Eu prometi que ia postar logo e cá estou eu. Vocês estão gostando, meus amores? Deêm suas opiniões aqui nos comentários.
Beijos e boa leitura!Victoria Wolfgang P.O.V.
Eu odiava cumprir compromissos nos quais dizem respeito à reuniões com meu advogado e representante de marcas. Entretanto, sempre tive disciplina o bastante para resolver minhas próprias pendências sozinhas e tomar minhas próprias decisões. O advogado me mostrava o melhor caminho a ser tomado, assim como meu empresário, mas a última palavra sempre era minha.
Em tudo.
Então, não era de surpreender que eu havia chegado exausta em casa naquela noite. Pensei em subir para o meu quarto, tomar um banho e me jogar na cama, deixando os outros assuntos para depois. Contudo, enquanto eu subia as escadas, escutei uma voz me chamar da sala de lareira e fui até lá, encontrando minha mãe sentada no tapete em frente ao fogo baixo, com vários papéis em volta de si. Não reparei de imediato, mas não demorou muito para eu querer me juntar a ela assim que vi a garrafa de vinho e duas taças.
- Querida. - ela sorriu para mim e eu fui até ela, dando-lhe um beijo na bochecha - Junte-se a mim. Prometo que não contarei ao seu pai. - ela cochichou conspirativa e não pude deixar de rir, não resistindo ao mimo da minha mãe. Tirei meus saltos e larguei minha bolsa no chão, acomodando-me ao seu lado no tapete. Peguei a taça que ainda estava vazia e ela a preencheu com o líquido escuro.
- Decidiu assaltar a adega hoje? - perguntei sorrindo. Eu e minha mãe sempre fomos muito, muito próximas. Ela era o ser humano mais incrível que eu já conheci, por mais que eu discordasse de algumas posturas passivas que ela tomava em relação a certos patamares da sua vida, como a submissão às ordens rudes do meu pai. Fora isso, eu conseguia relaxar ao seu lado e ter um momento bom, onde e quando fosse.
- Decidi gastar um pouco de dinheiro. Adivinhe qual é o vinho. - seus olhos brilharam de empolgação e eu revirei os meus, soltando uma risada antes de levar a taça à ponta do meu nariz. Inspirei o aroma do vinho e rodei-o na taça, dando um pequeno gole em seguida. Eu já sabia.
- Romanée-Conti. - falei e vi seu sorriso de orgulho como consequência do meu acerto.
- Que orgulho. - ela murmurou em uma entonação exagerada e nós rimos. Tomei mais um gole do meu vinho e descansei minha cabeça no sofá, desviando meu olhar para as chamas acesas da lareira.
- Mãe, se alguém estivesse te incomodando muito e desarmando seu controle, o que você faria? - perguntei, com minha mãe vagando até Justin. Eu não consegui tirar aquele filho da puta e suas provocações irritantes da cabeça em nenhum segundo durante o dia e isso estava me deixando louca. Eu sentia como se pudesse enforcá-lo. Era muito agonizante.
- Se ele for gostoso, renda-se a ele. Se não, você sabe como derrubar alguém. - ela me olhou com a sobrancelha erguida e eu não consegui não rir. Essa eu não iria esquecer.
- Eu quero derrubá-lo, mesmo ele sendo gostoso. - falei, admitindo pela primeira vez em voz alta a minha opinião a respeito do físico do Justin Bieber. Convenhamos...
- Quem é o garoto? - ela perguntou e eu senti seu olhar me analisando. Minha mãe conseguia ler uma pessoa melhor do que ninguém e isso era até irritante algumas vezes, quando não é conveniente, exatamente como agora.
- Justin Bieber. - respondi, dando mais um gole no vinho. Ela arregalou os olhos e tossiu após me ouvir, engasgando com o seu gole.
- O garoto que tirou sua virgindade? - murmurou e eu respirei fundo, assentindo. - Ué, mas ele não tinha ido embora pra algum lugar? - balancei a cabeça concordando e dei de ombros em seguida.