Capítulo 9 - Sombras, fantasmas e explosões.

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Bem, eu disse que tinha  uma surpresa, então.  Este é um capítulo especial, ele não acrescenta muito na continuação da história, mas mostra um outro ponto de vista de uma personagem da história. Espero que gostem de ler como Elena vê as coisas ;)
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O mensageiro tinha acabado de falar e a solicitação para aceitar ou não o teste apareceu no meu visor.

Aceitei, ainda com um pouco de medo. Tudo ficou escuro.

Assim como eu havia conversado com Marvin na noite passada, isso era apenas um jogo.

Mas eu ainda sentia alguma coisa, desde que descobrira aquela mensagem na estátua usando minha magia, tinha medo de que minhas habilidades fossem estranhas ou proibidas de alguma forma, se não fosse por isso, porque apenas eu podia conjura-las?

Tudo se tornou muito duvidoso e ao mesmo tempo real para mim.

Eu não tinha a mínima ideia do que estava para enfrentar, nem sabia se poderia utilizar minhas magias que havia me levado até ali ou se elas seriam classificadas como um erro, algo incomum dentro do jogo.

O teste começou numa sala vazia, em um total silêncio.

Chequei meus bolsos, a varinha ainda estava lá, mas todos os outros itens haviam sumido.

Não havia poções, livros, pergaminhos e nem mesmo a garantia de que os feitiços que eu podia fazer eram permitidos. Até porque como o próprio mensageiro nos dissera:

"Uma batalha sem armas e nem magias".

Perguntei-me qual seria a utilidade de uma varinha naquela situação em que eu me encontrava, era praticamente inútil. Mesmo assim tirei-a do bolso e a coloquei em posição acima da minha cintura.

Era feita de um tipo de madeira marrom, grossa no cabo e mais fina na ponta, ao redor do cabo havia marcas como se algo estivesse enroscado nele (demorei bastante para saber segurá-la, sempre fui lerda para aprender as coisas) e também uma pequena fita azul claro, simbolizando o elemento água.

Andei por todo lugar, tentava achar alguma coisa em meio a todo aquele nada.

Pensei por um momento em como estaria Marvin no teste para a Ordem dos Assassinos. Talvez estivesse bem melhor do que eu, Marvin parecia ser bastante habilidoso e de rápido raciocínio... O que eu não era, nem um pouco.

De repente, minha varinha tocou em alguma coisa.

Parei num instante e tentei passar.

Não conseguia, era como se uma parede estivesse diante de mim. Do outro lado se via uma pequena caixa, fiquei imediatamente curiosa para descobrir o que estava dentro.

Tentei atingir a parede com algum feitiço. Mas a varinha não emitiu brilho algum, parecia inútil, sem poder algum.

Como eu esperava. — pensei

Bati na parede com a mão, conseguia senti-la, mas não afetá-la. Concentrei-me nela, se eu não podia realizar magias com a varinha, talvez pudesse fazer algo com as mãos.

Aos poucos minha mão foi afundando na parede, estava atravessando, meus pensamentos se concentraram naquela barreira, a vontade de ver o que estava do outro lado era maior. Minha enorme curiosidade me serviu de algo no fim das contas.

Do outro lado, estiquei meu braço e balancei a varinha, ela não bateu em nenhum obstáculo. Não havia mais barreiras ali.

Ajoelhei-me e observei a caixa. Era pequena, do tamanho de um porta-joias no mundo real, tinha uma cobertura de tecido roxa e pequenos apoios que a mantinham firme no chão.

Nova RealidadeWhere stories live. Discover now