Chapter 36

10 2 1
                                    

•● Caroline ●•

Encaro os papéis que Jennifer me tinha dado segunda-feira tentando mais uma vez associar alguma coisa.

"Ok!" Digo bem alto andando pelo chão de madeira do meu quarto "Nove é o número da conclusão com sucesso, realização, potencial e abundância. O oito é o número do tempo, da mudança, do equilíbrio e da consciência." Assim que acabo de ler as palavras repito-as novamente na minha mente. Estaria ele a querer dizer-me que iria acontecer uma mudança com sucesso? Ou que isto com o tempo se ia realizar? "Que se lixe!" Digo e atiro a folha para um canto. Eu já nem falo com ele.
Olho para o meu telemóvel e por segundos tenho vontade de lhe mandar uma mensagem mas rapidamente saio do meu quarto e fecho a porta com força. Eu não iria ceder. Não iria continuar os seus jogos depois do que ele me disse e uma rosa não iria resolver o problema. Será que ele me viu a pô-la no lixo?
Pego nas chaves e saio de casa para ir dar uma volta. Muita coisa estava na minha cabeça neste momento, demais para eu aguentar e eu não estava habituada.
Em meses a minha vida tornou-se numa montanha-russa de dramas e mistérios que me davam cabo da cabeça. Deixo a leve brisa levantar os meus cabelos e fecho os olhos com a sensação, rezando para que leve também todos os meus problemas.

*

"Bingo!" Jennifer diz sorridente e eu rio com a sua reação.

"Mas específica, quero saber tudo!" Digo animada ela anda e sorri ao mesmo tempo.

"Nós estávamos a falar de..." Ela para por um momento tentando lembrar-se de algo e abana a cabeça de seguida começando a falar novamente "Bem, ele estava a tagarelar sobre números e eu beijei-o para o calar."

"Oh meu deus! E ele?" Eu pergunto ainda chocada com o que tinha acontecido.

"Ele ficou tão confuso, não estás a perceber." Ela ri-se "E tão..." Jen levanta as sobrancelhas e morde levemente o seu lábio, o que é o suficiente para eu perceber o que estava a querer dizer.

"Ok, ok. Demasiada informação." Digo a rir mostrando o meu desconforto.

"Caroline, tu és a minha melhor amiga," ela diz enquanto bebe o seu cappuccino "Nunca é informação a mais. Mas de qualquer das maneiras, não sei bem o que fazer agora com o Dean. Tenho medo que ele fique estranho com tudo isto, e as explicações, por mais que gozes comigo, estão a ser importantes."

"Estás a dizer que ele realmente te conseguiu ensinar matemática?" Eu pergunto a rir.

"Estou com medo que sim..." Ela diz e acaba a sua bebida "Bem, eu vou agora para casa preparar-me para o teste da minha vida. Ficas bem?"

"Ótima." Minto "Obrigada por teres vindo."

"Sempre." Ela diz e beija-me a bochecha antes de ser ir embora do café e tropeçar duas vezes no caminho até à porta. Não consigo evitar em rir com a sua figura e observo-a a desaparecer nas ruas.

Jen tinha conseguido distrair-me durante algum tempo mas a verdade é que as coisas não mudaram. Os pensamentos que têm ocupado a minha cabeça nos últimos dias voltam e eu suspiro abandonando o estabelecimento.

Aproveito o caminho para realmente pensar no que ando a fazer e chego à conclusão que não me poderia deixar afetar por algo tão simples, e direciono a minha atenção para a importância que deixo que o meu 'admirador' tenha na minha vida.

Assim que avisto a porta de casa apresso-me a tirar as chaves e quando entro na divisão, deixo o meu corpo cair sobre o sofá. Um barulho de vidro a partir-se que parece vir lá de fora, acorda-me do meu transe e eu corro para a porta abrindo-a. O vaso que costumava estar ao canto da entrada de minha casa, estava agora em pedaços, espalhado por todo o lado, mas não era a única coisa invulgar. Uma rosa vermelha, ligeiramente murcha e amarrotada estava pousada no tapete de entrada. Baixo o meu corpo para a apanhar e reconheço-a como sendo a rosa que ainda esta manhã mandara para o lixo.

O meu olhar desvia-se para cima e avisto uma mancha negra do lado oposto da rua. Todo de preto, imóvel, virado para mim. O meu coração bate a mil à hora e não consigo decifrar a razão. Medo, surpresa, alegria? Talvez tudo ao mesmo tempo.

Não deixo os meus impulsos tomarem conta de mim e mantenho-me na minha entrada, sem tentar chegar até ele. Pela experiência que tenho, isso nunca dará em nada para além de me cansar. Apenas levanto a minha mão fazendo um pequeno aceno e entro novamente dentro de casa, desta vez com a rosa na mão.



Alguém por aqui???

Não sei o que eu própria faço aqui tbh mas estou a gostar de escrever!!

Por favor comentem se estiverem vivos

Ah e desculpem não haver mensagens neste capítulo mas achei que fazia mais sentido desta maneira

Votem e boas feriaaaas

Call me 'i'Onde histórias criam vida. Descubra agora