Capitulo ( 34 )

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O vento revelava uma fúria tão grande, que parecia atravessar através do meu corpo.

Ariadne afastou sua mão da minha, e o vento forte, evaporou-se. Tudo parecia demasiado calmo.

Abri meus olhos, apenas para ver Amber, com suas pálpebras semicerradas.

Ela tossiu, antes de abrir totalmente seus olhos.

-Como...O que aconteceu? Ela questionou, sua voz fraca, sua pele de repente não era tão morena, como sempre fora.

Com a palma de sua mão, ela limpou o sangue seco que havia ao redor de seus lábios.

- Você morreu, mas voltou para o mundo dos vivos –Ariadne disse, se reerguendo.

-Vocês me trouxeram de volta?—Amber murmurou, ela parecia confusa

-Como você está se sentindo?- eu perguntei, enquanto a puxava para um abraço.

-Estou bem- ela disse, grogue. – Não precisa se preocupar-

-É um pouco difícil não me preocupar, quando minha melhor amiga morreu, para me defender— Eu disse, sorrindo para ela.

- Agora você sabe meu segredo— ela murmurou em meu ouvido. Um tanto envergonhada. 

-E você  o meu— Murmurei de volta.

-Eu sei que precisamos conversar, mas quero que acredite em mim, quando digo que, eu nunca concordei com meu bando —ela disse, fechando os olhos e afastando-se de meu abraço.

-Eu sei. –Respondi com veemência

Ela tentou levantar mas, suas pernas enfraquecidas, não aguentaram o peso de seu corpo, e elas cederam, fazendo com que Amber caísse de joelhos.

Toquei em seu ombro, e retirei uma mecha de seu cabelo ruivo e desgrenhado –Você está bem?

-Sim. Sou dura na queda. -Eu vi humor nos olhos cheios de dor de Amber

-Venha, vamos entrar—Eu disse, ajudando ela a levantar.

Ela olhou para a pilha de corpos ao redor, e soltou um gemido. – Meus amigos... Ela murmurou com pesar e fez barulhos ofegantes enquanto tentava respirar através da dor.

-Eu lamento por eles —respondi

-Eu sei.. Não é sua culpa. Eles começaram.

Anui virando meu rosto para Ariadne, que agora permanecia imóvel, ao lado de Adriel.

-Porque ela está com dores?

Ariadne, revirou os olhos, como se minha pergunta fosse demasiado estúpida – Porque seu corpo está em processo de mudança- ela disse virando em direção da casa – Eu avisei que existia consequências—Ela concluiu.

-Quais serão as consequências? Eu disse rapidamente, ficando cada vez mais preocupada sobre o real estado em que Amber poderia ficar.

Adriel se aproximou, e colocou cuidadosamente um dos braços de Amber, ao redor de seus ombros, ajudando ela a entrar na casa. –Ela precisa descansar. Ele disse.

A passos calmos, ele subiu os degraus da escada. Relutante o segui.

Ele colocou Amber em minha cama, enquanto que ela mantinha agora seus olhos cerrados, começou a guinchar de dor.

Várias feridas começaram a surgir de repente por todo o seu corpo semi nu.

Sangue começou a sair do corpo dela em um ritmo alarmante, tanto que fez o chão ao redor dela parecer que estava sangrando.

Lágrima Negra ( LIVRO I E II) Onde histórias criam vida. Descubra agora