Capítulo Quatro - Colors!

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Eu andei até mais perto dele. Ele me viu.

- Oi, April. Está perdida? - ele perguntou com aquele sorriso deslumbrante dele e isso me deixou mais nervosa.

Fiz que não com a cabeça. Eu só conseguia olhar para o chão.

- Eu... Eu quero falar com você. - eu disse.

Ele chegou mais perto de mim.

- E o que você quer falar para mim?


A distância entre ele e eu não estava ajudando muito. Eu comecei a corar.

- Eu... - comecei. - Eu t... Eu t... - eu tentava, mais as palavras não saiam.


- Você o que? Eu não ouvi direito. - ele disse, chegando mais perto.

Eu me afastei e respirei fundo.

Força, April. Você consegue! - repeti para mim mesma. Eu tinha que fazer aquilo. Não havia opções. Bem, tinha outra opção, mas creio que não seja a melhor.

Olhei com determinação na cara dele:

- Eu te amo! - eu disse.

Ele me olhou surpreso.

Eu caí com tudo de joelhos no chão.

Deus, por favor, me diga que eu não disse isso mesmo. Diga-me que isso é apenas um pesadelo e que amanhã, eu vou acordar.

- April eu... - Brandon falou depois de um longo silencio. - Eu não posso dizer o mesmo. Eu mal conheço você.

Lágrimas começaram a brotar dos meus olhos e a cair em minhas mãos, que estavam apoiadas em minhas pernas.

Brandon veio até mim e eu me levantei bruscamente, com tentativas desesperadas de limpar minhas lágrimas, mas elas apenas caiam mais e mais. Ele as viu e se preocupou.

- April, tudo bem? Eu só queria...

- Não... - eu dei um sorriso entre as lágrimas. - Está tudo bem. Mesmo.

- Me desculpe mesmo. Mas é que eu já gosto de alguém. É a Dawn. Mas, April...

Eu comecei a me afastar.

- Só... esquece o que aconteceu. - me virei e saí correndo.

Não podia acreditar que eu havia mesmo feito isso.

Eu corria sem rumo e minha visão estava embaçada.

Fui burra em ter pensado que ele sentisse a mesma coisa e ao mesmo tempo fui inteligente em pensar que ele não sentia.

Meu mundo havia desabado. Eu não tinha mais aonde ir. Era como se meu caminho tivesse acabado numa rua sem saída.

Eu tinha vontade de cavar um buraco no chão e enfiar minha cabeça lá. Eu não sabia como o encararia amanhã na escola.

Eu não conseguia ver nada. Minhas lágrimas borravam minha visão e minha vontade de me jogar no chão também não estava ajudando muito.

Estava tão distraída que achava que tive muita sorte de não ter batido num poste.

Sem querer, eu esbarrei, com força, em alguém de frente. Mas a pessoa era forte, por isso não caiu e segurou meus ombros para não me deixar cair também.

Tentando ver quem era eu segurei minhas lágrimas. Mas a pessoa me abraçou e entendi que essa pessoa estava me deixando chorar no peito dela. Desabei de novo. A pessoa afagava minha cabeça tão gentilmente que logo eu comecei a parar pouco a pouco. Naquele instante, eu percebi o quão exausta eu estava e a única coisa que eu disse antes de desmaiar foi:

Com a Banda COLORS!Onde histórias criam vida. Descubra agora