Stalker

Capítulo 10

Voltei gente! Para quem curtia a história, depois de meses estou de volta 💗
Dessa vez é pra ficar viu?
beijos de luz,
@normalgirl501
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Acordei com um grito de estourar os tímpanos vindo de ninguém mais que a minha mãe:
- Só porque a senhorita foi botar seu irmão para dormir, não significa que pode se atrasar para escola dona Juliana! Levanta e vem tomar café!

Levantei e peguei o celular para olhar a hora tomando instantaneamente um belo susto, pois o relógio marcava 6:40, ou seja, só teria 40 minutos para estar na porta do colégio.
Tomei uma ducha rápida e coloquei meu corretivo, pó e rímel jogados dentro da minha bolsa para que pudesse corrigir a cara de sono dentro do carro.
Chegando na cozinha, recebo a notícia que meu irmãozinho não irá para o colégio, pois tem uma consulta de rotina no médico e por isso eu iria de carona com a Ana Lu, que já estava lá na portaria me esperando. Após meu pseudo café da manhã, constituído de um iogurte apenas, desço e encontro uma Ana Lu sorridente em plenas 7:00 da manhã e me pergunto como ela consegue ser assim.
- Bom dia gata! - ela grita em meus ouvidos, que é como ela acha que fala normalmente.
- Amiga, você tem que agir mais como uma adolescente e menos com um alienígena, bom humor de manhã é impossível!
- Entra logo no carro que eu tenho perguntas...
Entro no carro e a Tia Larissa e a irmã da Ana Lu, a Laura, discutem sobre a faculdade e nem ligam para a conversa entre eu e minha amiga no banco traseiro.
- Poxa Ju, você nunca deixa de me contar os mínimos detalhes das coisas que acontecem e ontem não só saiu com o Di como também encontrou o Victor? - depois de pensar 2 segundos
- Calma, vocês foram pra um encontro triplo? Não quero soar preconceituosa, mas essas coisas...
- Claro que não né louca! - me defendi enquanto realizava a missão impossível de passar rímel enquanto a tia Larissa acelerava o carro.
- Eu saí com o Di pra conversar na Livraria Cultura, a gente só acertou umas coisas que ficaram confusas com toda essa coligação Victor-murro-UTI e para minha surpresa, quando chego em casa encontro o Victor num verdadeiro chá das cinco, em um super papo com a minha mãe, eai..
- Eai o que menina?
- Ele me beijou, e disse que eu preciso fazer a professora Dayse esquecer essa história de aulas particulares.
- Ju, to confusa! Quando sua vida ficou tão interessante hein?
"Você quis dizer maluca né?" falei internamente e percebi que tínhamos chegado.
- Tchau Tia! Brigada pela carona!
- Beijo mãe!
Entramos e fomos correndo pelas escadas até a sala, xingando mentalmente, por causa do nosso atraso. Sentei na frente para a aula de física com as meninas por perto, logo meu celular vibrou:
" Termina de me contar as coisas no intervalo OK?" - percebi que a Ana realmente tava interessada nas minhas histórias e respondi:
" Depois encontro com você na quadra"
Desliguei meu celular exatamente na hora que o professor Alexandre entrou.
Surpreendentemente as três primeiras aulas passaram rápido e logo que tocou para o intervalo, corri para encontrar com a professora Dayse, a qual saia da sala do 2° ano.
- Preciso falar com você sobre as aulas que você quer que eu der pra o Victor.
- Juliana Ferreira eu já tomei minha decisão, mas venha comigo até a sala dos professores e podemos conversar melhor. - estremeci ao ouvir meu nome completo e percebi a seriedade com a qual a professora levou essa conversa.
Quando nos afastamos o suficiente dos estudantes e ficamos o mais a sós que se pode num colégio cheio de adolescentes, eu finalmente disse:
- Não acho que será proveitoso dar uma aula na casa de uma pessoa que nem ao menos tem interesse em aprender.
- Quem falou em ir pra casa dele? As aulas serão realizadas na biblioteca, com supervisão de um funcionário. Você acha que eu nunca vi filmes na minha vida? A reputação do Victor não é das melhores, nunca deixaria você por sua conta e risco, ter que ir pra a casa dele, aqui tudo fica mais seguro.
- Desculpa professora, mas não acho que ele seja tão ruim assim, pelo contrário, acho muito preconceituoso da sua parte acreditar em tudo que falam sobre ele - sem explicação senti uma necessidade de defendê-lo perante a "acusação" da Dayse
- Tudo bem Juliana, de qualquer forma estamos acertadas. Até mais!

Ela entrou na sala e eu fui caminhando até biblioteca para encontrar a Ana Lu. Senti um par de mãos cobrir meus olhos e logo entendi de quem se tratava:
- Victor...
- Como seu irmãozinho ficou ontem?
Tentei não me derreter inteiramente diante dessa preocupação fofa dele. Talvez eu tenha conseguido, bem talvez.
- Foi só um pesadelo mesmo, depois ele ficou bem.
Me lembrando da conversa com a Dayse, disse:
- Tentei falar com a Dayse, mas ela foi irredutível, as aulas acontecerão aqui na biblioteca com um funcionário para garantir que a gente não se beije ou algo do tipo. Dá pra ficar mais ridículo?
- Já vi que não vou conseguir escapar de você né? - não sei por que, mas senti uma ambiguidade nessa frase.
- Acho que não - falei com a mesma intenção dupla que ele.
- Mas a parte da supervisão aí pode vir a ser necessária - disse isso já beijando meu pescoço de forma delicada e ao mesmo tempo que me arrepiou por inteiro.
-Vict..or a gente tá no corredor! Me solta! - falei retomando meu juízo
- Você tem um cheiro muito bom...
- ficou com a cabeça apoiada no meu ombro e em seguida me beijou
- Realmente preciso ir...vou encontrar uma amiga na quadra
- Vai lá! - e me deu um último beijo

- ... não achou estranho ele do nada concordar? Será que tem algo com a casa dele? Amiga...ele pode ser casado e ter um filho escondi..Você por acaso prestou atenção no que eu to falando há cinco minutos? - percebi que a Ana Lu estava falando comigo.
- Desculpa amiga, você sabe que eu me desligo as vezes, minha cabeça está cheia demais.
- Mas, então o que você acha?
- Acho que você tá vendo muito Scream pra o meu gosto. A vida real não é bem assim, nem todos escondem um grande segredo Ana Lu.
- Muito provavelmente ele só não se sentia confortável em ter aula com uma menina do 1° ano na casa dele, só isso - afirmei tentando tirar essa teoria da conspiração da cabeça da Ana.
Ficamos surdas com o toque para voltar pra as aulas e fomos felizes, pois tínhamos um trabalho incrível para apresentar na aula de literatura da Cláudia, também conhecida como a professora mais antenada que o colégio já viu.

Botei minha fantasia no banheiro do nosso andar, enquanto esperava as meninas. O resto do meu grupo chegou e era constituído por: Ana Lu, Má, Angélica e Bia. Cada uma representaria um personagem característico de um sentimento e agiríamos, unicamente, perante aquele que nos foi designado.
Depois de devidamente vestidas, todas nós fomos em direção ao auditório da escola a fim de organizarmos nosso cenário para a peça.
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Espero que vocês tenham gostado da volta e do capítulo 💗
Votem e comentem sempre!