dizendo, ele está tentando me conquistar.

Mas é até bonitinho, ele me traz flores, chocolates, nossa, e que chocolates, eu me esbaldo bastante. Me leva de volta para a minha casa depois do trabalho.

E eu não sei, mas me sinto estranha em relação a isso, não entendo o que acontece. Quando eu o via me sentia nervosa, agora eu me sinto bem mais a vontade, mas ainda me atrapalho.

Me lembro do dia em que ele foi jantar em minha casa, sim, jantamos às onze da noite. Eu fui o servir e ele tocou em meu braço, fiquei nervosa e derrubei a comida em cima dele.

Rio até hoje disso. É só olhar para a sua cara e tudo volta, ele também ri quando lembra e assim nós comentamos sobre as besteiras que fizemos juntos.

Sem falar que ele sempre vai na lanchonete, o apresentei como meu amigo para as meninas e ele se sentiu incomodado com isso. Não sou nenhuma boba e sei muito bem que ele não queria ser apresentado assim.

Mas eu já falei para ele que quero ir com calma, sem atropelos. Não sei se é por medo de acontecer tudo de novo, ou se é por ser assim o meu jeito.

E agora estou indo para casa, estou extremamente cansada. Já são onze e eu ainda estou saindo da lanchonete. Hoje teve muitos clientes, e alguns pareciam que não queriam sair.

Ao chegar na porta da lanchonete, vejo o carro preto do Olliver. Ele está me esperando? Coitado, deve ter ficado de molho por um bom tempo.

Chego perto do carro e percebo que ele está dormindo, o que me faz ter certeza que ele estava aqui há muito tempo. Eu já falei para ele que não precisa, mas é teimoso.

Volto até a lanchonete e pego o vidro de ketchup sem as meninas verem. Corro para o carro e coloco uma boa quantidade em sua mão.

Passo meu dedo de leve em sua testa e ele apenas mexe a cabeça. Rio e passo o dedo novamente, até que ele vai coçar e o ketchup espalha por seu rosto.

Começo a rir e ele abre os olhos assustado. Gargalho como uma hiena descontrolada e ele começa a acordar.

- Poxa, Sofia.- Reclama e depois ri.- Você é muito levada.- Balança a cabeça e limpa o rosto com as mãos.- Poderia passar em você.

- Você não é louco.- Paro de rir e fico o encarando séria.

Ri e eu volto a rir.

Olliver tirou o carro do estacionamento e fomos para a minha "casa". Em instantes ele já estava estacionado.

- Sofia.- Olho para ele e o mesmo abre e fecha a boca repetidas vezes.- Eu não aguento mais.

Ao dizer isso, segura minha nuca e me dá um beijo. Beijo esse que é o melhor que já me deram.

Coloco minhas mãos em seus cabelos e o puxo mais para mim. Sua língua invade a minha boca e suas mãos passeiam por meu corpo.

- Esta louco.- O empurro e saio do carro.

Quando vou para entrar no prédio, ele segura meu braço e me beija novamente. Esse homem é muito convencido, acha mesmo que me fará mudar de idéia com um beijo?

Como minhas mãos são traiçoeiras, as coloco em sua nuca e ele me puxa ainda mais de encontro ao seu corpo.

- Isso é errado.- Toma meus lábios novamente.- Você nem pediu minha permissão.- Me cala novamente.- Você é um idiota.- E mais uma vez.- Você não pode fazer isso.- Já estava sem forças para falar.

Laços do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora