Capítulo 13

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Olliver

Uma semana se passou e eu estou bem mais próximo da Manu, eu amei essa garotinha, e ainda mais que ela me aproximou da Sofia, a amo duas vezes.

Manu é uma garotinha muito inteligente, eu adoro muito isso nela. Não só isso, ela tem várias outras qualidades, concluindo, é a menina mais adorável que conheço.

Estou aqui agora com a minha irmã em casa, já é umas nove da noite e a doida ainda está aqui me atentando. Falo assim mas eu amo a minha irmã.

- Deixa eu ver se entendi. Você foi embora e largou a mulher que ama deixando ela pensar que você a traiu, e quando voltou ela já está casada e com uma filha?- Resume toda a minha história.

- Isso mesmo.- Suspiro.

- As peças não encaixam em minha cabeça.- Diz pensativa.- Você disse que a filha dela tem três anos, certo?- Afirmo.- Você é burro, Olliver?- Grita do nada.

- O que? Esta louca?- Pergunto assustado com sua atitude.

- Quanto tempo você ficou na França? Quatro anos e alguns meses. Uma gravidez dura nove meses, nove mais sete meses da quanto?- Pergunta e eu não sei o que deu nela.

- Um ano e três meses.- Digo com cara de "não é óbvio?"

- Certo, um ano e três meses mais três anos e sete meses?- Pergunta novamente.

- Quatro anos e dez meses.- Suspiro já cansado disso.- Espera!- Começo a pensar e seguir o raciocínio da minha irmã e eu arregalo os olhos, não pode ser.- Você está querendo dizer que...?

- Eu tenho uma sobrinha.- Ela grita eufórica.

- Não pode ser.- Digo confuso.- Ela tem marido.

- Você já viu o marido dela?- Pergunta e ergue as sobrancelhas.

- Não, mas...- Fico sem saber o que falar.

- Sem "mas" você é papai.- Diz ainda eufórica.

Isso não pode está acontecendo, a Sofia não teria coragem de fazer isso comigo, ela não pode ter feito isso. Eu tenho uma filha? Eu sou pai?

Como a Sofia poderia ter feito isso? Isso será mesmo verdade? Meu Deus, eu gostei tanto da Manu, mas nunca iria imaginar que ela poderia ser a minha filha.

Minha filha! Isso é tão novo.

- Eu vou tirar essa história a limpo.- Não espero a resposta da Lily.

Pego o meu paletó e saio correndo rumo ao meu carro. Eu não posso esperar nem mais um minuto. A Sofia terá que me explicar isso, detalhes por detalhes.

Afundo o pé no acelerador e passo por todos os sinais vermelhos, o trânsito está quieto. Sei que irei levar multas por excesso de velocidade, que se dane as multas.

Paro em frente ao prédio onde a Sofia mora, começo a subir aquelas escadas. Sério, não sei como a Sofia aguenta isso todos os dias, ainda mais sendo do jeito que ela é.

Invado a sua casa e agradeço por a porta está aberta. Sofia esta com Manu nos braços, dormindo. Ao escutar eu quase derrubar a porta, Sofia quase pula do sofá.

- Poxa, Olliver.- Sussurra com cara de raiva.

- Precisamos conversar.- Digo e minha respiração está descompassada.

- Deixa eu colocar a minha filha no quarto.- Diz e leva a Manu para o quarto.

Fico rodando na sala, igual galinha quando está procurando um lugar para botar o ovo. Mas, se brincar, eu estou mais desinquieto que uma.

Laços do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora