Domingo

capítulo 11 - Domingo- Esquecimento

❣ Primeiramente eu queria agradecer por todos os comentários, curtidas, salvamentos em listas e leituras dessa história, cada nova notificação eu fico imensamente feliz e querendo escrever logo o próximo capítulo, infelizmente devido a uma série de trabalhos esse capítulo demorou um pouco para sair do forninho, espero que gostem, fiz pensando em todo mundo que estava me cobrando, continuem assim❣

❣Capítulo contém momentos de abusos psicológico, crise de pânico e ansiedade, não leia se for sensível ao tema ❣

☙ Atenção esse capítulo é muito pesado contém cenas de abusos, manipulação sexual e ideação suicida☙

☙ Se lembrem sempre apesar de Daniel ser um personagem fictício, e o enredo ser um enredo meio surreal, ele vive um relacionamento abusivo, fiquem atentos aos seus amigos, aos sinais de socorro☙

♥ Deixem comentários e se lembrem de favoritar além de me animar, isso faz mais gente conhecer a história ❣

♡ ♡Titia ama os comentários dos novos leitores, meu coração é grande que nem coração de mãe, sempre cabe mais um. ♡ ♡

♡ ♡Se lembrem que o Daniel sofreu abusos, então levem isso em consideração na hora dos comentários. ♡ ♡

♡ ♡Lembre-se você não precisa enfrentar isso sozinho, fale com seus amigos, vai sempre ter alguém pra te ouvir, ligue 188. ♡ ♡

Eu me esqueci de algumas coisas, inclusive de quem eu era, não sei por quanto tempo estava ali, minhas memórias começam a se esvair a cada dia, é como se eu não existisse antes de Rafael e isso me dava medo, se eu não existia antes dele o que me aconteceria se ele fosse embora, pensar nisso sempre me desesperava.

Era uma ansiedade que sempre me acometia enquanto eu estava acordado é eu sinto tanto sono, meu corpo pesa, e tudo fica tão devagar, eu mal consigo saber o que acontece com meu corpo eu só sei quando acordo. Eu as vezes sonho, com um tempo em que a minha vida não era assim, é impossível para mim deslumbrar uma vida que não seja assim, é como se eu nunca houvesse conhecido outra forma de toque se não aquelas que ele me demonstrava, é um toque dolorido que me arranca lágrimas.

É, eu não gosto da forma como ele me segura e muito menos da forma com que as mãos tingiam meu corpo, eram tantas tonalidades que eu desconhecia todas as cores que me coloriam. Mas eu não reclamava, eu não podia reclamar, as vezes quando eu tenho um pouco de força e ouso a me movimentar minimamente ele me pune, não, ele me adestra pois eu não sei me comportar.

Eu mereço as punições, elas doem, doem muito, dói tudo, é como se eu não fosse nada talvez eu realmente não fosse nada, mas ele me diz que eu sou um menino bonzinho e especial, as vezes eu só queria ficar com as partes que não doem, com as partes que não sangram, eu gosto mais quando ele me dá carinho, eu tento ser o mais bonzinho possível para ganhar carinhos, mas ainda assim eu era imperfeito o suficiente e por isso ganhava punições.

Às vezes eu quero dormir e não acordar, pois eu não sei o que fazer com toda essa dor que tem dentro de mim. Às vezes eu queria ser só uma bonequinha de porcelana que não sentisse tudo que eu sinto, às vezes eu era uma bonequinha que ele controlava cada movimento, sem reação, sem memória, sem voz.

Na maioria das vezes meu mundo se limitava a aquele quarto, ele trancava as portas para que eu ficasse protegido, para que ninguém me machucasse, para que minha voz tão irritante não atingisse ninguém, ele me fez perceber que minha existência era extremamente pesada para aqueles que me conheciam, eu não servia para nada, então ficar aqui era o certo para todos, aqui nesse quarto tinha tudo que eu precisava e quando eu estou guardado na caixa eu entendo que estou ali para servi-lo, que eu sou tão insignificante que meu espaço pode ser mínimo.